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segunda-feira, 22 de maio de 2017

A semana - Temer, Lula, Dilma, Aécio no propinoduto da Friboi....




Por Zé Carlos

Sempre termino esta coluna, em tom de humor, dizendo que espero chegar à próxima semana. Tudo não passava de humor, até hoje. Pois nesta que passou eu tive medo de não chegar a este domingo. Foram tantos os momentos cômicos que me despedi do mundo várias vezes. E como veremos, por motivos diferentes, mas, como sempre, iguais no humor que produzem.

Já declaro para aqueles que não gostam de humor negro que hoje ele aqui abunda. E negro em dois sentidos. Um que o grande mentor das hilariâncias semanais foi o Michel Temer, que já é em si um verdadeiro retrato do humor negro, pela sua aparência de vampiro com terno antigo. Dois porque um dos seus shows foi sobre a verdadeira catástrofe que se abateu sobre o país a partir de um show de uma dupla caipira nova, que embora também venha de Goiás, como quase todas as outras.

Logo no início da semana o Temer anunciou que faria um show de humor, onde representaria um presidente feliz e realizado pelos seus feitos durante o primeiro ano de governo. Vamos a este show, citando palavra por palavra suas principais piadas:

"Era preciso, em primeiro lugar, colocar o país em ordem. Era preciso estabelecer o diálogo, que antes não havia. Aliás foi dessa ausência de diálogo que decorreu essa dificuldade, no passado, de governar. Faltava entrosamento entre executivo e legislativo. Faltava pacificar o país.” .....

"Nós não queremos brasileiros contra brasileiros. Queremos brasileiro com brasileiros. Isso é o que eu quero enfatizar.”

Bem, deste show ninguém riu, a princípio porque as piada já vinha sendo repetidas várias vezes. Mas, o bom humorista é assim. Vejam o nosso colaborador, o Lula, quando todos esperavam que ele era dono do tríplex do Guarujá ele revelou que era de Dona Marisa, que Deus a tenha, e o país está rindo até agora.

O mesmo para Temer no discurso acima, que terminou com o mais alto astral de todos os presentes e dos ausentes, que ficaram estupefatos e só riram quando ele tentou explicar porque a babá do Michelzinho ganhava mais de 5 mil reais. Todos então começaram a rir convulsivamente, ao ponto que ele teve de suspender o show deixando para continuar 2 dias após.

Este foi o seu grande erro de marketing, pois estava programado um show de uma dupla caipira para o dia seguinte. Esta dupla é nova, vem de Goiás, e suas piadas todas giram em torno de carne e de propinas. Este show é tão bom que dura muitos dias, e até agora, os meios de comunicação não param de repetir as piadas da dupla, que eram para ser um show intimista para os procuradores da Lava Jato, mas, ainda hoje dura na mídia. Hoje quando se quer que algo saia na mídia, a melhor forma é entrar na justiça e pedir para ser decretado o seu sigilo. Por isso o humor não cessa neste país.

Tenho que descrever um pouco o show desta dupla, Joesley x Wesley, que dizem já estão, a semelhança com a outra dupla goiana sobre a qual fizeram o filme “Os dois filhos de Francisco”, planejando lançar um filme “Os dois filhos da Friboi”, que certamente fará sucesso também. Afinal de contas, eles agora estão fazendo sucesso em Nova York, contando as mesmas piadas. Quem sabe será contratados pelo Trump, para shows na Casa Branca?! Seria impossível contar todas suas piadas aqui, mas, pelo seu potencial de humor, tentaremos resumi-las, pois elas versam sobre vários humoristas brasileiros ilustres.

Sobre o Aécio Neves, eles contaram no show que o jovem senador e quase presidente da República, lhes pediram 2 milhões de reais, para ajudá-lo a pagar os advogados em processos anteriores. Ou seja, o Aécio recorria a bandidos para pagar advogados para se livrar das acusações de que era bandido. Entenderam? Sei que é difícil, mas, vale a pena entender, pois o riso é sempre o melhor remédio.

