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terça-feira, 14 de junho de 2016

Lula desce ao inferno. Boa viagem!




Por Zezinho de Caetés

Acordo e vejo a notícia que diz ter o meu conterrâneo Lula, por ordem do Teori Zavascki, ministro do STF, descido para Curitiba, para um encontro fatal com o juiz Sérgio Moro. Até que enfim, o que tanto Lula temia, aconteceu. Junto com ele foram para aquela república o Jacques Wagner, o Edinho Silva, o Sérgio Gabrielli e a Ideli Salvati. Vejam que tropa o Moro vai receber! Serão mais alguns anos que ele acrescentará no seu tempo de condenações.

Eu fico imaginando como estará acontecendo com o meu conterrâneo, nesta maré de azar. Depois do Corínthians perder para o Palmeiras, o Brasil ter tomado gol do Haiti, perdido do Peru, subido o preço da caninha 51, ele vai ainda se encontrar com o Moro.

Mesmo que o Teori tenha dado uma colher de chá ao anular o grampo em que a Dilma, nossa ex-presidenta barulhenta, tenta colocá-lo na Casa Civil, para evitar o encontro, não teve jeito, o “cara” vai ter que encarar o presidente da República de Curitiba.

Mesmo que o crime de tentativa de obstrução da justiça seja desconsiderado, há material suficiente para o Moro deitar e rolar, fazendo justiça neste país que passou tanto tempo dela desprovido, pelo menos, em relação aos ricos e poderosos. Todos estão agora se sentindo no mesmo saco, e põe saco nisto.

Só para relembrar, vejam os processos contra o Lula, que se o Renan brincar, ele empata a competição para ver quem é quem tem mais. Até agora o Renan já anda pela dúzia, e o Lula, num pique danado, já está em meia dúzia. Vejamos um por um:

Compra e reforma do sítio em Atibaia, que Lula diz não pertencer a ele e é apenas o “beneficiário” (Lembram de alguém? Eu lembro do Eduardo Cunha). Inquérito que trata do triplex no Guarujá, com elevador e tudo. Repasses das empreiteiras por meio da sua empresa de palestras, que o tranformou  no palestrante mais bem sucedido do mundo, depois de Bill Clinton. O que o aponta como mandante do suborno a Nestor Cerveró, aquele que tem um olho na propina e outro no gravador. Estes deverão estar em Curitiba.

Os outros dois ficarão no STF, com o Teori. Um por tentativa de obstrução da justiça, mesmo sem o grampo, e, o pai de todos os inquéritos em que o acusam de ser o “chefe dos chefes”, barrando até o Sarney, e quem sabe, o Dom Corleoni.

Então desta vez, se o Lula escapar, é porque  é mesmo uma lula escorregadia, ou o Sérgio Moro comece a gostar do molusco, e faça um prato de “frutos do mar”. Eu não acredito. Penso que o Lula irá acompanhar o Zé Dirceu, e ficará esperando a Dilma. E para completar, quem sabe o Moro não leva também o Delúbio, o Marcos Valério e ainda o japonês da federal.

Agora só para complementar o tema, fiquem com o texto do Josias de Souza (“Lula desce ao inferno da ‘República de Curitiba’”), hoje em seu blog, que eu vou cuidar dos apetrechos que levarei para a manifestação do “Fora Dilma” no 31 de julho, se ela não sair antes.

“Hoje em dia, segundo uma crença que se espraia por toda a oligarquia nacional, Curitiba é outro nome para inferno. Inquéritos sempre existiram. A novidade —que não começou agora, mas ganhou escala industrial com a Lava Jato— é que o investigador, o procurador e o juiz passaram a investigar, procurar e julgar como se todos fossem iguais perante a lei.

“Sinceramente, eu tô assustado com a República de Curitiba!”, exclamou Lula no grampo que o juiz Sérgio Moro mandou instalar em março, quando ainda ajustava o nível das labaredas reservadas ao pajé do PT. Para fugir da grelha do doutor, Lula topou tudo, inclusive virar subordinado da sucessora que carregara nos ombros em duas eleições. Trocou a condição de ex-presidente pela de piada.

Depois de fracassar no sonho do poder eterno, Lula tentou pelo menos evitar a realização dos seus pesadelos. Não deu. Na noite passada, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, enviou a anedota para o inferno. E Lula amanhece nesta terça-feira (14) sob o tridente do doutor Moro. Junto com ele, desceram do Supremo à grelha três ex-ministros petistas: Edinho Silva, Jaques Wagner e Ideli Salvatti.

Brasília conviveu razoavelmente com a Justiça convencional, que desafiava autoridades, mas não atentava contra a integridade do sistema inteiro. O petismo aguentou os seus anos de decomposição escorando suas desculpas no cinismo e protegendo seu líder atrás do escudo do “eu não sabia”. Mas a Lava Jato abalou tradições e costumes. Foram em cana pessoas que se imaginavam acima da lei.

O inferno registra altos índices de produtividade. Em dois anos, Sérgio Moro proferiu 105 condenações. Somam 1.140 anos, 9 meses e 11 dias de prisão. A frase “onde é que isso vai acabar?” perdeu momentaneamente o sentido. Até onde a vista alcança, não acaba. Ou por outra: Lula chegou, finalmente, a uma República onde o descalabro costuma acabar na cadeia.”

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