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quarta-feira, 18 de março de 2015

Dilma: "Bem aventurados os humildes porque eles herdarão a Petrobrás...




Por Zezinho de Caetés

Todos sabem que fico xeretando na mídia o que comentar, e, na maioria das vezes, reproduzo o comentado lá embaixo, com o simples objetivo de que, se as pessoas cansarem de me lerem, tenham sempre uma alternativa. Ou seja, sempre devemos deixar uma alternativa. A possibilidade de escolher é fundamental.

No entanto, ao ouvir a entrevista da Dilma na segunda-feira, eu vi que ela é totalmente contra em deixar uma escolha a qualquer brasileiro que não seja petista. Não tem jeito, temos que dizer que ela “para uma burra, só falta as penas”. E como dizia o velho Ary Barroso, como burro não tem penas, então não falta nada.

Pressionada pelo sucesso das manifestações contra o seu governo, e também pressionada pelas manifestações a favor, já que, aquilo que foi à rua na sexta-feira feira não passava de um bando de decepcionados com ele, mas, que querem de toda forma manter a “boquinha” nos seios das verbas públicas, ela agora decidiu ser humilde. Como assim? Quando a esmola é grande o cego desconfia, como o Lula dizia lá no nosso interior. E faz bem em desconfiar, porque esta esmola já foi dada antes e só furou sua bacia.

Sua fala me lembrou o Sermão da Montanha, que ouviremos brevemente em Nova Jerusalém, da boca dos atores globais: “Bem-aventurados os humildes, porque herdarão a terra.” Deve ter sido o Papa Francisco, vendo seu desgaste emocional, porque a única pessoa hoje a favor de Dilma é Nicolau Maduro, e citou para ela as palavras de Jesus. Ela num imenso esforço, tentou ser humilde. Mas, será que conseguiu e, portanto, herdará alguma coisa? É o tema do texto abaixo do Ricardo Noblat, que, hesitante, diz: “Louvável o esforço de Dilma em parecer humilde. Não convenceu. Mas não importa. Tentou. Se continuar tentando, talvez convença.”

Eu já tenho certeza que ela não conseguirá. Lembram da estória do escorpião que foi ajudado pelo sapo a atravessar o rio, e chegando à outra margem o picou? Pois é, é da própria natureza dela dar chutes e pontapés nos subordinados, e só não diz que gosta mais de cheiro de cavalo do que cheiro de povo, porque logo em seguida teria que recitar seu mantra de que foi uma guerrilheira torturada por lutar pela democracia no Brasil. O que, como todos sabem, é uma mentira contumaz. Pela sua luta, caso vitoriosa, Fidel Castro já teria assumido o governo do país desde priscas eras.

Entretanto, ela não para por aí para falar nos conselhos do Papa Francisco, quando tenta se enquadrar em outra parte do Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”, vindo com a história que hoje se investiga tudo no seu governo. Outra bruta mentira, de quem, se quisesse investigar alguma coisa teria feito na época que era “faxineira”, e não agora que quer se transformar numa “humilde cozinheira”. O povo brasileiro, que se mostrou nas manifestações é que lutam por justiça, com sede e fome, e já estão fartos da enrolação que é o seu governo.

O melhor mesmo, para se recuperar do cinismo permanente, era aprender o sermão do PT: “Bem aventurados os humildes porque eles herdarão a Petrobrás” e “Bem aventurados aqueles que tem fome e sede de justiça, porque um dia verá o chefe na cadeia”. Fiquem agora com o pequeno e elucidativo texto do Noblat. E sejam humildes, mas não percam a esperança, porque em abril estaremos outra vez nas ruas.

“Juro, não é implicância com a presidente Dilma. Mas quem se expressa confusamente como ela não pode pensar com clareza.

Há a Dilma que lê o que lhe escrevem e a Dilma que improvisa a partir ou não do que lhe escrevem.

As duas se apresentaram ontem 24 horas depois de cerca de dois milhões de pessoas terem ocupado as ruas das principais cidades do país para gritar “Fora Dilma”, “Fora, PT”, “Abaixo a corrupção” e “Eu quero o meu Brasil de volta”.

A Dilma que lê fez questão de destacar que participou da luta contra a ditadura de 64, e elogiou os que foram para as ruas no domingo por exercerem o direito de falar e de ser ouvidos.

Aqui uma observação: Dilma não precisa lembrar sempre do seu papel de militante política contra a ditadura. Fica parecendo que assim tenta ganhar a simpatia das pessoas. Como Lula que não cansa de lembrar sua origem humilde.

Quem não sabe que ele nasceu do ventre de uma analfabeta, como faz questão de dizer?

Fim da observação. Adiante.

Dilma disse que ouviu o “recado das ruas”. Deveria ter explicado que recado ouviu. Pode não ter sido o recado que as ruas deram.

“Recado das ruas” dito dessa maneira não quer dizer nada.

Louvável o esforço de Dilma em parecer humilde. Não convenceu. Mas não importa. Tentou. Se continuar tentando, talvez convença.

Ela instruiu seus ministros a se comportarem com humildade. O da Justiça bem que se esforçou. Até citou a nova palavra de ordem do governo – “humildade”.

Mas na hora de corresponder ao novo figurino escolhido pelos responsáveis por sua imagem, Dilma derrapou. Perguntaram-lhe por erros do governo. Ela mencionou um. Só um. Modesta.

O governo erou, segundo ela, ao delegar para o setor privado as inscrições do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).

Vejam bem: o erro do governo foi confiar no setor privado. Que por sua vez foi quem verdadeiramente errou. Captaram?

Palavra de honra que ouvi com simpatia o que Dilma disse. Admito, porém, que tive dificuldade de compreender alguns trechos.

Por exemplo:

- O governo tem obrigação de abrir o diálogo. Obviamente, de um lado, uma postura humilde, porque, para dialogar, você tem de aceitar o diálogo.

Outro exemplo:

- Atitude de humildade é que você só pode abrir diálogo com quem quer diálogo. Porque quem não quer abrir diálogo com você, você não tem como abrir diálogo.

Pensando direito, ela está com a razão. Você só pode abrir diálogo com quem queira dialogar. Porque com quem não quer dialogar, você não pode abrir o diálogo. Entendeu?


No mais, a entrevista de Dilma serviu para demonstrar que ela não faz por enquanto a menor ideia de como apascentar os manifestantes. Eles prometem voltar às ruas em abril. É logo ali.”

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