Sobre o Lula, a alma mais honesta do mundo, a dupla declarou que, junto com a Dilma, a segunda alma mais honesta do mundo, levaram deles mais de 150 milhões de dólares em propinas. Podem rir, é de “dólar” mesmo. Dizem que para se elegerem presidentes, cada um em seu turno. Mas, pasmem, o negociador de tudo isto era o Guido Mantega, aquele, que era conhecido como “Laticínio” pela Mônica Moura. Riram? O quê? Não? Rirão quando souberem que Lula e Dilma só eram honestos em “reais”, pois, em “dólar”, ninguém resiste.

E aí vem a melhor parte do show, pois a dupla enviou um dos seus componentes ao Palácio do Jaburu, sim, aquele mesmo onde o Michel Temer escolheu viver por causa do Michelzinho, com um gravador no bolso do paletó, e gravou uma conversa com o presidente, na qual se mostra que o nosso conhecido Cunha, ou, Cunhão para os íntimos, estava calado na cadeia porque a dupla pagava a ele uma mesada para que ele se mantivesse assim. O ponto alto da fita gravada é o Temer dizendo:

“Tem que manter isto, viu.”

O grande potencial de humor é que a Nova República pode acabar por causa desta frase. Ela se juntará na história a outra frases, tais como “Alea jacta est”, “O que temos a ganhar é sangue suor e lágrimas”, “Veni, vidi, vici” e tantas outras que mudaram o rumo dos acontecimentos, e aqui ela se refere a manter a mesada de um meliante contumaz como nosso Cunhão.

Vejam esta parte da transcrição da fita e vejam a transcrição completa lá no final deste texto, isto se ainda estiverem vivos. Se a lerem toda, tenho certeza morrerão de rir:

...........

Joesley Batista: Mas eu ia ali falando com o Geddel, tudo bem. Andei falando algumas vezes com o [Eliseu] Padilha também, agora que o Padilha adoeceu, tá adoentado, enfim, aí eu fiquei meio. Falei. ‘Deixa eu ir lá pra dar uma…’.
Eu queria primeiro dizer o seguinte. E tamo junto aí, o que o senhor precisar de mim me fala.
É, eu queria te ouvir um pouco, presidente.
Como é que o senhor tá nessa situação toda aí do Eduardo, do não sei o quê […].
Michel Temer: O Eduardo tentou me fustigar
Joesley Batista: E como é que tá essa relação?
Michel Temer: Ah tá […] e na hora de ir para a defesa indeferiu 21 perguntas dele que não tem nada a ver com a defesa dele. Era pra me […]. Eu não fiz nada com ele […] no Supremo Tribunal Federal. Ó só […] fatalidade […]. E tá aí, rapaz [..], mas os meus ministros […]
Joesley Batista: Dentro do possível eu fiz o máximo que deu ali. Zerei tudo o que tinha, alguma pendência daqui prali zerou e tal. […] deu tudo e ele foi firme em cima, ele já tava lá [preso em Curitiba] , veio, cobrou, tal, tal, tal. Pronto, acelerei o passo e tirei da frente. O […], companheiro dele […] que o Geddel sempre tava.
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Geddel que andava sempre ali. Mas o Geddel também com esse negócio, eu perdi o contato também, porque ele virou investigado. Agora eu não posso também …
Michel Temer: É complicado.
Joesley Batista: Eu não posso encontrar ele.
Michel Temer: […] perigosíssimo.
Joesley Batista: Isso, isso. O negócio dos vazamentos, o telefone lá do […] com o Geddel, volta e meia citava alguma coisa meio tangenciando a nós, eu tô lá me defendendo.
O que eu mais ou menos dei conta de fazer até agora?
Tô de bem com o Eduardo.
Michel Temer: Tem que manter isso, viu.
Joesley Batista: Todo mês também. Eu tô segurando as pontas, tô indo. […]. Eu tô meio enrolado aqui no processo assim.
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Isso, isso. investigado. Eu não tenho ainda denúncia. […]
Aqui eu dei conta de um lado com o juiz, dá uma segurada. Do outro lado o juiz substituto, que é o cara que ficou.
Michel Temer: Tá segurando os dois?
Joesley Batista: Tô segurando os dois.
Michel Temer: Ótimo, ótimo.
Joesley Batista: Consegui […] dentro da força-tarefa que também tá me dando informação e lá que eu tô […] pra dar conta de trocar o procurador que tá atrás de mim.
Se eu der conta tem o lado bom e o lado ruim. O lado bom é que dá uma esfriada até o outro chegar e tal. O lado ruim é que se vem um cara com raiva ou com não sei o quê.
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Tem um que tá me investigando […] eu consegui colar um no grupo, agora tô tentando trocar o…
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Isso. Essa semana eles estão de férias . Até essa semana eu fiquei preocupado, porque saiu um burburinho de que iam trocar ele e não sei o quê. Tudo bem.
Só tô contando essa história pra dizer que eu tô me defendendo aí, tô me segurando com os dois lá, tô mantendo, tudo bem.
Mas […] aquele dia que o Geddel tava aqui e quase não deu.

