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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O silêncio do Zé Dirceu




Por Zezinho de Caetés

Ontem me contaram: O Zé Dirceu está depondo na CPI da Petrobrás. Não tive dúvidas e corri para minhas fontes de informações visuais e auditivas para vê-lo detonar o seu chefe, o meu conterrâneo o Lula. Agora ele não teria mais nada a temer porque  este agora é um boneco que vive a passear em São Paulo, como ele sempre quis, cercado de gente por todos os lados, com todos gritando: “Lula, embusteiro, do povo brasileiro!”

Lá chegando, vi o ocaso do “guerreiro do povo brasileiro”. Nunca vi alguém tão murcho quanto o Zé Dirceu naquela CPI. Engano-me, já vi o Lula mais murcho quando alguém maldosamente esfaqueou o Lula Pixuleco, na Ponte Estaiada, em São Paulo. O homem, o Zé, parecia um “zumbi do povo brasileiro”. Chega tive pena!

E vi este “zumbi,” que antes fora o grande e poderoso chefão do PT, lá abandonado pelos seus pares a repetir feito um disco estragado:

- Fui aconselhado por meus advogados a permanecer em silêncio!

Um, duas, e muitas vezes este foi o seu refrão, enquanto era espinafrado pelos inquiridores, que, quase todos, diziam a verdade. Digo quase todos porque vi a Maria do Rosário, talvez com pena dele, o defendeu, contando aquelas lorotas do guerrilheiro idealista e mentor de uma revolução que terminou, como outras, na Bastilha.

Conhecendo o Zé como eu conheço eu não me enganaria se ele estivesse se preparando para outras investidas contra o povo brasileiro, se fingindo de vítima inocente e sofredora. Lembrei de um diálogo que vi num livro sobre ele, transcorrido em 2002 depois da vitória do Lula:

Duda Mendonça: “Tá só acabando, Zé!”

Zé Dirceu: “Não, Duda, tá só começando.”

Ontem os deputados diziam também que estava acabando, e pelas suas reações, quase com lágrimas nos olhos, ele jamais repetiria a frase que disse ao Duda. Realmente, parecia que estava acabando. Ele realmente talvez já pense que não poderá gastar a fortuna que amealhou pregando a revolução e cofiando a barba do Fidel.

No entanto, diante daquele silêncio ensurdecedor do Zé, penso que ele está esperando ainda em repetir a frase em 2018, se o Lula ganhar as eleições, como prometeu esta semana. Será que nosso país é tão burro para que isto aconteça?

Com o orçamento enviado ao Congresso pela gerenta presidenta incompetenta no início da semana, se deixarem ainda esta mulher no comando do país, tudo será possível. Até o Zé começar de novo. Vade retro!

Logo que terminei de escrever o texto acima, soube da notícia que explica o silêncio do Zé Dirceu. Ele foi indiciado por 4 crimes por uma das fases da Operação Lava Jato: formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Toma emprestado o texto do Josias de Souza para mais detalhes. Fiquem com ele que vou ficar na janela esperando o Lula passar, acompanhando o João Vaccari, no Bloco do Pixuleco.

“A Polícia Federal indiciou nesta terça-feira mais 14 pessoas encrencadas no escândalo da Petrobras. Entre elas estão dois personagens que o PT costumava recepcionar em seus encontros como ‘herois do povo brasileiro’: o ex-todo-poderoso José Dirceu e o ex-tesoureiro João Vaccari Neto. Sintomaticamente, o PT reagiu aos indiciamentos com o silêncio.

Em privado, integrantes da cúpula petista afirmam que o partido já não pode defender Dirceu. Por quê? O ex-chefão da Casa Civil teria agenciado na Petrobras interesses pessoais, não partidários. Nessa versão, ao apropriar-se dos meios para si, o guerreiro tornou os fins injustificáveis.


E quanto a Vaccari, por que o abandono? Bem, para esse caso o petismo ainda não formulou uma explicação. Parte da legenda acha que Vaccari deveria ser afagado com uma manifestação partidária. Sob pena de o ex-tesoureiro concluir que certos silêncios merecem resposta imediata.”

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