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segunda-feira, 13 de junho de 2016

A semana - Sarney indignado, Lula em Curitiba, Dilma na TV Brasil, Cunha e a Ètica e ...




Por Zé Carlos

E aqui estou eu de volta, e continuarei enquanto eu houver, ou houver semanas, ou que não mais houver primeiro. E para mostrar que não há mais semana morna em termos de humor em nossa política, começo citando o Sarney, que apesar dos seus 86 anos de idade, já tendo soltado maribondos de fogo pelo mundo, inclusive na Academia de Letras, sempre foi um pândego, digno de figurar entre as melhores colunas de humor político do país:

“Estou perplexo, indignado e revoltado.

Dediquei sessenta anos de vida pública ao País e à defesa do Estado de Direito. Julguei que tivesse o respeito de autoridades do porte do Procurador Geral da República. Jamais agi para obstruir a Justiça. Sempre a prestigiei e fortaleci. Prestei serviços ao País, o maior deles, conduzir a transição para a democracia e a elaboração da Constituição da República.

............
O Brasil conhece a minha trajetória, o meu cuidado no trato da coisa pública, a minha verdadeira devoção à Justiça, sob a égide do Supremo Tribunal Federal  (José Sarney) “.

Para quem acompanhou, pelo menos um pouco, a trajetória do Sarney, desde o nascimento até o sarcófago, sei que as risadas já começaram. E para quem leu o livro do Palmério Dória, “Honoráveis Bandidos”, já está segurando o bucho para não doer de tanto rir. Basta lembrar da piada com que o autor abre a orelha do seu livro: “No centro de São Luís, dois do povo conversam: Qual a pior coisa do Maranhão? “A família Sarney.” Qual a melhor coisa do Maranhão?” “Ser da família Sarney.” E isto, que deve ter acontecido ainda quando o Sarney tinha bigode preto, continua acontecendo, em tempos mais modernos. Vejam outra declaração de outro grande colaborador desta coluna o Lula, sobre o Fardão que Anda, o Sarney:

“O Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum. (Lula)”.

E por favor, não riam, vindo do Lula, que também não se julga uma pessoa comum, talvez porque tenha nascido na mesma terra de Zezinho de Caetés (nosso colaborador no blog), muitas vezes meu inspirador, não riam, porque vocês desperdiçarão riso que talvez lhes falte até o final da coluna.

E, por que não começarmos com o Lula, que há muito tempo não fazia shows de humor público, porque obviamente, diante dos shows da Dilma, ele ficaria apagado? Ontem apareceu em São Paulo para justificar o quanto se pode rir do PT, partido este que lançou, através de seu presidente o Ruy Pombo, porque de Falcão não tem nada, uma greve geral para a última terça-feira, que dizem ter sido um sucesso. Afinal de contas mais de 11 milhões de trabalhadores foram às ruas para ficar na fila dos desempregados. Mesmo assim, diante deste chamado, o Lula compareceu à Avenida Paulista para um dos seus shows, agora pouco concorridos, para pousar de vítima e provocar gargalhadas. Vejam algumas de suas pérolas, embora eu aconselhe, a pularem esta parte se quiserem estar vivos até o final da coluna:

“Eu tô chateado porque todo dia eu leio uma matéria que diz assim: ‘Eles querem prender o Lula, eles querem encontrar alguma coisa do Lula, eles querem que alguém delate o Lula’.”

Não haveria nada de engraçado nisto, se, ao lado não houvesse um telão, que faz parte do show, dizendo: “Foi o Delcídio, seu amigo e camarada que delatou o Lula”, e por isso ele está agora descendo para a República de Curitiba a fim de ficar nas mãos do mal humorado Moro. Mas, sigamos com o Lula chateado que embarga a voz, como bom ator que sempre foi para dizer:

“A paciência que eu tenho, eu herdei da minha mãe. Muitas vezes, ela não tinha comida para colocar na mesa. E ela não reclamava, dizia que no dia seguinte ia ter. E todo dia eu leio uma coisa. É o meu filho que é dono da Friboi, é o meu filho que tem avião, é o Lula que não sei das quantas… É o PT que é uma organização criminosa. .... Não perdôo, não perdoo a atitude de vazamento ilícito de conversas minhas no telefone, como foi feito algum tempo atrás. Sinceramente, não admito.”