................

E depois da leitura e ouvida desta fita, a semana toda não se falou de outra coisa. Primeiro pela coisa em si, pois aqueles que não entendem do verdadeiro humor negro, não entendem porque um presidente da República recebe um cara que progrediu na vida pagando propina a políticos, e tem uma conversa como a anterior, nas caladas da noite á no Palácio do Jaburu. Gente, era tudo brincadeirinha. Cadê o senso de humor?

Tudo não passou de um grande show, todavia, nem todos são adeptos do humor neste país. E eu pensava que só era o sisudo Sérgio Moro. Pois apareceram outros que não riem nem com piada de português. Pois o Edison Fachin, ministro do STF, aceitou um pedido do Rodrigo Janot, o Procurador Geral da República para abrir uma investigação sobre o comportamento do Temer, só porque ele dava uma mesadinha de 200 mil por mês a um seu ex-colega do PMDB, o Cunhão. Oh, povinho sisudo! Como é que o Cunha iria manter o estilo de vida que tinha fora da cadeia logo agora que querem levar a mulher dele também, para viverem lá juntos. Isto é muita crueldade.

E a semana chegou quase ao seu ápice com o discurso de Temer, em que ele se defendia, dizendo que estava sofrendo bullying, igual ao neto do Lula nas escola, e dizia, que jamais ajudaria meliantes. E concluiu:

“Não renunciarei, repito, não renunciarei!”

Foi um rebuliço total no país, pois não se sabe até hoje qual  frase entrará para a história como verdadeira, pois até agora, não se sabe se ou Temer o fita são verdadeiros. Alguns dizem que nenhum nem outro são, mas, há controvérsias.

E, finalmente, o ápice da semana em termos de humor. O Temer, diante das dúvidas que surgiram sobre se ele ou a dupla estava mentindo, resolveu fazer um show em pleno sábado, o que me fez relembrar o Vinícius: “Hoje é sábado e os bares estão cheios de homens vazios, porque hoje é sábado!”, embora aqui, todos eles estava cheios de humor para dá. E neste discurso, quando todos esperavam, já com uma gargalhada na garganta que ele dissesse: “Renunciarei, repito, renunciarei!”, ele se saiu com essa no final do show:

“Meu governo, senhores tem rumo! Acho que os senhores e as senhoras são testemunhas deste fato, e sabem que o que foi dito, volto a dizer, no áudio, que de resto está sendo impugnado por eventuais, ouso até mencionar que houve mais de 50 edições desse áudio, tentar macular não só a reputação moral do Presidente da República, mas tenta invalidar o nosso país. Mas eu digo com toda segurança: o Brasil não sairá dos trilhos. Eu continuarei à frente do governo.”

E assim, ouso dizer que terminou a semana, porque estou escrevendo no domingo à noite, e nunca se sabe agora se o Temer vai fazer outro pronunciamento show. No entanto, para ser justo como sempre tento ser, devo dizer que esta semana entrou para história do humor nacional por ser um divisor de águas em relação ao pensamento político no Brasil. Cada um que explore as declarações da dupla da Friboi para chegar ao poder outra vez e continuar  a fazer tudo de novo. Mas, como disseram outros caras da Friboi que eles propinaram 1829 políticos de 28 partidos, já esperamos para esta semana mais nomes e mais humor.

Agora, se quiserem morrer, fiquem com a transcrição da fita da dupla da Friboi, que ainda não se sabe se é verdadeira ou não. O STF vai decidir se ela é autêntica ou não e se o Michel Temer vai continuar a ser investigado ou não, mas, tudo depende da veracidade do que foi gravado. Ou seja, a República agora depende de peritos em fitas. para depender dos humoristas é um passo, o que será lisonjeiro para esta coluna.

