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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Valei-nos Nossa Senhora Aparecida!!!




Por Zezinho de Caetés

Eu juro que quis mudar de assunto. Hoje não escreveria nem tocaria na PEC do Teto, como fiz ontem. Mas, não teve jeito. Ontem  assisti a uma reunião da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, na qual, sua presidente, a Gleisi Hoffmam, juntou a nata de “asneiristas” da esquerda para espinafrar a medida.

Houve até uma economista que disse ser o papel do economista apenas seguir os políticos e não dizer mais nada. Esta é a consequência do aparelhamento de nossas universidades. A moça, que agora não me lembro o nome e nem me esforçarei por lembrar, parece que tomou a lavagem cerebral na USP e agora tenta fazer o mesmo com seus alunos.

Eu não sou economista mas fiz um curso que não trocaria pelos modernos cursos na matéria. Economia é a ciência que ensina a escolher bem na área material, quando os recursos são escassos, que hoje, abrange até o cérebro, nos exames de imagens. E o que se passou no país foi o fruto de más escolhas na lida com nossos recursos que o Lula pensou serem inesgotáveis porque os chineses empregavam os brasileiros por muitos anos.

E hoje, a Senado, ou parte dele se reúne para, sem saber do que se está falando, discutir a PEC do Teto. Houve um outro participante que disse ser agora  necessário esclarecer a população sobre ela, e pronto. Imaginem senhores, se só fôssemos operar um doente terminal se a população entendesse e decidisse usar procedimentos sofisticados. Algum sobreviveria?

Pois eles fingem entender as coisas, quando no fundo querem voltar ao poder para maior gastança e para se locupletarem do dinheiro público, como é acusada a Gleisi Hoffman.

E é para esclarecer o distinto público, do outro lado, que transcrevo abaixo o texto do Hubert Alquéres (“A Batalha do Teto” – Blog do Noblat), e me vou comemorar o Dia da Criança, rezando para Nossa Senhora Aparecida, para ver se ela nos proteja e faça com que o PT não volte.

“Não foi ainda a última batalha da guerra pela reordenação das contas públicas, condição necessária para a superação da insolvência do Estado brasileiro e para a retomada do crescimento. Em breve, outras virão, como a da Previdência.

Mas a cada dia, sua agonia. A hora é de sensação de alívio para quem estava à beira do abismo e dele se distanciou um pouco, com a vitória do governo Michel Temer na votação, em primeiro turno, da PEC do teto dos gastos públicos.

Imaginemos qual seria o quadro do país, se o resultado da primeira refrega tivesse sido outro. No curto prazo, restaria à equipe econômica a cartada do aumento da carga tributária.

Sabemos o quanto essa medida seria danosa em uma economia em recessão, em termos de diminuição da renda dos brasileiros, de ampliação do desemprego e de redução mais drástica ainda da atividade produtiva.

Menor produção, menor a arrecadação do Estado, menor, portanto, sua capacidade de fazer frente às suas obrigações na saúde, educação, segurança, seguridade social.

Além do mais, o aumento da carga tributária é inviável por uma simples razão: é amplamente rechaçada pela sociedade. Restaria, então uma única carta na manga: alimentar a ciranda da gastança pela via da emissão de títulos públicos e com a manutenção de taxas básicas de juros estratosféricas.

Ora, a espiral da dívida pública continuaria em velocidade alucinante, podendo gerar uma situação de quebradeira antes mesmo alcançar seu pico em 2023; estimado em 160% do PIB, se nada for feito até lá. Hoje, várias unidades da Federação estão em situação falimentar, atrasando o pagamento de funcionários e sem perspectiva de honrar o 13º salário.

A derrota na Batalha do Teto seria mais lenha na fogueira da instabilidade de um governo que ainda não se afirmou. A credibilidade da equipe econômica perante o mercado e a sociedade seria duramente afetada, bem como se disseminaria mais ainda a desconfiança entre os partidos aliados quanto à real capacidade do presidente Michel Temer de levar a bom termo a travessia, até 2018.

Esse jogo foi entendido muito bem pelas forças derrotadas nas eleições do último dia dois. Rapidinho, o PT e outros partidos de oposição se uniram ao corporativismo e ao atraso. Foram atropelados na Câmara de Deputados, assim como o foram nas urnas. Nessas, o discurso vitorioso foi o da austeridade fiscal, pregado por muitos candidatos bem-sucedidos.

O teto para os gastos públicos pode ser um remédio amargo, mas necessário.  Sozinho, não fará milagres. Mas se bem administrado, ajudará em muito o saneamento das contas públicas e a retomada da capacidade de investir do Estado, que foi dilacerada nesses anos de lulopetismo.

Depois do longo e tenebroso inverno, marcado pelo expansionismo fiscal, pelo represamento de preços e dirigismo estatal responsáveis pela maior crise econômica da história do país, os ventos começam a soprar noutra direção, ainda que timidamente.

A inflação, finalmente, está cedendo e há uma incipiente melhoria na confiança dos empresários. Os marcos legais para a atração dos investidores externos começam a ser definidos, como está acontecendo na área do pré-sal, com o fim da obrigatoriedade da Petrobras de ter 30% dos campos de petróleo e de ser a única operadora na exploração dessas reservas.

Sem sombra de dúvidas, a PEC que põe freio na gastança contribui em muito para o novo ambiente que vai se formando. Sinaliza o compromisso da equipe econômica com um orçamento compatível com o tamanho do nosso PIB, no qual o governo não gaste mais do que arrecade.

Essa guerra está longe de ser vencida e só nesse ano o déficit nas contas públicas será de R$ 170,5 bilhões. Impossível vencê-la sem enfrentar as casamatas de corporações que querem perpetuar seus privilégios.

Sanear as contas do Estado implica em contrariar interesses. Mas é possível chegar lá, travando a batalha de cada dia e sem abrir várias frentes de luta ao mesmo tempo.


A batalha de hoje é a da PEC do Teto e ela só termina quando aprovada, em segundo turno, nas duas casas do Congresso Nacional. Até lá, nada de desmobilizar as tropas.”

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