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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Renuncia a presidenta Dilma




Por Zezinho de Caetés

Hoje, ás 7 horas da manhã, a presidenta incompetenta, se dizendo inocenta, declarou em Rede Nacional, menos na Rede Globo, diante de tanta rejeição, de tantas injustiças, que estava renunciando ao seu mandato.

Ainda ouvindo uns poucos gritos de “não vai ter golpe!”, ela desceu, um pouco tristonha, acompanhada pelo Mercadante, tomou um taxi e foi direto para Rodoviária, para mostrar que não usaria mais o aparato governamental para nada, comprovando assim sua lisura e honestidade com a coisa pública.

A cena foi transmitida, ao vivo, pela TV Brasil, o que garantiu a ela e seu solitário acompanhante que ninguém a veria naquele momento. A notícia só foi mesmo divulgada no Bom Dia Brasil, da TV Globo, e a partir deste momento, começou o vai e vem de notícias encontradas e desencontradas.

Umas diziam, que o único ministro a acompanhá-la foi o Mercadante, mesmo assim fora preso ao chegar à terminal rodoviário de Brasília, onde a presidenta tomou um ônibus e foi para o Rio Grande do Sul. Já outras, diziam que ela ainda usou um avião o qual o Lula usa em suas viagens, depois que ele foi considerado pobre, ao declarar que não tem nada seu.

Até agora, não se sabe, ao certo, se já houve a diplomação do Temer como novo presidente, mas, algumas de minhas fontes disseram que a bela Marcela, sua esposa, já havia mandado dar um trato no vestido da posse. O Temer irá mesmo de mordomo, pois nunca vi parecer tanto com um, e, com aquele fraque, o Zé do Caixão já pediu financiamento público para rodar mais um filme de terror: “O presidente Drácula”. Sucesso já garantido de bilheteria.

O Lula, não sabia de nada, pois também não vê a TV Brasil. Mas, quando viu sua preferida a Rede Globo, deve ter dito para Marisa: “Até que enfim!”. Outros já dizem que ele falou: “Enfim, sós!”. E já prepara sua campanha para 2018, com o lema: “Dilma não conseguiu, mas eu consigo!”. O significado deste lema fica a critério do povo brasileiro.

Agora, deixemos o 1º DE ABRIL de lado e leiamos com atenção o texto da Míriam Leitão, saído ontem no O Globo, onde ela mostra o por que todos os brasileiros gostariam que hoje não fosse o Dia da Mentira. Quem sabe, nos próximos anos, ao invés de termos pesadelos, como eu tive e aqui contei ontem, com o 1º de Abril de 1964, ele seja comemorado como o Dia da Dilma

Seria uma justa homenagem a aquela que fez da mentira sua razão política de viver. Tenham um bom 1º de abril, lendo o “As ameaças de Dilma” (título do texto abaixo).

“Há 52 anos o país acordou em um pesadelo que permaneceu conosco por 21 anos. É este fantasma que o governo tenta usar para amedrontar os brasileiros. A presidente Dilma Rousseff, ao falar no Palácio do Planalto que se prepara um golpe, deu a senha para que a farsa fosse utilizada em defesa do governo até pelas estruturas do Estado brasileiro, como o Itamaraty.

Dilma passou a dizer isso toda vez que tem plateia espontânea ou convocada. Alguns defensores do governo usam por má fé a tese do golpe. Outros, sobretudo os mais jovens, acreditam estar vivendo tempos heroicos em que é preciso resistir aos “golpistas”. Diante do funcionamento das instituições e da inexistência de qualquer movimentação militar, a tese é totalmente falsa, mas é repetida por falta de argumentos. O efeito dessa declaração da mais alta autoridade brasileira é extremamente deletério. A presidente invoca seu passado de militante para assegurar aos mais jovens que é isso mesmo que se está vivendo no Brasil, quando o que ocorre é a falência do seu governo por inépcia.

Os dados trazidos ontem pela CNI-Ibope não deixam dúvida do alto grau de rejeição do seu governo. A grande piora na avaliação da presidente Dilma entre as famílias que tem renda de até um salário mínimo aconteceu logo após as eleições. Foi nos três primeiros meses que sua aprovação mergulhou numa queda livre. Isso sugere que eles perceberam uma diferença grande entre o cenário que foi veiculado pela propaganda petista e a realidade que o país enfrentou nos meses seguintes à reeleição. É o custo extra de uma propaganda que não se sabe até hoje a que preço foi contratada.

Se em dezembro de 2014 apenas 10% dos entrevistados nessa faixa de renda consideravam o governo péssimo e 7% o avaliavam como ruim, em março de 2015 o percentual de péssimo já havia subido para 47% e o de ruim para 13%. Ou seja, o grupo de pessoas com rendimento de até um salário mínimo que consideram o governo ruim ou péssimo saltou de 17% para 60% em apenas três meses e vem se mantendo nesse patamar até a pesquisa divulgada ontem. Nesse grupo, 76% desaprovam a forma de Dilma governar. Entre os entrevistados na região Nordeste, o percentual de ruim e péssimo está em 54%. Entre os que têm baixa escolaridade, 60% acham seu governo ruim e péssimo. A base da pirâmide social que ela alega estar defendendo a rejeita. Por que será?

É pela mesma razão que outras regiões e outras classes sociais a criticam. Dilma vendeu um país cenográfico na eleição, para esconder os sinais da ruína econômica que produziu; manipulou o preço da energia e deu um tarifaço logo após o fechamento das urnas; provocou a pior recessão da nossa história. Além disso, seu governo está envolvido num gravíssimo caso de corrupção.

O que a presidente argumenta é que não cometeu crime de responsabilidade, portanto não poderia estar respondendo a um processo de impeachment. Na verdade, as suas manobras fiscais que ficaram conhecidas pelo nome de “pedaladas” infringiram sim a Lei de Responsabilidade Fiscal. Para piorar o quadro, vieram as denúncias de dinheiro de origem não esclarecida em sua campanha ou delações como a do senador Delcídio, que até dezembro passado era o líder do seu governo.


A presidente pode e deve usar todo o amplo direito de defesa. Ela tem a seu favor o fato de que com uma minoria de deputados, de apenas 171, pode parar o processo. O Supremo Tribunal Federal estabeleceu o rito de impeachment e estará pronto a corrigir qualquer erro cometido. O que ela não pode é inventar um golpe inexistente e pôr em dúvida a democracia brasileira que foi tão dolorosamente conquistada.”

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