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Michel Temer: Primeiro você sabe que tô fazendo 10 meses, parece que foi ontem, né. Parece que foi ontem e parece uma […] e segundo que tem uma oposição muito brava, muito orgânica, né? Foi terrível no começo.
Eles lançaram o negócio do golpe, golpe, golpe e não passou. Daí a economia não vai dar certo, não vai dar certo  e começou a dar certo. Então, os caras estão num desespero. Não dá nem pra ter apoio do Congresso, isso eu não tenho apoio
Joesley Batista: Muito grande.
Michel Temer: Tô ferrado, tô ferrado.
Não tenho apoio da imprensa, entendeu? Mas vai dar certo . Nós vamos atravessar isso aí, você vai ver. Vamos chegar no final este ano já muito melhor e 2018 vamo comemorar.
Joesley Batista: Com certeza. Sabe que nós vamos chegar isso mesmo. Vamos chegar no fim desse ano olhando pra frente…
Michel Temer: Já começou, modestamente, mas já começou. Uma coisa que eu não esperava que começasse agora.
Joesley Batista: Muito rápido, tá sendo muito rápido. Cê tá falando de 10 meses, mas na realidade…
Michel Temer: Seis como titular.
Joesley Batista: Então, porque teve aquele periodozinho muito duro ali. Não podia fazer nada…
Michel Temer: Seis meses como titular. E olha o que nós já fizemos… O teto dos gastos, a reforma da […], aprovamos a […], um troço que tava lá há dez meses sem ser votado, aprovado, dezenas, aprovamos a […] do Conselho Nacional de Justiça, fizemos um grande acordo com a […] Trabalhista […] com as centrais sindicais […]
Joesley Batista: Muito rápido. Muita coisa, muito rápido. A economia tá bem, mas tem que baixar o juro rápido, porque a expectativa é […] rápido, né? A reversão da expectativa.
Michel Temer: […] Aí desce mais um. Vai descendo o responsável […]
Joesley Batista: Cê sempre tem que deixar o mercado com a sensação de que foi pouco, o mercado tem que ficar na sensação de que […], aí você pode tomar a dianteira. O Banco Central baixou 25, depois 25.  Aí o mercado pôôô. Aí quando ele deu aquele 75 o mercado deu uma animada, só que aí já esperava. Aí ele deu 75, que é muito. 75 é muito. Aí ele deu 1, o mercado ohhhh, agora vai dar 1 o mercado vai achar pouco. ‘Pô, mas só 1, tinha que ser 1,5’
Não tá bom, presidente, a tarde. Primeiro eu vim aqui por dois, três motivos, assim, assim, assado. Primeiro que eu não tinha te visto, né? Desde quando você assumiu.
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Não, não desde que você assumiu
Michel Temer: Não quando eu assumi?
Joesley Batista: Não, não. Antes de assumir.
Eu tive motivo no teu escritório dez dias antes ali, quando tava ali naquela briga ainda, naquela guerra pela rede social.
Michel Temer: Você tem razão.
Joesley Batista: Negócio de golpe, golpe. Mas tudo bem.
Mas e aí, enfim, de lá pra cá, eu vinha falando com o Geddel [Vieira Lima], enfim, aí também não deu […]
Michel Temer: Foi quando deu aquele problema?
Joesley Batista: É, também não quis incomodar.
Michel Temer: Um idiota aqui…
Joesley Batista: Foi uma bobagem.
Michel Temer: Foi uma bobagem que ele fez. Uma bobagem sem consequência nenhuma, mas o cara aproveitou para fazer um Carnaval.
Joesley Batista: Mas eu ia ali falando com o Geddel, tudo bem. Andei falando algumas vezes com o [Eliseu] Padilha também, agora que o Padilha adoeceu, tá adoentado, enfim, aí eu fiquei meio. Falei. ‘Deixa eu ir lá pra dar uma…’.
Eu queria primeiro dizer o seguinte. E tamo junto aí, o que o senhor precisar de mim me fala.
É, eu queria te ouvir um pouco, presidente.
Como é que o senhor tá nessa situação toda aí do Eduardo, do não sei o quê […].
Michel Temer: O Eduardo tentou me fustigar
Joesley Batista: E como é que tá essa relação?
