HÁ 50 ANOS - III

Por José Antônio Taveira Belo / Zetinho

Terminada as comemorações cada um tomou o seu rumo na sociedade. A alegria ainda contaminava os nossos corações. Os pensamentos e atitudes eram avaliados a cada momento. Como seria a nossa caminhada a partir do dia seguinte?  Com o nosso diploma debaixo do braço o que fazer? Esta e muitas outras perguntas fervilhavam em nosso cérebro. A primeira preocupação foi registrar e retirar a carteira do Conselho de Contabilidade de Pernambuco para exercer a profissão escolhida. Daí por diante teríamos condições de exercer a nossa profissão. Muitos de nós, concluintes, partimos para outras plagas, outros fixaram o seu trabalho na cidade de Garanhuns e municípios adjacentes. Outros reiniciaram estudos na Universidade, para obter o grau de Ciências Contábeis e Administração de Empresas. Alguns abriram escritório de Contabilidade, prestando serviços ao comercio e a indústria. Outros se tornaram professores, ensinando o que aprendemos aos futuros contabilistas.  Durante este tempo, cinquenta anos se passaram e quase já não nos encontramos. Não nos comunicamos. Tornamos invisíveis. Parece que aquela alegria de outrora se apagou da nossa memória. Onde estamos? O que realizamos? É uma pergunta que deveremos realizar, procurando reatar e se localizar para um reencontro. As características de todos se modificaram, da juventude para a terceira idade, se me permite esta avaliação.  Se nos  encontrarmos provavelmente não nos reconhecemos, pois  a memória é fraca para alguns. As lembranças daquele ano de 1966 ainda continuam em nosso pensamento.   Basta fecharmos os olhos e visualizar aqueles momentos que alegraram a nossa vida. Ainda quando chego a Garanhuns encontro ali e acolá colega deste tempo que não se apaga de nossa memoria. É um reencontro de alegria ao falarmos daquele passado que cruzou as nossas vidas. Lembramos naquele momento, as brincadeiras, das piadas, das broncas do Padre Adelmar, à ansiedade das provas, dos nossos professores e tantos outros acontecimentos que devemos relembrar e rir com o que passou. O tempo muitas vezes apaga em nossa memória aqueles que conviveram conosco durante anos afins. Para nominar todos os concluintes vali de uma flâmula azul, que guardo com muito carinho. Lá estavam escritas em letras douradas estes que fizeram parte da minha vida estes 37 heróis.  Inaldo Rodrigues /  Valfredo Alves /  Clovis Teixeira /  André Aloisio /  José Alfredo /  Gerson Emery / Oziel Fonseca / João Duarte / Luiz Tenório / José Alves /  Nelson Batista /  Severino Tenório / José Lucio / Álvaro Florentino / Gabriel Florisbelo / Antônio Herculano / Alonso Honorato / Antônio Alberto /  Gercino Barros /  Antônio Amaro / Enildo Peixoto /  José Antônio Taveira /  Ivaldo Bival /  José Baia /  Miguel Quirino /  Wolgran Pessoa /  Adilson Borges /  Francisco Felix /  João Salgado /  João Alberto /  Nivaldo Souto /  José Leônidas /  José Valtaso /  José Farias /  José Domingos /  Ivan Bival /  Luiz Paes.