E o pessoal olha para o telão e está lá: “Todas as gravações foram legais e enviadas para o STF pelo sisudo do Moro”. Aí, não aguenta de tanto rir, quando ele conclui:

“Aquilo teve o objetivo de tentar execrar a minha imagem, pra eu não ser presidente. Quanto mais eles provocarem, mais eu corro o risco de ser candidato a presidente em 2018.”

A plateia rir muito, mas, eu, com os meus botões, reflexiono: “O que o brasileiro fez para merecer tal castigo? Não bastava termos um papa argentino,  perdermos da Alemanha por 7 x 1 e levarmos 1 gol do Haiti?”

Mas vamos em frente, porque o medidor de tamanho de colunas já deve ter parado por aqui, com a performance, sempre espetacular de nossa musa, a Dilma, na semana que passou. E ela está fazendo tanto sucesso nos shows, que a impediram de voar em aviões da FAB, a não ser para Porto Alegre, que deve se chamar assim porque Dilma mora lá, e riso e alegria é com ela. Todos pensaram que era por causa das despesas, que já eram demais, com ela, lá no Palácio do Alvorada, ao ponto de estarem colocando em risco o equilíbrio fiscal proposto pelo novo governo. Ledo engano. Dizem, que não a deixaram voar mais porque ela passava as viagens todas contando piadas de japonês ao comandante da aeronave, tirando sua atenção pelo excesso de riso e colocando em risco o avião.

A nossa musa, agora não escolhe mais lugar para os shows, onde ela estiver, para e começa a obrar. E o conjunto de sua obra é tão hilariante que pode até entrar para o livro do Guiness. Que entre, porque, se isto acontecer vão ter que falar desta coluna semanal, que é, sem sombra de dúvida a maior divulgadora de sua obra, tenha o cheiro que ela tenha. Até à TV do Catar (Al Jazeera) ela contou a piada do golpe, e foi além disto durante esta semana. Quando todos estavam pensando que ela estava lutando contra seu impeachment, ela deu a seguinte declaração num show para a TV Brasil, e que ninguém viu porque ninguém sabe nem que existe:

"A consulta popular é o único meio de lavar e enxaguar essa lambança que está sendo o governo Temer. Dado o nível de contradição que tem hoje entre os diferentes atores neste país, é necessário que se recorra à população".

Ou seja, agora, em novos shows, ela passa a prometer que, caso volte a fazer shows no Palácio do Planalto, de onde foi tirada de lá por um golpe de estado, tramado pelo Papa Francisco em conluio com o Cunha, ela irá fazer um plebiscito para saber se a população quer que haja eleições diretas antecipadas. Vejam bem, meus senhores, o senso de humor desta senhora. Com as lambanças que ela fez vinda de todos os lados, que até tirou o brilho de sua melhor piada (“Eu sou uma mulher honesta e honrada!”), delatadas pelos “inimigos que dormiam com ela”, no bom sentido, é claro, ela agora quer apressar o processo para voltar em tempo integral a esta coluna, perguntando à população se quer que ela volte para o Planalto. A coisa é tão louca e hilariante que muitos pensam que isto é apenas um golpe, para, se ela voltar, aproveitar a pequena influência do Lula, para se candidatar e salvar o humor neste país.

E por falar no Temer, ele não praticou muitas hilariâncias na semana que passou, a não ser passá-la sem demitir nenhum ministro. Viu que a piada estava ficando repetitiva e velha. Dizem que ficou apenas no Jaburu vendo as ameaças de prisão dos seus íntimos colaboradores e correligionários. Deve ter concluído que “pimenta no jaburu dos outros, é refresco”, e se deliciado com a companhia da bela e recatada esposa. Por falar nisto, vi uma imagem, feita, imaginem, por pessoas ligadas ao Ministério de Ciência e Tecnologia, ministério este por Temer defenestrado, na qual, não entendi bem, mas, penso que eles estavam tentando dizer alguma coisa ao presidente, quando colocam lá a frase: “sem ciência não tem Viagra”. Concluam vocês mesmos! Eu concluí que estas pessoas não entendem que o Temer também pode se tornar um grande colaborador desta coluna, e pretendem ajudá-lo.