Michel Temer: Ah tá […] e na hora de ir para a defesa indeferiu 21 perguntas dele que não tem nada a ver com a defesa dele. Era pra me […]. Eu não fiz nada com ele […] no Supremo Tribunal Federal. Ó só […] fatalidade […]. E tá aí, rapaz [..], mas os meus ministros […]
Joesley Batista: Dentro do possível eu fiz o máximo que deu ali. Zerei tudo o que tinha, alguma pendência daqui prali zerou e tal. […] deu tudo e ele foi firme em cima, ele já tava lá [preso em Curitiba] , veio, cobrou, tal, tal, tal. Pronto, acelerei o passo e tirei da frente. O […], companheiro dele […] que o Geddel sempre tava.
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Geddel que andava sempre ali. Mas o Geddel também com esse negócio, eu perdi o contato também, porque ele virou investigado. Agora eu não posso também …
Michel Temer: É complicado.
Joesley Batista: Eu não posso encontrar ele.
Michel Temer: […] perigosíssimo.
Joesley Batista: Isso, isso. O negócio dos vazamentos, o telefone lá do […] com o Geddel, volta e meia citava alguma coisa meio tangenciando a nós, eu tô lá me defendendo.
O que eu mais ou menos dei conta de fazer até agora?
Tô de bem com o Eduardo.
Michel Temer: Tem que manter isso, viu.
Joesley Batista: Todo mês também. Eu tô segurando as pontas, tô indo. […]. Eu tô meio enrolado aqui no processo assim.
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Isso, isso. investigado. Eu não tenho ainda denúncia. […]
Aqui eu dei conta de um lado com o juiz, dá uma segurada. Do outro lado o juiz substituto, que é o cara que ficou.
Michel Temer: Tá segurando os dois?
Joesley Batista: Tô segurando os dois.
Michel Temer: Ótimo, ótimo.
Joesley Batista: Consegui […] dentro da força-tarefa que também tá me dando informação e lá que eu tô […] pra dar conta de trocar o procurador que tá atrás de mim.
Se eu der conta tem o lado bom e o lado ruim. O lado bom é que dá uma esfriada até o outro chegar e tal. O lado ruim é que se vem um cara com raiva ou com não sei o quê.
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Tem um que tá me investigando […] eu consegui colar um no grupo, agora tô tentando trocar o…
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Isso. Essa semana eles estão de férias . Até essa semana eu fiquei preocupado, porque saiu um burburinho de que iam trocar ele e não sei o quê. Tudo bem.
Só tô contando essa história pra dizer que eu tô me defendendo aí, tô me segurando com os dois lá, tô mantendo, tudo bem.
Mas […] aquele dia que o Geddel tava aqui e quase não deu.
Michel Temer: […] se todos se reunirem e fizerem isso, […], mas se todos fizerem isso.
Joesley Batista: Sabe que eu tive até com o presidente Lula na época, no dia que parte do PT . […].
‘Pô, presidente, quando […]’.
Eu quero uma aguinha.
Água.
Todo mundo.
Michel Temer: […].
Joesley Batista: Então, isso foi um negócio da autoridade […] era outra.
Michel Temer: […].
Joesley Batista: Presidente, eu não sei o quanto o senhor tá [..] de verdade da casa […]. É uma brutalidade, um negócio assim.
Duas semanas atrás, três semanas atrás […] que trabalhava lá com o Lúcio que ninguém nosso nunca viu, ninguém nunca, nada. É um diz que me diz de ‘ah, eu ouvi falar do Lúcio que não sei que, eu ouvi falar…’ Po, me rendeu um “Fantástico”, um Jornal Nacional, e não sei o que. Como eu tenho boa relação com a imprensa consegui rapidamente ‘quietou’ (sic). Foi um dia, dois, pronto, parou. Mas, puta merda, é um problema. Sobre esse ponto aí, também estamos tocando.
[…]
Joesley Batista: To fazendo […] mil por mês.
[…]
Joesley Batista: […] enfim, mas vamos lá. Eu queria falar sobre isso. Falar como é que… falar contigo qual é a melhor maneira […]
