Em manutenção!!!

segunda-feira, 14 de março de 2016

A semana - Dilma não se renuncia, Lula não vai preso e nem o PMDB sai de cima do muro




Por Zé Carlos

Meus caros e parcos leitores, a cada semana que passa, esta coluna tem mais dificuldade de abordar todos os assuntos que são motivos de riso neste país. É um show permanente e de tanta qualidade que merece ser tratado dentro de uma ordem rigorosa no tempo para não perdemos um só átimo de gargalhadas que podemos dar. E mesmo no finalzinho da semana passada, esta da qual lhes falo, já emendava com outra, com um show da Dilma (cada dia melhor como comediante classe A), dado exclusivamente para os governadores, dizendo que ficou indignada com o tratamento desrespeitoso dado pelo Sérgio Moro ao Lula, forçando o “cara” a entrar no camburão climatizado da PF. Mas, o motivo do riso não é o fato em si. Dizem que apenas um governador, um chato, talvez inimigo do riso, o Pedro Taques, do Mato Grosso teve a ousadia de, ao invés de gargalhar como os outros, dizer: “Entendo que não houve desrespeito, presidente. Ninguém está acima da lei.” Que audácia do bofe! Além de dizer a frase que Lula odeia (“Ninguém está acima da lei”) ele chamou a presidenta de presidente. Imperdoável. Dizem que há governadores que ainda estão rindo até hoje do show da presidenta, mas com raiva do Taques.

Imaginem então o que virá a mais nesta semana passada, na qual o Lula disse: “Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo, porque a jararaca está viva.” Dizendo que a Sérgio Moro tentou matar a cobra mas errou com o pau. Pasmem, mas até na missa dominical, o bispo auxiliar da diocese de Aparecida reclamou: “Peça, meu irmão e minha irmã, a graça de pisar a cabeça da serpente de todas as víboras que insistem e persistem em nossa vida, daqueles que se autodenominam jararacas, pisar a cabeça da serpente, vencer o mal pelo bem. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”. Os fiéis, rindo muito, o que poderiam dizer? Disseram o que eu agora repito: “Amém!”.

E por aí vai nosso teatro do absurdo, ou quase, adentrando a semana. E quem não perde a oportunidade de fazer o Lula construir o show, o Moro, logo no início, já convidou Lula para depor como testemunha de defesa do “amigo” José Carlos Bumlai. Agora ele não deve ir “debaixo de vara”, e sim falar por teleconferência. Quando disseram isto a ele, ele deve ter dito que só falava algemado, porque poderia correr com medo do Moro. Parece que, o “amigo” Bumlai desistiu dele como testemunha, liberando-o para outros shows de mais importância.

E quem não perdeu a oportunidade de brilhar foi a Dilma que em mais um show para entregar conjuntos do Minha Casa Minha Vida, que agora é mais conhecido só por Minha Vida, porque a vida dela agora é só da bicicleta para o Palácio e do Palácio para entregar casas malfeitas do programa, disse: "Não tem o menor sentido conduzi-lo [Lula], como se diz, sob vara para prestar depoimento se ele jamais se recusou a ir. Nem cabe alegar que estavam protegendo ele. Como disse um juiz, era necessário saber se ele queria ser protegido, porque tem certo tipo de proteção que é muito estranho". Observem bem a alusão ao juiz Sérgio Moro, numa ingratidão tamanha porque ele é o seu incentivador maior, atualmente, para fazer o Brasil sorrir.

No entanto, nesta semana, tivemos show que poderíamos chamar de “humor jurídico” para fazer justiça a seus autores, os advogados e promotores. Se por um lado o Ministério Paulista, deu um show em rede nacional para anunciar a denúncia de Lula, por ter tentar esconder o patrimônio, dizendo que ele era de amigos, por outro os advogados de Lula pediram direito de resposta à TV Globo, porque o Jornal Nacional repetiu o que os promotores disseram, para garantir que, em termos de humor, eles ganhariam dos promotores.

