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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A semana - Lula é o "general da banda", Cunha se vai, mas, o Temer continua o mesmo




Por Zé Carlos

Acabo de ler na mídia o seguinte: “No dia em que o Brasil perdeu um grande ator, ganhou outro: Lula da Silva”. O ator, todos que veem as novelas (e a Lucinha Peixoto dizia que os telespectadores do Brasil se dividiam entre os que viam novelas e os mentirosos) sabem que foi o que estava fazendo o papel de Santo na novela Velho Chico, que só não é mais chata do que o próprio personagem, e que morreu depois de um mergulho no rio que dá nome à estória. Talvez tenha sido uma vingança das águas pela morosidade dos seus diálogos. O Lula da Silva todos sabem quem é, pelo menos, os poucos leitores desta coluna semanal. Ele é um dos nossos protagonistas, e pode-se dizer que a semana que passou girou toda em cima dele, se não fosse uma palhinha do Eduardo Cunha, que perdeu o jogo de gato e rato com a Câmara por um placar mais elástico do que o Brasil perdeu para a Alemanha.

A Dilma, nossa musa, já agora em Porto Alegre, livre leve e solta, embora não se saiba até quando, pois o sisudo Sérgio Moro anda em seu encalço há tempos, continua contando pequenas piadas, embora nada de morrer de rir. Por exemplo, ao apoiar  candidatura a prefeita da Jandira Feghalli no Rio de Janeiro disse que o faz porque “adora a lealdade”. E neste caso, só a Jandira, sim, aquela que é do Partido Comunista do Brasil, que é o único partido comunista onde não há comunistas. Aliás, eles estão em falta no mercado faz tempo e só existe na mente dos saudosos. Então esta semana a nossa Dilma não poderá protagonizar esta coluna. Ela é do Lula.

E o tema do seu grande show foi uma represália a uma entrevista coletiva do Ministério Público, a parte que encarna a Lava Jato, onde os procuradores tiveram a ousadia de dizer que o Lula seria o “comandante supremo” da quadrilha que tentou afanar o país nos últimos tempos. Chamaram-no de outros adjetivos, todos importantes no organograma da quadrilha, mas, o que mais me comoveu foi o que Zezinho nosso colaborador usou: “General da Bandalheira”. Isto, porque lembrei daquela marchinha de carnaval que falava do “General da Banda”:

“Chegou general da banda ê ê
Chegou general da banda ê a
Chegou general da banda ê ê
Chegou general da banda ê a
Mourão, mourão,
Catuca por baixo que ele vai
Mourão, mourão
Vara madura que não cai
Mourão, mourão
Catuca por baixo que ele vai”

E o Lula sentiu-se catucado por baixo e tentou mostrar que se ele é algum general não é da quadrilha e sim do humor. Juntou toda sua claque particular, que hoje se compõe apenas de pessoas que já conseguiram o suficiente para entrar num hotel 5 estrelas e rasgou o verbo. Todos que o viram e ouviram devem estar rindo até hoje, e é obrigação minha nessa coluna semanal, quase repeti-lo para alcançar sua meta de mata-los todos de embolia hilariante. E, vejam bem, se não conseguir, claro que dobrarei a meta, como nos ensinou nossa musa, a Dilma.

Em primeiro lugar, vejam o gênio humorístico do Lula! Ele convocou uma entrevista coletiva com a imprensa, e esta já sabendo do seu potencial, preparou perguntas mil para abrilhantar o show. Lula o que fez? Fez um stand up, que é aquele tipo de show que assisti certa vez do Chico Anísio, onde ele falava sozinho e deixava, tal qual o Lula conseguiu, todos com as calças borradas de tanto rir. É ou não é um pândego? Todavia, vamos ao show propriamente dito, ou, pelo menos, aos seus melhores momentos, pois se o colocarmos todo, o leitor que odeia prolixidade não me lerá mais. Para aqueles que gostam de detalhes “sórdidos”, no final desta coluna eu coloco os vídeos do show de Lula, completo, e também da entrevista dos procuradores também completa. E para honrar a missão desta coluna semanal, que é fazer rir, também coloco um vídeo hilário do Felipe Moura Brasil, que, se houver algum leitor vivo, até lá, com certeza entrará em óbito.