Geddel… Eu não vou lhe incomodar […] é o Rodrigo?
Michel Temer: É o Rodrigo.
Joesley Batista: Então ótimo […]
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Eu prefiro combinar assim, Se for alguma coisa que precisar eu falo com o Rodrigo. Se for algum assunto desse eu te encaminho.
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Funcionou super bem à noite, umas 10h30 da noite, uma horinha… tá, falar de outra coisa aqui. O Henrique, como é que você tá com o Henrique?
Michel Temer: A gente tá muito bem. […] Quer dizer, ele concorda […]
Joesley Batista: Ele é trabalhador […]
Michel Temer: […] inacreditável, inacreditável […] Mas o Henrique […] Eu chamo ele todo dia.
Joesley Batista: E ele gosta. Ele gosta de trabalhar. Se chamar pra ir para a praia, se você for pra praia e chamar ele (sic), ih…. agora se chamar ‘vamos trabalhar’… Ele é muito disciplinado, tem uma relação ótima comigo.
Eu não sei… assim, eu já andei falando com ele alguns assuntos  […] falou ‘ah, lá o Nilo (?) faz as coisas, eu tiro fora. Você que manda nessa merda? Não, Nilo lá’ Um dia eu cheguei assim: ‘Nilo, você tem que chegar na Receita Federal, po. […] Tem um monte de coisa pra fazer’. ‘Ixi, não posso mexer’. BNDES? BNDES é o Planejamento, mas foi você quem botou a Maria Sílvia [Bastos Marques] lá…
Michel Temer: […] A gente ligou, acertou e tal.
Joesley Batista: Queria ter alguma sintonia contigo para quando eu falar com ele não jogar que ‘o presidente não deixa, não quer’. Então, você é um banana, não manda p*** nenhuma. Eu falei com ele […] o companheiro presidente do Cade ia mudar, mudou, sei lá. Já mudou, já botou?
Michel Temer: Isso.
Joesley Batista: Eu também não sei se é hora de mexer em uma coisa porque dentro do contexto geral eu também não quero importunar ele, também se eu for mais, eu trabalhei com ele quatro anos. Se eu for mais firme, eu acho que ele corresponde.
Michel Temer:  Ele […] denúncias maiores.
Joesley Batista: Até voltando um pouco para o caso Eduardo, na época ‘ah, briguei lá e tal’. Agora, uns 15 dias antes dele perder o cargo, o Eduardo. Ele veio e deu uma cobradazinha em mim: ‘a gente tem que trabalhar, não sei o quê e tal’.  Eduardo não é assim também […]
Aí uns 15 dias antes, eu falei: ’Eduardo, não é assim não. Parai, pô’.  Ele olhou: ‘pô, cê tá com a Ferrari aí?” […] ficou Fazenda, Banco Central. O Banco Central perdeu o status de ministro, né.
O Henrique [Meirelles] ficou muito prestigiado. Peraí, o Henrique também não vai sair fazendo […] Ele é só. Não sei. Vou só te dar um toque em relação a isso e em relação a eu não sei o quanto eu vou engolir, o quanto eu deixo ele com essa pepineira dele. Enfim…
Michel Temer:  […]
Joesley Batista: Se ele jogar para cima de você, eu posso bancar e dizer assim: ‘eu não, qualquer coisa eu faço…’
Michel Temer:  […]
Joesley Batista: Eu não vou falar nada descabido. Agora, esse presidente do Cade não sei se […] Seria importantíssimo para o governo, um Cade ponta firme.
Michel Temer:  […]
Joesley Batista: Já foi, já foi. Em janeiro, já. E eu não soube. Eu falei para ele…
Michel Temer:   […]
Joesley Batista: Foi nomeado o presidente.
Michel Temer:  […] conversa franca.
Joesley Batista: Eu não sei. Então, talvez…. Agora tá o presidente da CVM [Comissão de Valores Mobiliários] para trocar ou não trocar. É um outro lugar fundamental. Eu diria assim: ‘se eu falo com ele e empurrar para você’.
Michel Temer:  Pode fazer.
Joesley Batista: É só isso que eu queria ter, esse alinhamento, para a gente não ficar e para ele perceber que nós temos.
Michel Temer:  […]
