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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Impeachment consummatum est




Por Zezinho de Caetés

Estou escrevendo de madrugada, insone e alegre. Fiquei vendo, até agora, a sessão na qual o Senado transformou a ex-presidenta não-inocenta (vejam vídeo lá em baixo onde a Vanessa Graidiotin plagia-me chamando-a de "presidenta inocenta"; eu deveria cobrar cachet Dilma em ré, o que a sociedade brasileira já havia feito há muito tempo. Aliás, pela sociedade ela já havia sido condenada, ou seja, já passou pela fase a qual ela entrará no Senado, de agora em diante.

Não foi tão cansativa a minha jornada, porque, havia sempre a opção de quando falava alguém insuportavelmente chato, como o Telmário Mota ou Fátima Bezerra, eu mudava de canal e ia ver o que o Brasil estava fazendo nas Olímpiadas, descobrindo que quem está mesmo fazendo são os Estados Unidos.

Abro parêntese. Por falar neles, me chamou a atenção suas atletas da Ginástica Artística: Duas negra, duas latinas e uma branca, e na maior harmonia. Aqui somos todos negros e ainda brigamos por causa de cor. Até na miscigenação o capitalismo está dando certo, por lá. Fecho parêntese.

O que vimos na votação foi uma acachapante derrota (mais uma) do PT, do Lula e da Dilma, que anda por aí dizendo que vai deixar o PT, depois do impeachment. Se o PT for experto a expulsa antes. Afinal de contas foi ela que levou o partido à pique rumo ao abismo.

Eu previ isto há muito e muito tempo, embora pensasse que a ex-presidenta fosse mais sensata e renunciasse. Não era, e deu no que deu. As coisas, em temos de Senado, só pioraram pois agora foram 59 votos a favor de torná-la ré, quando apenas 55 foram a favor em admitir o seu impeachment.

Também pude. Só quem não ouviu o discurso do Lindberg Farias deve ter vota a favor da Dilma. Só se pode dizer que, quem tem um defensor como ele não precisa de inimigo. O rapaz é simplesmente uma mala sem alça ou um coco vazio. E por isso, podemos dizer em latim, que tanto estudei: “Impeachment consummatum est”.

E ainda em agosto, a ex-presidenta, que agora já está sentadinha da cadeira de ré (sem trocadilho) vai voltar para Porto Alegre, de onde nunca deveria ter saído. Aliás, o Lula, meu conterrâneo, não deveria ter saído de nossa terra, pois hoje, certamente, estaria em melhores lençóis, e o Brasil também. Quem sabe não seria candidato a prefeito com membro de nossa Academia?

Quem sabe, com o que a Dilma aprendeu com o Guido Mantega ela não monta uma lojinha de 9,99 para vender artigos chineses sem falir? Afinal ela adquiriu muita experiência na área de “contabilidade criativa”.

Ela diz que vai escrever um livro e sair por aí pregando aos pobres durante os 8 anos de direitos políticos cassados, e depois disso, até poderá se candidatar outra vez à presidência. Calma gente, à presidência de algum grêmio recreativo da escola do seu neto, lá no Sul mesmo.

E, apenas para não perder o costume eu transcrevo o texto do Ricardo Noblat, que também não deve ter dormido ontem, intitulado “O impeachment da Dilma está consumado” que nada mais é do que a tradução do meu título para o português. Fiquem com ele que eu vou ver se a Brasil ganha mais alguma medalha no Rio.

“Era necessário um mínimo de 54 votos para que o Senado admitisse a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade. O placar foi 55 a 22.

O voto de metade mais um dos senadores presentes à sessão (maioria simples) bastava para que o Senado aprovasse o parecer que recomendava o julgamento final da presidente afastada.

Os 81 senadores compareceram à sessão. Um não votou – Renan  Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. Na madrugada de hoje, o parecer foi aprovado por 59 votos contra 21.

O governo do presidente interino Michel Temer conseguiu quatro votos a mais para livrar-se em definitivo da sombra de Dilma. A presidente afastada perdeu um dos votos que conseguira para derrotar o impeachment.

O julgamento de Dilma deverá durar cinco dias e estar concluído antes do fim deste mês. Mas só o imprevisível será capaz de reescrever o desfecho desenhado por tudo o que aconteceu até aqui no Senado.

O governo chegou a imaginar que o relatório favorável ao julgamento seria aprovado com 60 votos. Mesmo assim, depois de ontem é possível que Dilma seja afinal cassada com 60 ou 61 votos.

Ela pouco ou nada fez nos últimos três meses para tentar derrotar o impeachment. Não procurou senadores atrás de votos. Não levou em conta as sugestões que lhe foram dadas por senadores que se diziam indecisos.

Limitou-se a conceder entrevistas denunciando o “golpe”. E a discursar se dizendo vítima de um “golpe”. Amanhã, divulgará uma carta defendendo a realização de um plebiscito sobre a eleição, já, de um novo presidente.

A carta dará em nada, e Dilma sabe disso. Nem o PT apoia a ideia do plebiscito. A iniciativa inócua tem a ver, porém, com a farsa sobre o retorno de Dilma ao poder encenada por ela e seus poucos adeptos.

Por mais irônico que possa parecer, só resta a Dilma torcer para que a Lava-Jato detone rapidinho um míssil capaz de pulverizar para sempre o governo do presidente interino.


Nem assim ela voltaria por falta de apoio. Teria apenas o prazer de não se ver sucedida por aquele a quem acusa de ter tramado sua queda.”

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