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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Foi proclamada a escravidão. Eles estão desesperados.




Por Zezinho de Caetés

No último dia 07/02/2014 li no O Globo outro texto do imortal Merval Pereira que complementa o que comentei anteriormente, sobre a vontade do PT de passar mais de 20 anos no poder, que como o título indica (“Mais Médicos na berlinda”), trata diretamente sobre o imbróglio do que estão já chamando o “Mais Cubanos”.

Eu pensava que, nunca na história deste país, haveria uma desfaçatez maior do que aquela com que foi tratada, o que o PT está chamando a grande solução para os problemas de saúde em nosso país. Mas, ontem, eu vi uma maior ainda na solenidade de aniversário do partido, quando o seu presidente chamou a oposição de “novopassadista” em relação ao Aécio, e de “velhonovista” em relação a Campos e Marina. Para mim, eles estão desesperados, e cantando aquela música antiga: “Ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de meu amor....”. Os gatos pingados que restam no partido, que sabem ler e escrever, e aqueles (em número bem menor) que sabem pensar, são apenas agora aproveitadores das benesses do poder. Quem quis evitar tal desfaçatez, já pulou fora e continua pulando, ou não tem a menor capacidade de entender qualquer coisa, exceto receber o Bolsa Família.

É óbvio que dificilmente o Sarney, o Renan, o Maluf, o Pizzolato, o Zé Dirceu, et caterva, nãopularão do barco agora, ou mesmo os empresários que se beneficiam das verbas baratas do BNDES. Estes ficarão até o suco da fruta acabar e a fruta ficar podre, ou pressentirem isto, o que não está longe de ocorrer.

O problema do Mais Cubanos, abordado abaixo pelo Merval, faz corar até o mais empedernido dos caras de pau. Todos sabem que os médicos do coma andante Fidel são tão análogos a escravos que alguns pintores que os retrataram no passado podem reclamar seus direitos autorais para seus herdeiros. Como é visto abaixo, a Ramona já fugiu, e, em menos de poucas horas outro já fez a mesma coisa e já está nos Estados Unidos. É a única saída honrosa que tem, sem mentir muito.

E, tenho certeza, outros virão, e eu já aviso que se algum médico cubano quiser asilo aqui no Recife, moro num apartamento de 2 quartos, e terei prazer em recebê-lo. Já estou preparado para retirar os seus ferros, de formão e martelo nas mãos. Sentir-me-ei o próprio Joaquim Nabuco que dizia ser a escravidão negra algo que provocou profundas feridas na nacionalidade brasileira, deixando sequelas que até hoje refletem em nossa ordem econômica, política e cultural. Hoje, os escravos cubanos, se na forma como estão sendo tratados, forem a única solução para nossa saúde, terão consequências para nós muito perto do que teve a escravidão negra. Isto porque, ficaremos habituados a resolver nossos problemas com a miséria dos outros.

Já imaginaram se outros países começarem a exportar gente para outras profissões que nosso sistema educacional não gera, como é o caso da medicina, curso para o qual se abrem faculdades sem nenhuma estrutura? E se estes profissionais forem, como acontecem com os cubanos, quase exportados em “aviões negreiros”, sob a ameaça de terem suas famílias em dificuldade se tentarem uma fuga, como fez a corajosa Ramona? E tiverem o beneplácito do governo brasileiro com a prática e resolvendo sua incapacidade de gestão com programas desta natureza, como o atual governo?

Talvez até ganhem as eleições como foi o objetivo inicial do programa, desde o início, mas, o Brasil, como a Venezuela e outros países que importam humanos, apenas será rebaixado na escala civilizatória, mais uma vez. Para agir assim, sem dúvida, eles estão desesperados.

Leiam abaixo o texto do Merval, meditem e ajudem os escravos a fugirem dos capitães do mato modernos.