Joesley Batista: Mas, quando eu digo de ir mais no Henrique é isso. É falar: ‘Henrique, mas você vai levar? ‘Vou’, Então, tá bom. Então, pronto. Aí ele vem. É esse alinhamento só que eu queria ter em todos os termos mais amplos e genéricos ter esse alinhamento para dizer o seguinte: ‘mas olha: quando eu falei um negócio pelo menos vai lá e consulta para ver’. Queria te dizer daquela operação. O Geddel me falou que teve todo um empenho
Michel Temer:  […]
Joesley Batista: Não de um jeito, mas deu do outro, pronto.
Michel Temer:  […]
Joesley Batista: Esse negócio do BNDES é outra […] Influencia e tal. Hoje, quem assumir vai estar falando com quem? É um negócio que vai estar problemático.
Michel Temer:  […] Tem uns servidores lá que estão com os bens indisponíveis.  […] Não se pode mexer. Então, eles estão com medo de mexer em qualquer coisa. […] Isso ai do Meirelles.
Joesley Batista: É isso que eu quero. […] Se eles […] eu digo: consulta lá e me fala desse negócio. Para eles. Afinal de contas, eu fiz…
Michel Temer: Consulta o presidente
Joesley Batista: Afinal de conta tem até o fim do ano aí. […] O Geddel cê tem visto ele? Como é que ele tá?
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Exatamente. […] Como é que será 2018? [..]
Michel Temer: Não sei. […] Apesar de todo […] na economia
Joesley Batista: Casa que falta pão não tem união, né? Não tem nenhum remédio melhor do que as coisas irem bem, né? Financeiramente, todo mundo acalma
Michel Temer: Certamente.
Joesley Batista: E o TSE, como é que tá?
Michel Temer: […] eu acho que ele não passa o negócio da minha cassação, porque eles têm uma consciência política de pô mais um presidente […] primeiro. Segundo, […], terceiro, a improcedência da ação. Pra mim não é só dos direitos políticos […]
Joesley Batista: Então tá bom. Puta que pariu.
Michel Temer: Os aborrecimentos que você tá tendo também.
Joesley Batista: É duro né presidente, porque é o seguinte, igualzinho o senhor aqui. A gente fica equilibrando esse prato, né, porque um monte de coisas, não temos só isso. Tem a empresa, tem o concorrente, tem os EUA, tem o dia a dia, tem a empresa. Ai tem que parar por conta de resolver coisa lá com o procurador lá. O procurador, se você quer me investigar não tem problema, mas não fica dando solavanco não.
Não fica dando solavanco e fazendo medidas […] e divulgando pra imprensa. E, doutor, eu posso estar certinho, mas eu vou chegar lá morto. De tanto solavanco que você vai me dar, se eu tiver 100% certo, eu morro. Para com isso. Da outra vez eu falei “faz um favor pra mim, me denuncia de alguma coisa”. Mas não, não tenho nada pra te denunciar.
Eu falei “mas inventa ou você para de […] que eu não aguento. Se o senhor ficar desse jeito o senhor vai me quebrar. Puta que pariu eu sei que é o seguinte […] eu sou um […] grosso
Michel Temer: […] não dá pra passar a vida toda assim.
Joesley Batista:  Tem o que, como se diz, ter o pé no chão […] passado é passado. Tá faltando, talvez, quando tava ali falando de anistia, de negócio da autoridade, tinha uma coisa objetiva a lutar pelo que. Tamo trabalhando […] pensar que se não for atrás de algo […] esses meninos, eles não param.
Eles vão ficar ‘pum pum pum pum’. Um delata um que delata o outro que delata um que delata outro. Uma delação é a verdade. Não precisa provar nada. […] é o seguinte, eu até perdoo, já teve uns 4, 5 delator nosso, coisa estapafúrdia, coisa nós nunca vimos esse cara na vida.
Eu vi o vídeo e fiquei pensando. Fala assim ‘fala ai da JBS’. ‘Não, não tenho nada’. “Ah, mas então vai preso, então não vai embora”. ‘Eu não conheço esse povo’. “Não, lembra de alguém senão” […]. Eu vi o vídeo, o pobre coitado que eu não conheço e o último capítulo era a JBS. Então agora faz assim. Ai ele decorou assim, leu um papelzinho na hora, tal tal tal. […] ah, acabou, tá no vídeo.
