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segunda-feira, 7 de março de 2016

A semana - Lula "debaixo de vara" e Dilma com inveja




Por Zé Carlos

Podemos dizer que uma semana como a que passou só pode ocorrer de tempos em tempos. Afinal de contas ela começou no dia 29 de fevereiro, o que nos dá, no mínimo 4 anos para ser repetida, e olhem lá. Isto, do ponto de vista do calendário, mas do ponto de vista político, também será difícil a ocorrência de uma com tantos acontecimentos importantes. E, mais inusitado ainda, do ponto de vista da coluna, nós conseguimos juntar nossos dois maiores colaboradores, o Lula e a Dilma, num dos melhores shows do ano.

Primeiro, tivemos o show do José Eduardo Cardoso, o Ministro da Justiça, que passou tantos anos no cargo que já se considerava a própria Justiça. Talvez, por isto, foi parar na Advocacia Geral da União, onde a justiça é feita só a favor do governo. E a Dilma, nossa musa, como se sabe, não admite ser sombreada por alguém que se sinta melhor do que ela na arte de fazer os outros rirem. Se há alguém a quem ela permite que brilhe, nesta arte, mais do que ela, é o seu criador e também nosso colaborador, o Lula, de quem dizem ser o mentor espiritual e moral da defenestração do Ministro da Justiça, porque ele estava sem força para segurar a mangueira de pressão da Lava Jato, que estava, segundo ele, esguichando só no PT e nele. Mas, isto foi só o comecinho da semana. Pois, a Lava Jato, como veremos, além de não parar os jatos na direção de Lula, o fizeram de forma tão pesada que o pobre rolou de sua casa até uma delegacia da Polícia Federal.

No entanto, para que nossos parcos leitores entendam e ao mesmo tempo não entrem em convulsão hilariante antes do tempo, temos que nos referir à delação premiada de Delcídio do Amaral, que foi chamada de “Delação Porcina” por ser aquela que foi sem nunca ter sido, pois todas a ela se referiam com um “se” condicional na frente de cada frase. Não evitaremos este linguajar para contar a delação, que vazou numa revista semanal, isto é, a imprensa.

“Se” o que o Delcídio disse for verdade, é prudente acreditar que dentro de pouco tempo teremos a Dilma em tempo integral nesta coluna, como já está o Lula. Se os documentos apresentados tanto o Lula quanto a Dilma, “se” tudo for verdade, poderão ir para a cadeia por tentarem obstruir a Justiça. Então, vejamos:

“Se” for verdade que a Dilma, por ter levado um fora do Lewandowski em Portugal, por este não ter aceito mexer os pauzinhos em favor de empreiteiros que estão no xilindró lá em Curitiba, ela nomeou um ministro para o STJ, só para ajudar os pobres empreiteiros, ela pode acompanhá-los, do lado feminino, vendo o sol nascer quadrado.

“Se” for provado, como disse o delator premiadíssimo, o Delcídio, mais conhecido como o Antônio Fagundes dos petistas ricos, que a Dilma sabia sobre os problemas da Refinaria de Pasadena, sim, aquela que deu tanto prejuízo à Petrobrás e pegou fogo recentemente, o que se mostrará é que ela mentiu mais uma vez, e isto não seria novidade. Talvez tenha sido apenas um treinamento para as mentiras que ela pregou ao Brasil todo durante a campanha de 2014.

“Se” for verdade que ela queria molhar a mão do Cerveró, com um cargo, talvez não tenha cometido crime, pois, quem não tem a mão molhada, entre os políticos, atire a primeira pedra. Talvez, falte pedra, mas, não é algo tão grave.

“Se” , “Se”, “Se”, e agora vamos aos “Se,s” para Lula, que também dançou na delação do Delcídio:

“Se”, como falou o Delcídio, o Lula  mandou pagar 250.000,00 reais à família do Cerveró para que o dito cujo não delatasse o Bumlai, sim, aquele que era amigo, não era amigo e acabou sendo, ele pode ser acusado de corrupção ativa, e isto seria pior do que, segundo dizem, ser informante do Golbery lá pelos idos do regime militar.

“Se” for uma verdade cristalina que o Lula, pagou uma fortuna ao Marcos Valério, sim aquele corretor de propina da época do mensalão, para ficar calado e não dizer que o Lula sabia de tudo sobre os pagamentos a políticos, vai ter uma consequência, talvez, a mais grave, que é tirar o poder de sua maior piada em seus shows: “Eu não sabia de nada’.

“Se”, “Se” e “Se”, agora vejam as revistas semanais para outros “Se,s”, o que torna nosso país, no momento, país do “se”. Então aproveitemos e “Se” for tudo verdade, vamos rir até o dia clarear.

A Dilma, numa reação à delação do Delcídio, em mais um show para os mesmos convidados lá no Palácio disse mais ou menos o que todos seus defensores disseram: Que o delator não tinha credibilidade. A plateia ficou um momento em silêncio, até que algum espírito de porco, lá atrás gritou: “Mas, ele não era o líder do governo no Senado?”. Então ouve um alarido de riso que até fez a comediante maior sorrir e provar do seu próprio veneno, caindo numa gargalhada, logo após culpar o Eduardo Cardoso pela delação. Entre outras coisa ela disse:

“Continuaremos defendendo que a presunção de inocência não pode ser substituída pelo pressuposto da culpa.”

