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sábado, 18 de junho de 2016

A HECATOMBE COMO THEATRO




Por Altamir Pinheiro

A hecatombe de Garanhuns poderia e deveria ser transformada, em seu centenário, numa peça de THEATRO, antes que as cortinas se fechem e a peça termine com vaias ou sem aplausos... Só assim, a tragédia política da terra de Simôa, no campo da dramaturgia,   teria uma história chamada somente  sua!!! Seguindo essa linha de raciocínio gostaria de afirmar que, este humilde escriba que ora vos fala ou escreve, não é nem muito menos tem tendência para ser um roteirista ou até mesmo  um produtor de peça teatral, mas entende que, cairia muito bem transformar a tragédia da HECATOMBE DE GARANHUNS, em seu centenário, numa pujante e fatal peça teatral, com atrizes e atores locais, donde, seus atos e cenas, perfizessem os caminhos personificados e simbolizados nas imposições políticas da época, sendo determinadas pelas "leis humanas" do arbítrio, acontecido naquele mortífero janeiro de 1917.  A finalidade dessa obra trágica seria justamente combater as duas posições extremistas, punindo ambas por não buscarem um acordo e desejarem prevalecer uma sobre a outra. Ou seja, o poder pelo poder, na marra!!!

Até onde se sabe ou se tem pesquisado, a dramaturgia e a própria  história do THEATRO remonta desde a Grécia antiga, na qual a representação teatral era concebida como a principal atividade artística e,  lendo-se sobre o assunto, chegamos a conclusão ou um raciocínio simplificado que, encenavam-se peças, em especial as TRAGÉDIAS, cujo intuito era conduzir o expectador ou  a plateia a se sentir provocada, mas, evidentemente, de forma controlada, o despertar de emoções contidas e omitidas, que precisam ser manifestadas e expostas, para a liberação de bloqueios emocionais, uma espécie de purificação da alma, dada pela liberação das emoções que provocaria aos presentes, advinda de um script de cenas fortes de um espetáculo teatral baseado na montagem tendo como pano de fundo FATALIDADES na forma e contorno  da carnificina feito a ocorrida em  1917. 

Alguém pode pensar que um projeto relativamente simples, porém dispendioso, financeiramente falando,  tem como objetivo transformar idéias e aspirações em ações concretas que possam aproveitar oportunidades, solucionar problemas, atender a necessidades ou satisfazer desejos. NADA DISSO!!! Primordialmente, a peça em seu bojo, traria como prioridade absoluta, um projeto  cultural  que  tem por objetivo, A CURTO PRAZO,  atingir ou ter como escopo e mira  dados específicos que seria retratar através de uma montagem de peça teatral um espetáculo que diz respeito, especificamente e, tão somente, a população de Garanhuns. E, OUTRA: sem fins lucrativos, claro!!! fica evidenciado que, ao se especificar a meta de um projeto, deve-se buscar respostas para as questões: para que? e para quem? E qual a  importância e benefícios que  serão alcançados pelo público-alvo do projeto em si?!?!?! Apenas marcar a data. Afinal, não é toda dia que  se completa 100 anos...

Quem poderia  PATROCINAR, BANCAR, FINANCIAR,  uma atividade de pequeno porte como esta?!?!?! A prefeitura do município, Empresa tipo Ferreira Costa (através da Lei Rouanet), e outras alternativas que poderão surgir  através de  elaboração de um orçamento que fosse apresentado pela equipe responsável  com  a previsão e o controle dos gastos que o projeto terá. Nessa perspectiva, responde à questão: quanto? E como diminuir os custos?!?!?! O orçamento deve servir como um resumo financeiro do projeto no qual se indica quanto será gasto para sua realização e como. É uma ferramenta importante na gestão do projeto para o acompanhamento das despesas previstas e realizadas. Geralmente, poderia agruparem-se os custos em blocos de despesas amenas, como fornecimento gratuito por alguma entidade de  material de consumo; ter uma equipe administrativa sem fins remuneratórios;  conseguir pelo 0800, serviços de terceiros; cachês baratos dos atores amadores; conseguir baratear o aluguel de equipamentos, alimentação e  transporte;  instalações e infra-estrutura, entre outros. Isso facilitaria a organização e o controle dos gastos.

No que diz respeito aos cenários e vestimentas que encarecem e muito a montagem do espetáculo, que tal jogar a responsabilidade em cima da prefeitura, das secretarias de cultura, turismo e obras, como também  da comissão memorial do centenário?!?!?! Todo esse pessoal, conjuntamente,  procurariam com aval do prefeito a REDE GLOBO NORDESTE para ver se ela forneceria os trajes típicos da época do seu vasto guarda-roupas, principalmente os trajes femininos e demais utensílios que remontam do começo do Século XX. Apetrechos estes, que  a REDE GLOBO poderia muito bem fornecer a título de empréstimo temporário, depois teria sua   devida devolução. E MAIS: Que tal a prefeitura patrocinar o relançamento do livros OS SITIADOS(Hecatombe de Garanhuns), haver uma campanha maciça de divulgação de vendas por preços módicos e toda a renda ser dividida entre o autor do livro, e outra porcentagem das vendas formar caixa do projeto em curso?!


É difícil, mas não  impossível!!! Porém, existem uma parafernália de opções, como mais alguns   exemplos, a começar por:   investimento do poder público em cultura que pode ser feito pela instância federal, estadual ou municipal. Haja vista que cada uma delas tem mecanismos próprios de atuação, as chamadas leis de incentivo à cultura; formação de convênios com organizações da sociedade civil; apresentar o projeto para pessoas físicas e jurídicas que possam repassar ao projeto parte do imposto devido. Ou então, conseguir, com os meios de comunicação local, através de uma campanha de divulgação em massa uma fonte possível de captação de recursos tanto de pessoas individuais como da comunidade ou grupos como um todo. Zebra é se aparecer pretextos ou motivos de, falta de tempo, perda de tempo, falta de métodos ou desculpas esfarrapadas cheias de má vontade e de pessimismo. Aliás, QUANDO A GENTE NÃO QUER... QUALQUER DESCULPA, SERVE!!!

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