Em manutenção!!!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

A semana - Água no feijão, que chegou mais um....




Por Zé Carlos

Como não poderia deixar de ser, o filme da UOL, quase todo, mostra a passagem do Papa Francisco pelo Brasil. Alguns podem dizer que este assunto não é motivo para humor. Engano completo, podendo-se comprovar isto pelo sorriso permanente do Papa, diante das várias situações pelas quais passou no Brasil.

Depois de um Brasil conturbado do qual se dizia que “acordou” enfim, e acordou para mostrar a situação de pesadelo em que vivemos na saúde, na educação, na segurança pública, no saneamento básico, etc. o Papa parece ter unido uma multidão em torno do seu sorriso e de sua mansidão de pastor. E como sempre, a melhor da semana não entrou no filme: A entrevista que ele deu ontem à Rede Globo.

Nela, até a porção mais humorística da figura papal, que é sua nacionalidade argentina, foi superada com graça e sabedoria. Diante da pergunta do jornalista de como ele lidava com esta animosidade entre brasileiros e argentinos, vinda, principalmente, do futebol, ele foi de uma diplomacia que nosso Itamarati deveria ser seu aluno. Disse, com outras palavras, que a animosidade já foi superada, através da negociação porque “agora temos um Papa argentino, mas, Deus é brasileiro”. Um dito humorístico não tão original, mas, usado no momento oportuno tornou-se uma espécie de símbolo de sua visita.

Ontem, mais de três milhões de pessoas o acompanhavam em Copacabana. Não tive notícias de nem um saque, e talvez nem de uma carteira batida. O que prova que as divisões e batalhões do Papa são mais poderosos dos que muitos policiais com gás e balas de borracha. E hoje, depois do sonho, viveremos outra realidade, sem o sorriso do Francisco que nos encantou, e de volta ao sorriso de nossos políticos que não nos encanta mais.

Eu, com muito esforço, posso dizer que sou católico. Nasci católico e continuo sendo, e até visito o Zé Basílio quando vou a Bom Conselho. Mas, não sou um católico praticante. Vivo bem assim e não sei se morrerei tão bem nesta condição de ficar mais perto de César do que de Deus. O Papa Francisco não me demoveu desta posição, mas, confesso, que continuarei católico até o próximo Papa, e mais, tentando sempre botar água no feijão para cumprir seus conselhos sobre solidariedade.

E o grande espetáculo, mostrado no filme, foi a multidão de políticos a cometer asneiras e falar  besteiras, não necessariamente nesta ordem. Nossa presidenta, mais uma vez, mostrou que não se preparou bem para o cargo que exerce, e nem sei se pode haver preparo para este fim, quando não se tem vocação. Já está virando uma piada nacional e a liturgia do cargo indo para escanteio. Não dá para saber se ela errou o nome do prefeito do Rio, da mulher dele ou até o cargo, mas, já rimos com a crença de ela errou os três, dando razão ao presidente do STF em não cumprimentá-la sem também sabermos os motivos para tal. Diante do alarido que foi feito com a cena, ele tentou explicar que usou o olhar para o cumprimento, pois já o teria feito antes. Não colou, porque, se fosse verdade, estariam todos em casa.

Um dos temas abordados pelo filme não nos leva ao riso, mas, ao espanto. Os problemas de segurança e organização do evento. Foi, realmente, por obra e graça do Espírito Santo e, talvez, do Papa Francisco que não houve maiores problemas. E quando o filme coloca repetidas vezes a frase do Papa: “rezem por mim”, está apenas querendo fazer o que todos os brasileiros, e o mundo, fizeram para por ele, quando viram as pessoas de celulares em punho disputando a melhor foto do papa dentre de um carro simples com os vidros abaixados. Ainda bem que as armas eram os celulares.

Para não dizer que não foi abordada só a viagem do Papa, o filme revela outro acontecimento, de repercussão mundial que foi o nascimento de mais um herdeiro ao trono inglês, o terceiro. Esta eu ri porque, quando lá morei um dia, só existia um herdeiro e já diziam que a rainha iria passar a coroa para ele, que era o Príncipe Charles, que é de minha idade, e deve estar caducando como eu, por estar comentando bobagens.

Fiquem com o resumo do filme, dos produtores da UOL, e logo abaixo vejam o filme, e riam, pois o Papa Francisco já chegou são e salvo a Roma.

“O Escuta Essa! desta semana traz um resumo da vinda do papa Francisco ao Brasil e os problemas no Rio que o líder religioso encontrou durante o evento. Além disso, veja como os políticos se portaram diante do Sumo Pontífice.”


Um comentário:

  1. José Fernandes Costa29 de julho de 2013 às 20:40

    Chegou o homem de branco / e de branco ele voltou. Na mala, a simplicidade / no coração a bondade! / Veio lá do Vaticano / e se fosse italiano / seria euro-latino. / Mas como é argentino / é latino-americano! / Trouxe muita alegria / pra gente de toda idade / e do carro ele descia / andando pela cidade. / Cidade maravilhosa / é o Rio de Janeiro / e ficaria o ano inteiro / pregando e fazendo prosa. / Ele é o papa Francisco / afável, não é arisco / aqui foi bem recebido / por gente do mundo inteiro / e saiu agradecido / buscou outro paradeiro./.

    ResponderExcluir