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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A semana - Dilma cassada, o "golpe" do Lewandowski e Temer na China




Por Zé Carlos

Seria um contra-senso começar esta coluna, que pretende mostrar sempre o melhor humor nos meios políticos, dizendo que a coisa mais engraçada que aconteceu semana passada foi a desaparição do nome do PT na propaganda eleitoral do João Paulo. Eu sei que é hilário, mas, jamais diria que isto é importante para começá-la. Para não sofrer nenhuma crítica tenho que começar com o fato da semana: A Dilma, até que enfim, sairá do Palácio do Alvorada e irá, provavelmente, para Porto Alegre. Embora, se ela quiser, a coluna poderá arranjar lugar para ela aqui no Recife. Talvez, basta falar com o Humberto Costa ou com o próprio João Paulo, que está a tanto tempo desempregado, e disto ele entende.

E não fugindo deste assunto, pela alegria que o impeachment de Dilma causou a esta coluna, pois agora tenho certeza de ela virá cooperar com ela em tempo integral e dedicação exclusiva, eu acho que o nosso bom-conselhense senador, o Randolfe Rodrigues, deve ser um leitor assíduo destes nossos escritos semanais. Foi dele o suporte jurídico usado para o Lewandowski (que também foi convidado para trabalhar na coluna, depois que sair da presidência do STF) para que a nossa musa, a Dilma, não perdesse os direitos de trabalhar no setor público. A forma como ele se empenhou nisto levaria a crer que houve um acordo entre esta coluna, Renan, Lewandowski, Randolfe, Lula, além de Kátia Abreu para, manter seus direitos políticos, e ela pudesse trabalhar no setor público, e assim sendo, a coluna não ter que arcar com todo o seu salário, para ter as suas jocosidades aqui garantidas. No entanto, devo dizer, como dizem todos eles, que, por parte desta coluna, não houve este acordo. De qualquer forma, agradeço ao conterrâneo Senador por ser um nosso leitor e sem reclamar da extensão da coluna.

Aliás, se tive alguma participação no episódio foi apenas meu desejo, pela atuação do Randolfe neste processo de impeachment, que ele também se engaje à coluna. Espírito jocoso não lhe falta. Vejam meus senhores (quase ia colocando também “minhas senhoras”, mas, lembrei que a era gramatical da Dilma passou e agora a forma vale para os 2 gêneros, e não somos misóginos) que o senador pulou do PSOL para cair na REDE, junto com a Marina. Pela sua atuação, ou a Marina vai ser a vice de Dilma em 2018 ou ele brevemente entrará no PT para assumir o posto. E quem sabe, teremos ele aqui também em tempo integral em 2018. Eu digo que será um orgulho para esta coluna, não só porque ele é de Bom Conselho, mas porque é tem se mostrado realmente um pândego.

Mas, mesmo ainda atarefada com os afazeres presidenciais a Dilma ainda conseguiu trabalhar com afinco para esta coluna, fazendo o Brasil inteiro rir, no show, ao vivo que deu no Senado, que deixaria o Chico Anísio morrendo de inveja, se vivo fosse. Além de fazer um discurso com um teor humorístico nunca visto na história deste país, ao ponto de fazer o Lula e o Chico Buarque quase morrerem de rir, durante a inquirição dos senadores, parece que foram mais de 40 que fizeram perguntas, ela nos brindou com piadas que, tenho certeza matará de rir os nossos leitores. Por isso reproduzo algumas logo abaixo. No entanto, tenho que dizer, foi sua capacidade para fugir das perguntas, que fazia a plateia delirar. Se um senador perguntava: “A senhora mentiu?”, ela respondia: “O cravo brigou com a rosa, debaixo do laranjal...”. Foi simplesmente impagável. Leiam-na:

“Quanto à questão da legitimidade do julgamento, eu acho que a gente tem de fazer uma distinção. Nós não podemos achar que a mesma análise que se faz para o golpe de Estado baseado na intervenção militar é a mesma análise que se faz para um golpe de Estado que toda literatura política chama de golpe de Estado parlamentar.

Compareço ao Senado porque é um espaço democrático que precisa ser preservado. Quero que a democracia saia ilesa desse processo, mesmo se considerado um rito correto. Não basta um rito correto, é necessário um conteúdo justo.