Michel Temer: Sérgio Machado?
Joesley Batista:  É, falando de JBS com um cara que nunca vi, nunca passamos perto da Petrobras […] Eu nunca vi Sérgio Machado na vida, nem ele nem os filhos dele. Nada. Mas o procurador vira e diz fala se não […]
Michel Temer: É, […] agora fala.
Joesley Batista: Lembra de alguma coisa, qualquer coisa assim. Ai o cara
Michel Temer: […] para poder convencer os procuradores […]
Joesley Batista: Eu fico imaginando que teve um menino em uma dessas operações que tava preso e ele contando, fala alguma coisa nossa. Ele contando é de dar dó do cara. Você não sabe, eu fiquei 15 dias humilhado na cadeia porque não tinha nada para falar de vocês.
Aí foi foi foi eu falei. Aí você olha pro cara […] De tudo o que aconteceu conosco até agora, tem só um tal de um PIC, que é procedimento investigativo criminal. Não tem nada: não tem uma prova, não tem um dinheiro meu no exterior que eu depositei, não tem uma, uma. No dia que aconteceu eu tava nos EUA. Eu liguei pro meu advogado e ‘o que que é isso?’ Que ele também não sabia,  que ele é criminalista.
Não, Joesley, o delegado aqui disse para não se preocupar não, é um PIC, um procedimento investigativo criminal, é só um procedimento investigativo. Tá bom. Meia hora bloqueou as contas, passou mais meia hora, os bens tão bloqueados. Que coisa que não é problema? Passou mais meia horinha e falou ‘i, Joesley, tão recolhendo os passaportes, não pode viajar. Não pode viajar, tá louco? Daqui a pouco […]
Foi onde, compilando o procurador tinha […] um milhão e meio e ai pronto, resolveu meu problema. Ai imagina se eu não consigo fazer um negócio desse? É muito desproporcional, então eu acho presidente, assim, tem que criar, não sei o que também, alguma agenda, alguma coisa […] para o PSDB ai. Agora tão se mexendo, dizendo “não” […]
Michel Temer: […] e daí começa a […] numa solução
Joesley Batista: Eu não vou mais tomar seu tempo não. Obrigado.
Michel Temer: Foi bom te ver aí.
Joesley Batista: Adorei te ver, nós estamos combinando assim, se precisar de alguma coisa fala.
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Segundo, estamos lá, nos defendendo. Terceiro […] e, enfim, se surgir alguma coisa
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Se for urgente […]. Gostei desse jeito aqui. Eu vim dirigindo, ele de motorista […] eu tinha combinado de vir com ele
Michel Temer: […] se identifica com ele […]
Joesley Batista: Eu vinha com ele.
Michel Temer: ah, você veio sozinho?
Joesley Batista: Eu vim sozinho, mas eu liguei pra ele era umas 10h30, por isso que me atrasei uns cinco minutinhos, ai deu 9h50 eu mandei mensagem pra ele. Ai ele não respondeu, deu 10h05 eu liguei pra ele […] puta, eu to num compromisso aqui, vai lá, eu passei a placa do carro, fui chegando, eles abriram, nem deu meu nome.
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Fui chegando, eles abriram, entrei aqui na hora
Michel Temer: […]
Joesley Batista: Funcionou super bem. O senhor não vai mudar pro outro?
Michel Temer: Não […] Fiquei uma semana lá. […] Primeiro embaixo […] Na parte de cima […] Tem cozinha, tem massagem, […] vamos voltar, porque […]
Joesley Batista: É frio, né? Aqueles vidrão […] como é que a Dilma aguentava ficar sozinha. Deixa eu ir embora que já é tarde
Michel Temer: […]
Joesley Batista: To bem. […] To me alimentando bem, mais saudável […] coisa mais saudável, menos doce, menos industrializado.
[…]
Joesley Batista: Se ele falar, ah tá bom […]
Michel Temer: […]

Joesley Batista: ué, espalha pro Rodrigo […]

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