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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Simplesmente nós




Por Zezinho de Caetés

Esta semana tive o prazer de ler a Lucinha Peixoto, outra vez, no seu blog. Lembrei que era ela que, quase sempre, comentava os artigos da Mary Zaidan, o que não mais o fez, por um tempo. Já que ela não o faz, eu o faço. Talvez não com sua objetividade e precisão mas tentando, mesmo sem jeito, alertar os leitores dos riscos que temos em reeleger a Dilma. O texto foi publicado em 26/01/2014 no Blog do Noblat, e reflete com muita propriedade seu título: “Simplesmente Dilma”.

É evidente para todos (talvez não para os bolsistas familiares) que a ida de Dilma ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, foi apenas um despistamento para sua viagem seguinte a Cuba. Lógico que já havia a previsão de passar por Lisboa e refestelar sua comitiva com acepipes em hotéis caros e restaurantes idem. Isto não foi a primeira vez que isto acontece. Seu discurso foi mais feito para inglês ver, do que para dizer a verdade. Aliás, o que é a verdade para Dilma e para as chamadas esquerdas brasileiras.

A verdade de Dilma é a mesma do meu conterrâneo Lula, ou seja, não existe, além do poder e das benesses que ele proporciona. E para isto sua viagem foi uma grande oportunidade. Vi algumas fotos do seu encontro com o Fidel, que só pode estar embalsamado, e vi que, com mais clareza ainda que se o Brasil reeleger Dilma ainda seremos uma imensa Cuba, onde Lula será o seu Fidel e o Zé Dirceu o Raul Castro. Delúbio, com sua expertise, talvez seja o Ministro da Fazenda, pois o Guido Mantega está errando demais nas previsões. E como Ministro da Justiça, o Thomás Bastos seria o mais adequado, pelo seu primeiro ato de tirar os mensaleiros da cadeia e colocar o Battisti na Procuradoria.

O que mais me chamou a atenção no texto da Mary Zaidan, abaixo reproduzido, foi ela chamar a atenção para um fato que, muitas vezes, passa despercebido. A Dilma e o PT agem como se não tivessem entrado na presidência ontem. Antes, o que havia de ruim, era culpa de FHC, hoje, o discurso perdeu a validade, e tudo que resta para ser feito é esquecido ou deturpado naquilo em que se informa.

E mais uma vez já começam a tentar cooptar o povo pobre e a esquerda caviar se aproximando cada vez mais de Cuba, a pior ditadura das Américas, e que compete com a da Coréia do Norte para ser a pior do mundo. O discurso da inclusão social, que começou na realidade com o Plano Real, continuará com o derrame de dinheiro em programas sociais que ficarão pelo meio depois das eleições. E seu sucesso já é garantido, basta mudar a faixa de renda em que se encontra a classe média. Em breve não haverá mais pobres no país.

Não é simplesmente Dilma como diz o título do texto da Mary. O certo era chamar o artigo de “Simplesmente nós” que elegemos esta turma para nos enganar por 12 longos anos. Fiquem com o texto da jornalista, que eu vou simplesmente tentar chegar a Arena da Copa, lá em São Lourenço, porque na Copa do Mundo, será difícil sem as obras de infraestrutura que faltam.

“Dilma Rousseff se rendeu ao Fórum Econômico Mundial que até então seu governo preferia esnobar. Lendo um discurso bem escrito, ainda que de lastro duvidoso, a presidente jogou fichas que devem ter arrepiado seus colegas da América bolivariana: definiu o Brasil como o País das oportunidades e convidou os investidores do mundo inteiro para participar dos lucros desta terra prometida.

Em alguns momentos, parecia até mesmo acreditar na parceria com a iniciativa privada, de que ela discorda e retardou ao máximo, e nos números que recitava: equilíbrio das contas públicas, inflação sob controle, investimentos de R$ 62 bilhões em mobilidade. Em outros, a plateia poderia jurar que ela acabara de ser eleita. Que estreava não em Davos, mas na presidência do País. “Sobretudo, é necessário – e estamos determinados a promover – forte aumento de investimento em infraestrutura, em educação e inovação”, anunciou ela, como se tivesse tomado posse ontem e seu time não estivesse em campo há mais de uma década.

Agradou como nunca aos empresários que costuma maltratar, embora eles conheçam o profundo abismo entre o discurso e a prática.

No dia anterior, Dilma dedicara-se a agradar Joseph Blatter, presidente da Fifa, na visita de cortesia que fez à sede da entidade, em Zurique. Lá, como todos os ditos foram de improviso, Dilma foi Dilma, saindo-se com a máxima: estádios são obras relativamente simples.

Simplicidade que custará ao País a bagatela de R$ 8 bilhões, quase o triplo dos R$ 2,8 bilhões orçados inicialmente. Que fará com que os estádios da “Copa das Copas” sejam os mais caros de todos os mundiais. E com um legado pífio: dos 100 projetos para as 12 cidades-sede, só 21 foram entregues, 14 adiados para sabe-se lá quando, e os demais, com muita reza, podem até ser concluídos a tempo.

A frase de Dilma reflete didaticamente seu governo: se obras simples como as dos estádios demoram até sete anos, as complexas têm aval para ficar para as calendas.

A transposição do Rio São Francisco que o diga. Iniciada em 2007 e prevista para 2012 a um custo de R$ 4,7 bilhões, deve ultrapassar R$ 8,2 bilhões. Conclusão, se acontecer, só em dezembro de 2015. O asfaltamento da Transamazônica segue no mesmo diapasão. No segundo semestre de 2013 as obras prometidas para 2011 começaram depois de uma manifestação que paralisou a rodovia em Palestina do Pará. Hoje, seguem devagar e só naquele trecho. As pás eólicas do Nordeste continuam sem gerar energia por falta de linhas de transmissão. A ferrovia norte-sul....


É preciso mais do que um discurso bem redigido para fazer o Brasil de Davos existir. Simples assim.”

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