E, como não poderia deixar de ser, o Eduardo Cunha, o nosso Cunhão, volta à ribalta alegrando a massa e segurando a pança. Não diretamente, mas, através de sua patusca esposa, a Cláudia Cruz. Vejam meus senhores, que a capacidade de fazer humor deve ser contagiosa. O Cunha que ainda mantém os seus shows, com sua piada, “não tenho contas no exterior”, foi pego em pleno show, de calças curtas, pela esposa que entrou no palco dizendo que gastou milhares de dólares em artigos de grifes, e quem fornecia o dinheiro era o seu marido. Então a equipe do chato e sisudo Sérgio Moro descobriu que grande parte do dinheiro gasto em “calcinhas e soutiens” de grife, vieram de propinas da Petrobrás. Dizem que na PF ainda estão rindo até agora, por terem ciência deste novo processo produtivo de transformar petróleo em roupas, íntimas, bolsas, sapatos e outras coisas da Cristian Dior. Isto mostra quanto o brasileiro é criativo. Para fazer calcinhas basta usar diretemente o dinheiro da Petrobrás, e não mais o petróleo.

No entanto, o mais risonho não é isto. Eu soube que foi usada um teoria jurídica no mensalão para pegar o Zé Dirceu, um antigo cômico, que foi preso porque quase nos matou de rir naquela época. Esta teoria (desculpem, mas, o meu juridiquês é fraquíssimo) dizia que o não era preciso que o acusado fosse o autor das facadas, bastava que ele tivesse comprado a faca. Era a Teoria do Domínio do Fato. Por isto, e por outras coisas mais, o Zé Dirceu desistiu da vida de shows. Agora, li que surgiu outra teoria: Teoria da Cegueira Deliberada. Seguindo exemplo, é crime o cara ter visto alguém meter a faca no outro, e se fingir de cego. E dizem que vão condenar o Cunha por isto, pois dizem que ele, mesmo vendo a lingerie da esposa, fingia não ver nada. Se esta moda pega no Brasil, vão também condenar a nossa musa, a Dilma e o Lula, certamente, porque para não ver os malfeitos de suas gestões só sendo cegos, ou, deliberadamente, cegos. Além disto, a indústria de tornozeleiras eletrônicas vai tirar o país da crise, pois não teremos presídios suficientes.

Será que ainda tem algum leitor vivo? Não vou ser tão cruel, mas, preciso contar mais uma piada do grande show do Cunha no Conselho de Ética, cujo título deveria ser: “Teve Ética, sou contra!”, no qual, todo o Brasil está sustentando o riso há quase um ano, para ver se  ele mentiu ou não mentiu, e para que se tire uma conclusão, depende apenas de uma pessoa, a Tia Eron. É uma deputada baiana de cujo voto depende a Ética no Brasil. Como eu gostaria que fosse da Tia Anastácia....


Agora está bom. Se ouve alguma delação neste domingo à noite, que ainda não foi noticiada, contarei na coluna da próxima coluna. O que soube foi estarem destrinchando a delação do Machado e que agora o Sarney, Renan, Jucá e Cunha não escapam mesmo. Além disso, dizem que o Lula desceu para Curitiba de braços dados com o Delcídio. Agora tudo estará nas mãos dos sisudos Teori e Moro. Quanto a dizerem que a Marina entrou na roda, ainda é cedo para fazer humor, mas, se verdadeira, na próxima semana matar-los-ei de tanto rir. Vamos esperar e que tenham uma boa semana com a ajuda no Santo do Dia: Santo Antônio, que, já digo, não tem culpa de nada, nem mesmo pela Teoria de Domínio do Fato.

Não estaria sendo justo, como sempre tento ser se não falasse sobre o que vi agorinha. Ontem, vi o jogo do Brasil, até o primeiro tempo. E como, no Brasil, ainda não há nada mais político do que a Seleção Brasileira, tinha que saber o resultado e fui vê-lo. Tragédia! O Brasil perdeu o jogo e vem embora mais cedo, com tempo para brincar o São João em Caruaru. E na próxima entrevista, não percam a Dilma dizendo que isto é culpa do Temer. Coitado!

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