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sexta-feira, 10 de março de 2017

Será que o Temer vai? Será que o Temer volta?




Por Zezinho de Caetés

Desde esperar a Lista do Janot, que é aquela lista prometida pelo procurador geral da República de políticos envolvidos nas delações da Odebrecht até as acareações entre os delatores, eu fico hoje com o Gilmar Mendes, para não entrar no clima de expectativa de curto prazo.

Pois não é que ele jogou água no chopp do PT e dos “foratemistas”, dizendo que se a chapa Dilma/Temer for cassada, a Dilma se explode por completo como deveria já ter feito, se não fosse o Lewandowski com aquela sua mania de pagar favor a Dona Marisa, que Deus a tenha, mas, o Temer poderá se candidatar outra vez?!

Foi muita crueldade a do Gilmar. O que é que os movimentos sociais vão gritar agora nas passeatas? Fora Gilmar? Ou vão apoiar outro nome na eleição direta no Senado para eleger o presidente tampão? É realmente, o Brasil não está para iniciantes em política, e, portanto, não esperem aqui um presidente governando pelo “twitter”, como o Donald Trump.

Aqui para presidir tem que aplicar corretamente as mesóclises. E, confesso, que até agora, o Temer as usou certo. O problema é que os políticos, e o povo em sua maioria não as entende. O povo quer mesmo é aquela sensação que o Lula lhe dava de estar nadando de braçada num mar de prosperidade, sem olhar o tubarão que o espreitava para comer suas pernas e tomar o seu emprego, como aconteceu.

Eu me arrisco em dizer que se o Temer conseguir fazer as reformas necessárias, cumprindo sua promessa de preferir ser um “presidente impopular do que populista”, poderá dar um novo começo ao Brasil. Vai ser fácil? Não! Mas, é possível.

E dentro do meu perpétuo otimismo, penso que o Temer terminará seu mandato (claro se não continuar pisando na bola do Michelzinho como o fez no Dia Internacional da Mulheres), e, o que o Gilmar Mendes disse, sobre a cassação da chapa em que ele foi eleito for verdade, fico mais esperançoso ainda.

E para ver o que o Gilmar disse, eu escolhi um texto do Josias de Souza, de ontem, no seu Blog, e o transcrevo abaixo. Quem gostar de detalhes que o leia com mais atenção. Quem não tiver tempo, como hoje estou sem, basta ler o título: “Gilmar Mendes: Temer pode retornar à Presidência se for cassado pelo TSE

Fiquem então com o Josias, e um bom fim de semana.

“Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Gilmar Mendes sustenta que Michel Temer pode retornar à Presidência da República na hipótese de perder o mandato no julgamento sobre a cassação da chapa vitoriosa na disputa presidencial de 2014. Segundo Gilmar, Temer pode manter seus direitos políticos intactos. Assim, poderia candidatar-se ao Planalto numa eleição indireta feita pelo Congresso Nacional, onde dispõe de ampla maioria.

Gilmar Mendes, hoje um dos principais conselheiros de Temer, falou sobre o tema à agência Reuters. Na sua avaliação a comprovação do uso de caixa, potencializada pelos depoimentos de delatores da Odebrecht à Justiça Eleitoral, afeta a chapa Dilma Rousseff—Michel Temer como um todo.

“Evidente que o vice participa da campanha”, disse o ministro. “Mas quem sustenta a chapa é o [candidato a] presidente, o cabeça de chapa.” Por esse raciocínio, a caracterização do abuso do poder econômico levaria à cassação dos dois integrantes da chapa. Mas apenas Dilma, deposta pelo Senado há seis meses, ficaria inelegível. Seria dela, não do seu vice, a responsabilidade pelo ingresso de verbas de má origem na caixa registradora do comitê. Prevalecendo esse entendimento, Temer não seria alcançado pela inelegibilidade.

Gilmar Mendes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal, disse que não há dúvida quanto à forma de preenchimento do cargo de presidente em caso de cassação da chapa. A Constituição prevê que, durante a segunda metade do mandato, a eleição tem de ser indireta e conduzida pelo Congresso Nacional.

A defesa de Temer vinha sustentando a tese segundo a qual a contabilidade da campanha do vice deveria ser apartada das contas da cabeça de chapa. Relator do processo, o ministro Herman Benjamin torce o nariz para a tese. Que tornou-se dura de roer depois que os delatores da Odebrecht deixaram claro que a construtura repassou milhões por baixo da mesa ao comitê encabeçado por Dilma.

O Planalto passou a opera rem favor da protelação do julgamento. Gilmar Mendes não exclui a hipótese de o processo se estender até o ano eleitoral de 2018. Ele acredita que o relatório de Herman Benjamin “dificilmente” ficará pronto “antes do final do semestre”. Por quê? “Como ele abriu, pode ter pedidos de novos depoimentos por parte das partes, e provas e perícias. Há possibilidade de delay (atraso)”.


Gilmar afirma, de resto, que os ministros do TSE podem pedir vista do processo, o que contribuiria para retardar o julgamento. “Não é de se excluir que (o processo) dure até o ano que vem”, disse.”

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