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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O "outubro rosa" da política




Por Zezinho de Caetés

Ontem, para quem gosta de política, e, ainda mais tem a obrigação de comentar certos fatos ligados a ela, poder-se-ia dizer, a lá Temer, que foi um dia cansativo. Mas, reconheçamos. Foi um dia para entrar na história do Brasil.

Cansativo porque fiquei correndo entre meus dois aparelhos de TV, um analógico e outro transformado em digital, para não perder um só minuto dos principais eventos. Sabemos que seria demais dizer que cansei até para ver a Marcela Temer discursar. Confesso que não prestei muita atenção no seu discurso, devido, com todo respeito, a sua beleza estonteante ornada pela sua simplicidade. Portanto, não considero o dia histórico apenas pelo seu discurso.

Todavia, houve mais, muito mais, e a correria foi grande para viver a história contemporânea. Tenho certeza que o 5 de outubro de 2016 vai ser lembrado até nos livros escolares. E tudo começou, depois do discurso da Marcela Temer, no lançamento do programa Criança Feliz, com uma homenagem do STF ao aniversário da Constituição de 1988.

Lá estavam todos os poderes da República representados pela presidente do Supremo, presidente da República, além de todos os ministros. Eu senti falta do presidente do legislativo, que seria o presidente da câmara ou do senado. Mas, não fizeram falta na bonita solenidade, na qual, o Michel Temer prometeu fazer um esforço para que o dia 5 fosse transformado em Dia da Constituição.

Pela importância do “livrinho”, eu acho uma justa homenagem, mesmo não o achando dos melhores, mas, é o que temos e devemos segui-lo na tentativa de melhorá-lo, em sua interpretação, que sabe um dia torna-lo o livro de cabeceira de todos os brasileiros. E foi com este mesmo espírito que o STF resolveu tornar definitiva a norma de que, após, uma segunda condenação por um colegiado da justiça, aqueles que cometeram malfeitos, possam ir para cadeia, o que chamam a prisão em segunda instância.

Não entendo muito do Direito. Não é minha praia, todavia, como qualquer cidadão eu sofro com as consequências de como ele é tratado. E quando estudo esta área, dar-me a impressão de que tudo pode ser explicado ou justificado, para o bem ou para o mal, interpretando suas normas e seus princípios.

Ao ouvir aqueles que eram contra a prisão em segunda instância, porque diziam ser uma norma explícita da nossa Constituição cidadã, que nos últimos tempos transformou-se na Constituição do PT, por ser mal utilizada por este partido, interpretando-a como ponto de apoio para manter-se no poder definitivamente, eu quase aceitava seus argumentos.

No entanto, logo a seguir, ao ouvir aqueles que votaram a favor, vi que estes, estavam com a razão ao levarem em conta o nosso momento histórico e as especificidades da justiça no Brasil. E foram citados vários exemplos, como aqueles do Luiz Estevão, ex-senador, que cometeu um crime e teve direito a tantos recursos, que resolvê-lo prendê-lo, por já ter idade de se aposentar como recorrente de processos aos níveis superiores da justiça.

Eu sei que em grande parte das votações desta matéria, havia um pensamento sobre a situação do Lula. Este seria um exemplo de impunidade futura se não houvesse  a decisão do STF, ontem, que, por maioria declarou que se o indivíduo cometer crimes, for condenado numa segunda instância, pode continuar fazendo recursos, mas, do xilindró.

E, como todos sabemos, o Lula já é réu em muitos processos, bastando que seja condenado em um deles, pelo Sérgio Moro, por exemplo, para subir à segunda instância. E com as estatísticas de acerto do Moro,  não tem jeito, o meu conterrâneo vai outra vez para a prisão. Digo outra vez, por sei que ele já passou por lá, no tempo que eu o admirava.

E como se não bastasse isto para tornar o dia histórico, foi aprovado um projeto de lei do José Serra que vai tirar a Petrobrás do buraco em que se encontra, colocada lá pelo ranço nacionalista caduco de que o Petróleo é Nosso. Nunca foi, a não ser no filme de minha época lá pelos idos de 1954, do Watson Macedo e com a Consuelo Leandro. Foi o Lula que inventou a história de que o pré-sal, faria a redenção do Brasil, e a Dilma continuou com a estória, deixando que a nossa grande empresa, por roubos e furtos chegasse à situação de penúria que está hoje.

Pasmem, mas, devido ao nacionalismo tacanho, equivocado e premeditado para os malfeitos, em todos os processos de exploração de petróleo no pré-sal, a Petrobrás teria que participar. Não contavam nunca que esta empresa um dia não poderia investir nem na compra de clips e papel para seus escritórios, e o Brasil ficasse com sua riqueza enterrada, sem servir para nada. O que foi feito ontem, não foi ainda privatizá-la, o que eu defendo, mas, pelo menos permitir que outros venha desenterrar nossa riqueza para servir ao país, por uma ganho natural do mercado.

Bem, se juntarmos a historicidade do dia de ontem com a importância do resultado das eleições, eu poderia dizer que estamos vivendo o “outubro rosa” da política brasileira. O Outubro Rosa é uma campanha que visa conscientizar a população em torno do câncer de mama. O “outubro rosa” política, deverá ser lembrado como uma campanha para conscientizar as pessoas contra o verdadeiro câncer que é mamar nas tetas do governo.


Talvez, para completar o nosso “outubro rosa”, deveríamos aprovar logo a PEC 241, que tenta limitar os gastos públicos, para que as tetas da nação descansem um pouco dos seus predadores. Se isto acontecer teríamos um mês histórico e talvez um ano histórico, que é aquele em que nos vimos livres do PT.

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