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segunda-feira, 2 de junho de 2014

A semana - Copa, índios e flechadas




Por Zé Carlos

E lá vai eu pensar outra vez na semana que passou. Como não poderia deixar de ser, e com concordância dos produtores do filme do UOL, que abaixo mostra para vocês, todo mundo só pensa naquilo: Copa!

Faltando poucos dias para que o Brasil calce suas chuteiras que, de vez em quando, nos trazem muitas alegrias. Ao encontrarmos alguém na rua com travas de chuteiras estampadas no rosto, não se alarmem, é porque a Copa é aqui, pertinho de nós e já começamos a curtir seus efeitos. Aliás, há sete anos que os curtimos e esquecemos de nossa mobilidade urbana. Ficamos parados, com cara de tacho, esperando, não o VLT, mas, a próxima greve de ônibus ou o próximo saque.

E agora, quem não quer mais a Copa é índio. Quase vou à loucura de tanto rir, quando vi num telejornal que um policial havia sido flechado por um índio em pleno coração de Brasília. Rindo feito uma hiena no cio, lembrei da história do Brasil, lembrei do Bispo Sardinha, degustado pelos nossos primeiros habitantes, que agora querem sua terra de volta. Lembrei até do Cine Rex lá em Bom Conselho onde eu vi as primeiras flechadas dos peles vermelhas americanos em Búfalo Bill. Embora, se esta moda, dos antigos habitantes tomarem suas terras de volta, pegar, vai ser um horror, porque os que hoje nela habitam podem aventar a hipótese de tomar dos primeiros habitantes o que eles deram em troca da terra. Teríamos um monte de índio sem saber mais falar latim, além da devolução do Bispo.

É sério, muito sério. Já foi decretado pelo deputado Marco Maia, que é do PT, que não haverá sessões da CPMI durante os jogos da seleção na Copa. Declaração mais inútil do que a própria Comissão. Com o início da Copa, vai ser difícil até missas serem celebradas por falta de público. E, quem sabe, mesmo por falta de padre. Afinal de contas, padre também é gente e torcedor de futebol. Vejam o Papa, grande torcedor de um time argentino, o San Lorenzo. Dizem que ele recusou o convite de Lula para comparecer aos jogos aqui no Brasil, por causa das vaias que o anfitrião receberá se for a algum jogo. Dizem que o Lula não vai aos jogos porque prefere ficar vendo em casa pela TV. Me engana que eu gosto. Já tem até ensaio de vaia nas academias. Óbvio que o ensaio é dirigido para a atual presidente. Já há até frases de efeito sendo ensaiadas, ou pelo menos as publicáveis: “Dilma, cadê você, eu vim aqui vaiar você!!!”

Porém, o que mais me fez sorrir nesta semana que passou foi o anúncio da saída do STF do Joaquim Barbosa. Mas, foi aquele riso frouxo, sem vontade, pela importância de sua atuação pública durante o julgamento do mensalão, que o filme representa com ele erguendo a Taça da Copa. O Joaquim Barbosa, penso eu, já ganhou uma Copa por nós, com sua atuação como juiz sério, que tive o prazer de acompanhar durante todo o julgamento. Deveria mesmo, ser direito dele, erguer, no Maracanã, a taça da justiça neste país, que até hoje, não julgou nem os índios que comeram o bispo.

Bem, deixei para o final, o fato mostrado no filme, do Carlos Alberto Parreira dizendo que o Brasil já está com a mão na taça. Eu adoraria que isto fosse verdade e por isso me desloquei até um Shopping da cidade para ver o precioso troféu. Mas, já colocando as barbas de molho, penso que se formos “campeões morais” já está de bom tamanho.

Leia, a seguir, o resumo do roteiro dos produtores do filme do UOL, e logo em seguida riam ou sorriam amarelo com o filme que resume mais uma semana neste nosso conturbado país, que, traz muito mais coisas do que aquilo que comentei acima.

“Todo mundo só pensa naquilo: Copa! Para Parreira, o Brasil está com a mão na taça. Joaquim Barbosa, que vai se aposentar do STF, diz que não vê a hora de assistir aos jogos. A presidente Dilma Rousseff (PT) rebateu o ex-jogador Ronaldo, que se disse envergonhado pelos atrasos nas obras da Copa. Em Brasília, o deputado Marco Maia (PT-RS), relator da CPI mista da Petrobras, disse que se nega a fazer sessões durante os jogos da Seleção pela Copa. Enquanto isso, fora do Congresso, índios e policiais, que não estavam nem aí para a Copa, entraram em confronto, com direito a flechadas. Quem leva a taça: Dilma, Ronaldo, Barbosa ou os índios?”


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