P.S.: Logo depois de escrever tudo isto, vou a TV e vejo o que era, até agora invisível. O número de deserções no Programa Mais Médicos já é de quase 100 médicos, com uma porção de cubanos. O desespero já aumentou quando o ministro da saúde declarou que isto é normal, e colocou em campo os capitães do mato para caçar, além de cubanos, os brasileiros. Isto só atualiza mais o texto abaixo. Continuem lendo.

“O caso da médica cubana Ramona Rodríguez, que abandonou o programa Mais Médicos e está abrigada provisoriamente no gabinete do deputado do DEM Ronaldo Caiado em Brasília, traz de volta ao debate público questões básicas da democracia relacionadas com a contratação dos médicos cubanos para o programa.

Não está em jogo a capacitação desses médicos — criticada por setores médicos brasileiros — ou se o programa governista significa a solução para os problemas da Saúde Pública brasileira, como a propaganda oficial quer fazer crer. Essas questões merecem ser discutidas, mas, diante dos problemas éticos e de direitos humanos que surgiram com o sistema de contratação dos cubanos, devem ficar em segundo plano, enquanto o Ministério Público do Trabalho intervém para garantir os mínimos direitos a esses estrangeiros — que aqui estão ainda sob a vigilância da ditadura cubana, o que é inadmissível numa democracia.

Assim é que os médicos cubanos não podem sair de férias, a não ser que vão para Cuba, não podem manter contato com estrangeiros sem comunicar ao governo cubano, não podem desistir do programa e continuar por aqui. E, se depender do parecer do advogado-geral da União, Luís Adams, não podem nem mesmo pedir asilo ao Brasil.

Essa atitude brasileira já produziu fatos vergonhosos, não condizentes com o Estado democrático, como a entrega ao governo cubano dos pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que haviam fugido da concentração durante os Jogos Pan-Americanos no Rio, em 2007, e queriam ficar no Brasil asilados.

Meses depois, desmentindo o governo brasileiro, que dissera que os cubanos pediram para voltar ao seu país, Erislandy Lara, bicampeão mundial amador da categoria até 69 quilos, chegou a Hamburgo, na Alemanha, depois de ter fugido em uma lancha de Cuba para o México.

Em 2009, Rigondeaux acabou fugindo para Miami, nos Estados Unidos.

Como já escrevi aqui, o caso dos médicos cubanos tem a mesma raiz ideológica. Cuba ganha mais com a exportação de médicos do que com o turismo, isso porque o dinheiro do pagamento individual é feito diretamente ao governo cubano, que repassa uma quantia ínfima aos médicos.

O governo brasileiro não apenas aceita essa mercantilização de pessoas como dá apoios suplementares: enquanto as famílias de médicos de outras nacionalidades podem vir para o Brasil, o governo brasileiro aceita que o governo cubano mantenha os parentes dos médicos enviados ao Brasil como reféns na ilha dos Castro.

O contrato dos médicos cubanos, sabe-se agora, é intermediado por uma tal de “Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Cubanos”, o que deveria ser investigado, pois não se sabe para onde vai o dinheiro arrecadado. Há desconfiança na oposição de que parte desse dinheiro volta para os cofres petistas, o que seria uma maneira de financiar um caixa dois para as eleições.

O Ministério Público do Trabalho, que não tivera até o momento acesso aos contratos firmados pelo governo brasileiro e a tal “Sociedade Mercantil”, o que é espantoso, a partir do depoimento da médica cubana decidiu cobrar do governo que mude a relação de trabalho com os médicos cubanos, obrigando a que seja igual à de outros médicos estrangeiros, que ficam integralmente com os R$ 10 mil pagos pelo governo brasileiro.

Não é de espantar que a deserção de médicos cubanos não seja maior, pois há uma série de constrangimentos legais e pessoais que tornam difícil uma atitude mais radical.


O que importa é que o governo brasileiro está usando mão de obra explorada por uma ditadura para fingir que está resolvendo o problema de falta de médicos, enquanto nada está sendo feito para resolver o problema de maneira definitiva.”

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