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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A quem não interessa a saída de Dilma?




Por Zezinho de Caetés

Hoje já escrevo sabendo a decisão do Congresso sobre os vetos da gerenta presidenta. E, pasmem, desta vez ela conseguiu o que queria, por lá. Pelo menos em parte. Manteve 26 dos 32 vetos que havia imposto a decisões recentes dos parlamentares.

Como disse, ela, talvez ela primeira vez, desde que levou à falência sua lojinha de 1,99, estava certa. Diante da situação brasileira, a oposição fez bem em  maneirar um pouco. Restam ainda outras decisões vetadas e que podem levar o Brasil à breca de vez, caírem os vetos. Mas, vamos esperar, com otimismo.

O assunto que nos traz aqui já é outro. A decisão do STF de fatiar a Operação Lava Jato, tirando poderes do juiz Sérgio Moro, que, por isso, não deixa de ser o homem mais influente do Brasil no momento. Agora, a Operação pode até lavar a jato, mas, não com tanta eficiência como vinha fazendo. Será pela escassez de água ou pela escassez de vergonha?

Quem tenta colocar a questão sobre outro ângulo, hoje, em seu Blog, é o Ricardo Noblat, quando pergunta no título: “A quem interessava enfraquecer o juiz Sérgio Moro?” Esta é uma pergunta correta, mas, a mais correta ainda é: “A quem não interessava a saída da Dilma?”. Talvez até fosse mais fácil de responder.

Mesmo com a alegação do ex-advogado do PT, o Dias Toffoli, de que ainda há juízes no Brasil, não podemos acreditar que este fosse o caminho correto. Mas, como sou um eterno otimista, quem sabe, ele está certo e apareça um outro Moro, esperando fazer Justiça com o Brasil?

Agora, fiquem com o Noblat que eu vou procurar minha lanterna e sair procurando um juiz igual a Moro por aí. Eu sei que não é uma tarefa fácil, mas, quem sabe eu não estarei como sorte?

“Para começar a investigar um crime, os detetives de antigamente costumavam se fazer a mesma pergunta: “A quem interessa?” Ou seja: “Quem mais tiraria vantagens do crime?”

A pergunta pode ser aplicada também para elucidar ou pelo menos iluminar outros enigmas.

Por exemplo: por sete votos a três, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu fatiar a Operação Lava-Jato, subtraindo poderes do juiz Sérgio Moro, o comandante da operação até aqui.

Continuarão com Moro somente os processos que tenham conexão direta e robusta com a roubalheira na Petrobras. Os demais poderão ser repassados a outros juízes país a fora.

Montar um quebra-cabeça com muitas peças é um desafio complicado. Torna-se impossível de ser vencido quando faltam peças.

O relator da decisão do STF foi o ministro Dias Tóffili, ex-advogado de Lula, ex-assessor de José Dirceu, um petista de raiz. Tóffili desabafou irritado a certa altura do julgamento:

- Há Polícia Federal e há juiz federal em todos os estados do Brasil. Não há que se dizer que só haja um juízo que tenha idoneidade para fazer investigação ou para seu julgamento. Só há um juiz no Brasil?

Não, há muitos. Mas Moro já demonstrou à farta sua competência na condução do caso e seu rigor na aplicação das leis. Nada mais precisa provar.

Não existe outro juiz que conheça tão bem como Moro o que a Lava Jato investiga. Nem que opere como ele em tão fina sintonia com a Polícia Federal.

Embora sem esse nome, a Lava Jato começou em 2009. E seu objetivo inicial foi o de apurar lavagem de dinheiro entre empresas ligadas ao deputado José Janene (PP-PR), que já morreu.

A apuração levou à descoberta de um posto de gasolina, em Brasília, que lavava dinheiro. E em seguida ao doleiro que fazia a lavagem e que se escondia sob o nome de Primo.

Por conta do posto de gasolina foi que a operação ganhou o nome de Lava Jato.

Primo era o doleiro Alberto Yousseff. E foi por meio dele que se chegou a Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento da Petrobras. O resto é história conhecida.

Portanto, é falsa a afirmação de que a Lava Jato, por vocação e em respeito ao seu escopo original, deve limitar seu interesse à roubalheira na Petrobras.

Como desvincular o que aconteceu na Petrobras com o que aconteceu em outras empresas e órgãos dos governos Lula e Dilma?

Os personagens, em várias ocasiões, foram os mesmos. Os crimes de igual natureza. E o produto deles serviu ao mesmo propósito – o de manter no poder quem nele queria se conservar.

A quem interessou a decisão do STF relatada por Tóffili?

Ela foi celebrada pelos advogados de presos, de ex-presos, de suspeitos e de quem mais receia cair nas malhas da Lava Jato.

Por que? Ora. Seguramente porque aumentam as chances de eles se darem bem.

No Congresso, ontem à noite, deputados e senadores não escondiam seu alívio com o enfraquecimento de Moro.

A blindagem da Lava Jato foi rompida pela primeira vez. Doravante será mais fácil rompê-la sempre que necessário.


Esperem para ver.”

Um comentário:

  1. COM O NEGÃO QUINCAS (DE SAUDOSA MEMÓRIA) OU ENTÃO COM O ÓTIMO JUIZ SÉRGIO MORO, TODOS OS BRASILEIROS (MENOS OS PETRALHAS) TERÃO O SELO DE GARANTIA DE UM JULGAMENTO JUSTO E MERECIDO. COM ESTA DECISÃO DO STF PETISTA, ABRE-SE A PORTEIRA PARA O BOI PASSAR. E POR ONDE PASSA UM BOI PASSA UMA BOIADA...

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