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terça-feira, 22 de março de 2016

"MEIO MILHÃO" de acessos, obrigado...


Meio Milhão


Por Zé Carlos

Ontem, logo depois de publicar um texto que procura cobrir os acontecimentos da semana, casualmente, fui ver as estatísticas deste Blog. Olhei lá e me surpreendi: Tínhamos alcançado a marca de 500.000 visualizações, ou seja, “meio milhão”. Historio.

O blog, logo epitetado pelo Roberto Lira de AGD, nasceu em 2010, logo com uma dúvida existencial: Qual seria o seu nome? E a dúvida foi resolvida pelo desejo de fazer a A GAZETA, jornal de papel, do nosso querido (no bom sentido, já que hoje quem usa estes termos na malícia são a Dilma e o Lula) Luis Clério, ter um ramo digital, o que ele ainda hoje não tem, mas certamente terá. Depois de pedido de autorização para usar a marca, e discutir com todos o que, com ele, queríamos fazer, batemos o martelo e o batizamos de A GAZETA DIGITAL.

E, temos certeza, não fomos original. Começamos em novembro daquele ano, com uma poesia, porque ainda não tínhamos decidido exatamente por onde caminhar. Só tínhamos uma meta correta, e que já a dobramos, triplicamos, etc. etc.: Informar, o máximo que podíamos, aos nossos conterrâneos, de Bom Conselho de Papacaça. Eis nossa primeira postagem:

Amor é fogo que arde sem se ver
Por Luís de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Somente no mês de dezembro deixamos a poesia de lado (não completamente, pois não somos poetas, mas gostamos muito de poesia) para explicar nossas pretensões, com o seguinte texto:

“O Início

Por Zé Carlos

Quando sentei para escrever, não sabia ainda se começaria este artigo citando a Bíblia ou um provérbio chinês. Pensei muito, o tempo esgotou e escolhi o provérbio que diz: “Mesmo para fazer uma grande caminhada, é preciso dá o primeiro passo”. Para não sofrer logo alguma represália por ter preterido o Livro Sagrado eu digo o que iria escrever se o começasse citando: “No princípio era o verbo. O verbo se fez carne e habitou entre nós”. Isto eu me lembro “de ouvido”, da minha infância, das leituras religiosas, portanto não sabia qual o evangelista que o disse. Como estou junto a uma religiosa plena, só foi perguntar a Lucinha Peixoto, pelo telefone. Ela então mandou brasa dizendo que o evangelista é João e que a citação é do Capítulo 1, e disse que eu poderia ter expressado o que tinha a dizer com a citação se dissesse assim:


“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
 Ele estava no princípio com Deus.
 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.”
Não quis mais ouvir a pregação, dei uma enrolada no telefone e continuo a escrever, mostrando que, o que vem a seguir tem a ver com as duas frases acima, embora, mais com o provérbio chinês.

Tanto tempo faz que não escrevia que já são horas sentado aqui procurando as palavras certas. Nos últimos 30 minutos descobri que as palavras certas são aquelas que escrevemos. O que lamento é que ainda neste nosso país ainda existam milhões de pessoas que não sabem escrever nem as palavras certas e nem erradas. Ora, se tive o privilégio de está do outro lado da ponte, porque tanta dúvida em usá-las. Elas são o nosso poder para ajudar àqueles que nos acenam lá na outra margem.

Hoje é o segundo dia de nosso blogjornal, A Gazeta Digital. Não foi uma iniciativa minha. Foi um chamado. Anos passados, criei uma empresa virtual, com sede em Caldeirões, e um bando de pessoas, que hoje todos já conhecem, me ajudou a colocar um monte de vídeos na internet. O tempo passou e vi que os meus neurônios, que são uma porção, mas, estão todos de cabelos brancos, não poderiam enfrentar a computação gráfica, isto é coisa para neurônios juvenis. Resolvi dar um tempo e me dedicar aos afazeres domésticos de um aposentado de milícia. Já estava querendo voltar ao batente, quando alguns amigos da CIT me procuraram e me fizeram a proposta, que até agora não parece ter sido indecente: criar um blog de notícias para Bom Conselho. Aceitei e aqui estamos, depois de reuniões, com mais brigas do que reuniões do PMDB com o PT.

Não poderei explicar aqui, hoje neste início, tudo a que nos propomos, e, os meus e minhas colegas de trabalho, mesmo sem o dono do Banco Panamericano, faremos isto ao longo do tempo, e os nossos leitores observarão o que pretendemos. Seguiremos um lema, que parece que foi o Che Guevara, não o Altamir Pinheiro do Blog Chumbo Grosso de Garanhuns, mas, o verdadeiro, deveria ter dito: “Poderemos até dar porradas, mas sem perder a ternura jamais”, e nem o senso de humor. Aquele velho objetivo da CIT, de “provocar risos e emoções”, pode até ter sido encampado pelo nosso blogjornal, eu só diria que pesaremos mais um pouco nas emoções, e que muitas não nos causarão risos porque são fincadas na realidade das notícias de nossa terra e de outras bandas.

Só como exemplo, hoje apenas dei uma olhada nas manchetes do jornal que assino e vi lá na primeira página: “Marinha quer vender mangue em Boa Viagem”. Eu pensei logo, prá que diabo alguém quer comprar o mangue? Pasmem, querem torná-lo um espaço imobiliário. Na certa serão construídos mais alguns espigões no local. Espero que os outros órgãos públicos e a população intercedam por nós. Logo a Marinha, que dizem ter brilhado para expulsar os bandidos do Rio de Janeiro!? Até hoje pagamos à Marinha para usar uma extensa faixa de nossa terra, e agora ela quer vender. Será que o capitalismo nosso de cada dia já chegou a este ponto? Privatizar, eu concordo, mas a Marinha é demais.”

E ao dar nosso primeiro passo, não tínhamos esperança de chegar tão longe. Digo que, em termos de audiência já estivemos melhor, quando tínhamos nosso Mural com livre expressão, que nos foi tirada pelo processo movido contra nós pelo vereador de Bom Conselho, o senhor Genival Cavalcante Tavares. Tivemos que restringir o Mural e sua espontaneidade foi quebrada diminuindo os acessos.

Confessamos que pensamos em parar, mas, achamos que Bom Conselho não poderia ser privado de informações somente porque alguém se insurge sobre o que se publica sobre ele. Nos adaptamos, continuamos e vejam, chegamos ao “meio milhão” de acessos. Esperamos que o vereador que nos processou tenha este ano “meio milhão” de votos”, apesar de não votarmos nele.

E, como diz o provérbio chinês, que citamos em nosso Início, já estamos com muitos passos dados, mas não cansados. E para mostrar isto terminamos com poesia do nosso do primeiro passo, mostrando que o escritor, tal qual o poeta, é também um fingidor, só que muitas vezes ele não reclama nem das dores que sente.

Autopsicografia
Por Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.


Muito obrigado pelos acessos, que se devem, em sua maior, aos escritos de nossos colaboradores a quem também agradecemos.

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