E vamos aos melhores momentos, em minha opinião, porque há outras pessoas que dizem terem sido os melhores momentos aqueles onde o Lula chora feito bezerro desmamado. Pode até ser, porque até na arte de chorar, o nosso colaborador é imbatível. Vejam que o seu choro é mais convincente do que o da Dilma, que não chora mais, pois agora sua função é cuidar do neto. E como eu sei, esta tarefa só traz alegrias. Um dos grandes momentos do show foi quando ele,  com um olho na plateia amestrada e outro nos papagaios de pirata que o rodeavam, disse:

“A profissão mais honesta é a do político. Por mais ladrão que seja, todo ano ele tem que ir para rua tentar voto. O concursado, não, faz uma faculdade e tem emprego garantido pelo resto da vida”.

O que se viu da Gleisi Hoffman foi um sorriso de canto a canto da boca, enquanto o Lindberg Farias se esforçava para não cair no chão bolando de rir, sendo ambos inocentados pelo “chefe”. Era o momento supremo da arte do humor. Eu me pergunto o que algum concursado petista pôde dizer numa hora destas. Na certa ficará calado, deixará o emprego e se tornará político para seguir o “chefe”. E aqueles que fizeram uma faculdade e estão desempregados, na certa, correrão atrás do “comandante” pedindo concursos públicos. Também imagino aqueles que agora estão pedindo votos para vereador e prefeito, chegando de casa em casa e dizendo: “Sou político, mas, não sou ladrão! Preciso do seu voto para me eleger, e depois, caso eleito, seja o que Deus quiser, pois vou fazer concurso!”. Óbvio que quem não conhece o nosso pândego Lula, pensará que ele estava maluco; no entanto, quem conhece sabe, que ele estava usando sua veia humorística com “general da bandalheira

Querem mais? Depois do que se disse, com provas e convicção, sobre o que Lula aprontou nos últimos tempos, seria um desrespeito a ele repetir sua piada principal: “Eu não sabia!”. Vejam que quase todos que o cercavam foram quase todos presos, como o Zé Dirceu, Delúbio, Genoíno, Vaccari e tantos outros que estão na fila, como a Dilma, Renan, Gleisi e tantos outros. Então, se se disser que o Lula não sabia de nada, estará chamando-o de burro ou pelo menos débil mental. E não prender o Lula, pelo menos pela “teoria do domínio do fato”, que não entendo muito bem, mas, sei que diz que o “chefe sempre rouba junto com o chefiado ou é um humorista”, seria um preconceito contra um pobre operário. E quando pensamos assim e ele diz:

“Provem uma corrupção minha que irei a pé para ser preso.”

Não há como se penalizar pelo seu sofrimento em andar tanto para Curitiba sem enviar para um camburão de primeira classe para ele. E estas são duas piadas entre muitas em seu show. Mas, só para matar os preguiçosos de rir, vejam o que ele disse ainda, mesmo quando alguns da plateia já estavam verdes de tanto rir, se referindo a sua honestidade:

“Não é que somos mais honestos que ninguém. É que nós tiramos da sala o tapete que escondia a corrupção neste país. Vale para o PT e para qualquer outro partido. Acho que só ganha de mim aqui no Brasil, Jesus Cristo”.

Quando a pessoa chega a este nível de humor não há outra alternativa a não ser julgá-lo “hors concours” como Clóvis Bornai na fantasia. Lula dizer que aqui no Brasil só Jesus Cristo é mais honesto do que ele deve ter levado ao riso até as ordens celestiais, quando São Pedro, tal qual aquela imagem na Matriz de Bom Conselho, “dava o dedo” para os fiéis, e era vítima de infame piada. Mas, fiquemos por aqui, com o Lula, deixando os detalhes, para os que quiserem, com os vídeos lá em baixo.

Entretanto, para ser justo, como sempre tento ser, não podemos esquecer o Temer, que parece mais enrolado do que novelo rendeira. Ele, mesmo depois de ser ungido no cargo de presidente de forma permanente, não deixou de ser vítima da campanha “Fora Temer!”. Aliás, o meu neto mais novo, quando o indico [o Temer] na televisão perguntando quem é ele, ele responde: “É o Fora Temer, vovô!”. Ou seja, quem está na presidência é o “Fora Temer” que continua se esforçando para ser contratado por esta coluna, pela indecisão. Se ele agir assim em casa, penso que o Michelzinho sorrir quando ele diz que lhe dará umas palmadas; já sabe que ele vai se arrepender na “hora h”. Enquanto isto, a piada do gastos públicos controlados vai nos fazendo rir.

E assim termino mais uma narrativa de uma semana e já aguardo a próxima para brindar os meus remanescentes leitores. Fiquem com os vídeos e até lá!



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