Como todos sabemos, com a morosidade da justiça brasileira, isto é o mesmo que dizer, que a presunção de inocência só se acaba quando estivermos mortos. Ou seja, só condenaremos os defuntos.

“Nem tampouco dar lugar à execração pública sem acusação formal e a condenação sem processo por meios de vazamentos ilegais e seletivos.”

“O combate à corrupção continua sendo uma prioridade do meu governo. Nenhum governo realizou um enfrentamento tão duro e eficiente à corrupção como o meu. E continuará sendo assim.”

Todos ficaram esperando que ela fosse justificar a prisão de Lula, logo no dia seguinte, como uma espécie de premonição. Eu não sei se foi uma senha para o Sérgio Moro deflagrar a 24ª fase da operação Lava Jato, que tenta saber “o que é que o Lula tem”.

O que agradecemos ao juiz Sérgio Moro, mesmo ele se recusando terminantemente a participar de nossa coluna, apesar de ser um leitor assíduo, foi a oportunidade dada ao Lula de realizar o seu maior show de humor, como nunca visto neste país. Ele se superou. Eu sou farei aqui um resumo, para ter certeza de que terei leitores saudáveis nesta semana que começa. E este agradecimento é porque, o Lula não compareceu para um show lá em São Paulo, onde esperava por ele uma multidão de fãs, e houve até briga, pelas piadas que ele iria contar, e ele não foi, mas, desta vez o Moro decidiu: “Se o homem não quiser vir ao show, então o tragam coercitivamente”, em “juridiquês”, o que na linguagem comum quer dizer tragam-no “debaixo de vara”. E dizem que o show começou logo em seu apartamento, dizendo ao policial que só sairia ali algemado. O policial, bolando de rir, disse, “ele só quer imitar os empreiteiros”.

Não houve jeito então, e o Lula foi levado para delegacia da Polícia Federal, num aeroporto, para dar mais divulgação ao show, pois todos pensavam que ele iria realizá-lo em Curitiba direto para o Moro. De início, dizem, que ele se recusou a ir porque o “japonês da federal” não estava presente, mas, resolveu ir, exigindo um camburão com vidro fumê e climatizado.

Ao saber do seu paradeiro, a multidão de fãs queria entrar na sala do show à força, e dizem que foi preciso colocar um telão para acalmar a massa. E o show foi tão bom, que ele, o Lula, logo após, saiu na rua para abraçar a multidão que uivava de tanto rir com suas piadas. Dizem que o ponto alto do show foi quando lhe perguntaram de quem eram os pedalinhos do sítio que o Moro diz que são dele e ele diz que não são. Ele então achou que pedalinhos não eram para entrar no script pois não tinham importância. O alarido geral veio de uma intervenção da plateia de que tempos atrás, defenestraram um presidente por causa de um Fiat Elba, e hoje se sabe que os pedalinhos do sítio, o Pedro e o Arthur que são os nomes de seus netos, valem mais do que o Fiat do Collor.

Ele, o Lula, gostou tanto do show, que saiu da delegacia direto para a sede do PT para repeti-lo, com uma plateia muito maior. Ou seja, foi uma semana apoteótica para nosso pândego mor.

E, o melhor para esta coluna foi que, ao saber que o Lula tinha sido levado “debaixo de vara” para um show, a Dilma ficou irascível, que dizem ser seu estado normal embora estivesse pior ainda, fez um show onde se congratulava com ele e xingava o Sérgio Moro por não ter sido convidada para participar. Então, usando suas prerrogativas de presidenta, voou para São Bernardo, e se integrou à caravana humorística do Lula. Foram cenas hilárias e até patéticas de nossa musa maior acenando da varanda do Lula para a multidão que morria de rir lá embaixo.

Se há alguém vivo ainda, até aqui, eu digo que espero ser esta semana tão hilariante quanto a anterior, e só assim a coluna poderá cumprir sua promessa de matar a todos de tanto rir. É por isso que o Obama nos admira. Ele está deixando a presidência e nunca conseguiu fazer seu povo rir tanto quanto os nossos dirigentes o fizeram nos últimos anos.


Só para concluir, como todos os meus leitores já sabem, tudo no Brasil vira piada quando a Dilma e o Lula estão presentes. Para ser justo, como sempre tento ser, há muitos com grande capacidade de fazer humor, como, não poderia me esquecer, o Cunha que não conseguiu impedir, desta vez, porque já estava ficando monótono, adiar mais uma vez a decisão do Conselho de Ética, e perdeu pelo placar de 10 x 11. Só o placar já é motivo de riso, mas, vamos em frente, que esta semana pré manifestação deve ser quente. Colaborem com a coluna e vão para às ruas no dei 13 de março para quer continuemos rindo.

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