Aqueles que não gostam que o nome seja golpe querem encobrir um fato. Encobrem a tentativa de derrubar um governo que chegou pelas urnas por um governo que não teve voto, que não foi eleito. Eu não tenho apreço egoísta pelo meu mandato, eu o defendo porque ele é intrínseco da democracia. Se não provar que tem crime, é golpe, sim”

Apesar da enrolação, o humor não parece existir nas declarações de nossa musa. O seu humor se descobre sutil quando apresentamos a pergunta para a qual ela deu esta resposta: “Por que você autorizou a dívida aos bancos oficiais?”.

É claro que seria impossível reproduzir aqui o grande show da Dilma no Senado, pois mataria nossos leitores de tédio e não de riso. Em suma, o que é mesmo hilário é que ela falou tanto em “golpe” que o grande astro do dia seguinte ao depoimento de sua santidade do humor, a Dilma, foi o Lewandowski, sim, aquele mesmo que disse está “tinindo nos cascos” para defender o Zé Dirceu, de saudosa memória pela sua veia humorística, na época do mensalão. Pasmem, mas, durante o última do julgamento da Dilma, ele resolveu, consultar um “regimento”, que dizem ser do prédio onde ele mora em Brasília, para justificar que nossa musa, por ele, poderia ser impichada, mas, também, seguindo o nosso senador Randolfe, deveria ser decidido se ela deveria ou não ter seus direitos políticos cassados. E perpetrou o verdadeiro “golpe” em nossa Constituição, com a aprovação de vários senadores. Depois da risadaria geral no Brasil inteiro, graças a Deus, a Dilma vai poder vir para nossa coluna sem fazer muitas exigências salariais, pois poderá arranjar um emprego, mesmo lá em Porto Alegre. Quem sabe, com seus contactos em Bom Conselho, o nosso senador conterrâneo, não arranje um emprego na Câmara de Vereadores da cidade ou mesmo na prefeitura? Seria a glória para esta humilde coluna.

E diante deste assunto, não posso desprezar a veia cômica do nosso colaborador maior, o Zezinho de Caetés, que escreveu em sua postagem de sexta-feira (aqui) o seguinte:

“Hoje estou muito feliz. Enfim temos alguém no comando do Brasil que nos dá segurança, tranquilidade e até alegria. Tivemos um período onde quase perdíamos as esperanças, mas, agora continuaremos com a cabeça erguida e com a certeza que dias melhores virão. Eu sabia que era apenas uma questão de comando, e que nossa pátria voltaria a ser uma vencedora. Obrigado, Tite!

E agora, voltemos à política, onde caímos de uma imensa alegria com a saída de Dilma para uma imensa tristeza com o golpe que foi aplicado por Lewandowski que gera seus efeitos deletérios, cujo principal é a judicialização de nossa política. Penso que, dentro de poucos dias, até a associação dos moradores de Água Fria, onde moro, vai entrar com um mandado de segurança contra a decisão Lewandowskiana de fatiar um crime, oferecendo uma fatia a Deus e outra ao diabo.”

Caro amigo, com o primeiro parágrafo eu já estava gargalhando e comecei a estrebuchar com o segundo. Você, além de ser conterrâneo do Lula, é também “o cara”. E hoje já termino esta coluna, em São Paulo, onde irei ver in loco o que está acontecendo na Avenida Paulista. Se algo me acontecer, se encontrar algum petista por lájá encontrei meu substituto para as segundas-feiras. Até conterrâneos importantes nós temos, e agora, o meu, o Randolfe, é mais importante do que o dele. E viva o Agreste Meridional.

Não posso me despedir esta semana, sem falar no Temer, de quem desconfiam, como mostrou o Zezinho de ter também entrado no “golpe” do Lewandowski. De qualquer forma o convidamos para colaborar com a coluna e ele já mostra o seu humor de terceira idade. Não levou a Marcela para China, e diz que vai dar um cargo a ela no programa que criará, se não me engano, um tal de “Criança Feliz”. Parece que ele descobriu que, no Brasil, não se pode fugir muito do script. Teremos a agora o “Bolsa Infantil”. E que Deus proteja as crianças do nosso país.


Até a próxima semana, direto de São Paulo, de preferência da Avenida Paulista ou da Praça da República. 

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