E que se viu foi a TV Globo dizer que nada mais fez do que mostrar o show dos promotores sem interferir de maneira alguma no riso dos telespectadores, como o faz com Zorra Total ou no Caras de Pau. Dizem, que na realidade, toda a celeuma foi criada pelo anúncio da prisão preventiva do Lula, pelo Ministério Público Paulista, que causou uma inveja danada ao Sérgio Moro, que por ser muito metódico perdeu esta corrida, que o Lula tanto teme. Então o placar agora na corrida para prender o Lula está 1 x 0 para o MP paulista, e, se diz a boca miúda que o Moro quer revanche, e está preparando um time imbatível.

E quando todos esperavam, e havia a torcida contra e a favor da prisão do nosso colaborador maior, o Lula, ele soltou uma nota depois da qual seria impossível continuar qualquer discussão a respeito, dizendo: “Esta é a verdade dos fatos, em sua simplicidade: entrei e saí da Presidência da República com os mesmos imóveis que adquiri ao longo da vida, trabalhando desde criança, como sabem os brasileiros. Não comprei nem ganhei apartamento, mansão, sítio, fazenda, casa de praia, no Brasil ou no exterior.” O Brasil ficou em estado catatônico esperando a conclusão, que veio no fecho final do show, quando todos esperavam ele dizer “que não sabia de nada”, declarou: “Tudo que tenho devo aos meus amigos!”. Pode-se dizer que houve um alarido tão grande, de riso, pelo Brasil afora que toda a população resolveu ir às ruas neste domingo dia 13, na maior festa cívica, como nunca visto na história deste país.

E eu, como redator desta alegre coluna, compareci à Avenida Boa Viagem, num sol de lascar o cano, mas, muito satisfeito e feliz por comprovar que o humor da Dilma e do Lula, já programático do PT, serviu para levar toda aquela gente ás ruas. Foi um verdadeiro desbunde, e agora eu sei que não demorará muito para que a Dilma deixe seu atual emprego para se dedicar totalmente a esta coluna com sua veia humorística. E vejam, com sua verve de humor declarou a respeito das manifestações: “O caráter pacífico das manifestações ocorridas neste domingo demonstra a maturidade de um país que sabe conviver com opiniões divergentes e sabe garantir o respeito às suas leis e às instituições”. Ou seja, ela não foi a de Brasília porque foi na hora de suas pedaladas. É uma pândega.

Quanto a Lula, que nestes últimos dias está em dúvida se continua em tempo integral aqui ou vira Ministro da Educação, tudo depende de uma ordem de prisão que pode sair a qualquer momento, pois agora se a juíza de São Paulo não o pegar, o Moro pega, a competição entre os dois está muito forte. De qualquer forma, aconteça o que acontecer, eu sei que ele continuará contribuindo conosco, quem sabe, escrevendo um livro com o original título de “Memórias do Cárcere”, mandando o seu filho, que é um especialista, copiar e colar o Graciliano Ramos, sim, aquele escritor de Palmeiras do Índios que deve ter nascido em Bom Conselho, terra de grandes escritores.

Vocês estão pensando que a semana terminou por aqui? Que nada. Houve uma convenção do PMDB, e sabem qual foi a conclusão? Foi que dentro de 30 dias o partido estará decidindo se rompe com o governo da presidente Dilma. Muitos queriam romper logo, mas, como todos sabem a última vez que o PMDB rompeu com alguém foi quando rompeu com o MDB e nunca mais se juntou a ele, ganhou a maioria. Por isso hoje ele é um partido alegre e bem humorado, sem nenhum resquício daqueles velhos tempos do Ulisses Guimarães. Hoje se diz: Se temos um Renan, um Sarney, um Jucá um Temer,  como pensar no Ulisses. Agora se vai romper ou não com o governo Dilma já é outra história. E se ela, seguindo o Lula, arranjar mais uns cargos? Vamos esperar 30 dias, então.

E jamais poderia terminar sem citar outra vez a nossa musa, a Dilma, que quando soube que estava havendo um complot entre PMDB e PSDB para defenestrá-la do cargo produziu as seguintes joias de grande profundidade humorística:


Se ainda estiverem vivos depois de ver o filme, então me digam se eu devo “me renunciar” de me divertir escrevendo esta coluna semanal, resignadamente.


E até a próxima semana, para acompanhar a luta entre o Dragão da Maldade e o Santo Guerreiro, mesmo não sabendo quem são os protagonistas para os papéis principais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário