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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Precisamos de uma Pátria Educadora, de verdade!



Por Zezinho de Caetés

Isto já está ficando um pouco monótono, mas, não tenho como fugir. Comento outro texto do Hubert Alquéres (“Mais ação, menos palavras” – 10/06/2015 – Blog do Noblat) abaixo transcrito. Por que faço isto vocês descobrirão ao ler o artigo. Antecipo um pouco.

Este governo, que se iniciou em 2003, agora em sua quarta edição (duas com Lula e duas com Dilma) sempre usou todos os meios de comunicação para dizer que Educação era prioridade. Primeiro foi com Lula, cuja mãe, como ele disse, nasceu analfabeta, e agora ele queria que ninguém no Brasil passasse mais por isso. Claro que não conseguiria porque todos nascemos analfabetos e continuamos nascendo, embora, diferentemente do Lula, alguns gostam de ler livros e ir à escola e nem todos continuamos analfabetos.

E nas suas edições governamentais, ao invés de cuidar para que nossas crianças, que nasceram analfabetas, se alfabetizassem, ele só ligou para o ensino superior (PROUNE, FIES, etc.) deixando o ensino básico de lado, fazendo com que os alunos chegassem à universidade quase analfabetos. Quem verificar a ideologia por trás do governo petista verá que isto era tudo planejado, pois hoje (depois que se descobriu o Gramsci e perderam na luta armada) o que vale é conquistar os cérebros para a revolução, e se começarmos no ensino básico, demora muito.

Então, o que fazer? O que foi feito! Incharam os cursos superiores e proliferaram os cursos de baixo nível, pois para se fazer seguidores do partido não precisa muita sofisticação e sim doses maciças de ideologia. E assim foi feito.

Continuou a mesma coisa nas edições de Dilma, com apenas uma diferença, que nesta última edição, a ênfase é na “Pátria Educadora”. É como se a Educação passasse a ser o centro dos seus planos. Infeliz ou infelizmente o plano não deu certo, porque a Pátria faliu. E agora, nem é educadora, nem produtora, e sim Pátria Enganadora.

Ontem, vimos o lançamento de mais um plano de investimento em infraestrutura, o PIL (Plano de Investimento em Logística), que não se chamou PAC 3 porque os PACs anteriores faliram e até o nome foi escorraçado. Ouviram falar em Educação no lançamento? Eu não. Por que? Porque, como diz o Hubert, com outras palavras: palavras são palavras, nada mais que palavras. O que precisamos é de ação. E já descobrimos que, ação por parte deste governo, só para receber propinas da Petrobrás. Vade retro!

Fiquem agora com o Hubert, que está mais informado do que eu nesta área tão importante para nosso país que é a Educação.

““Só a educação liberta um povo”. Foi assim que a presidente Dilma Rousseff anunciou em janeiro deste ano, com toda pompa e circunstância, o lema de seu segundo governo: Brasil Pátria Educadora.

Para tal tarefa espantosamente escolheu o controvertido ex-governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), para ser o ministro da educação.

Não deu outra e dois meses depois Cid foi demitido por arrumar uma confusão histórica no plenário da Câmara dos Deputados.

Para substitui-lo Dilma convocou Renato Janine Ribeiro, um respeitado professor de ética e filosofia, mas distante das grandes questões da educação básica e com pouca experiência na área de gestão pública.

Nesta segunda-feira, o novo ministro esteve no programa Roda Viva da TV Cultura de São Paulo e decepcionou quem esperava ouvir suas propostas.

Uma pena. O programa é um patrimônio da televisão pública brasileira. Em 1h30 de TV é possível transmitir ideias com clareza, enfrentar polemicas, apresentar propostas. Era isso que se esperava de quem tem o desafio de fazer a grande revolução da educação no nosso país.

Mas a participação de Janine foi morna. Perdeu uma grande oportunidade para mostrar a que veio. O ministro saiu pela tangente na maioria das respostas que deu, sempre procurando uma zona de conforto onde pudesse teorizar e fazer suas reflexões acadêmicas. Ou dizer generalidades.

De concreto nada disse sobre o ensino médio e muito menos sobre a formação dos professores, ponto fundamental para a melhoria da qualidade do ensino no Brasil. E quanto a essencial articulação entre os entes federativos teve uma resposta melancólica: “vamos ouvir as partes”.

Sobre a concessão de bônus de desempenho ou a possibilidade de aproveitar a experiência bem sucedida das “charter schools” americanas, Renato Janine desconversou dizendo genericamente que “isso tem que ser discutido”, afinal “são questões que tem defensores e tem muitos críticos também”.

O Ministro foi sempre afável e muito educado, mas não deu um só exemplo de como vai atuar, nem deixou claro onde quer chegar.

Repetia a todo momento que é preciso discutir, ouvir segmentos, montar comissões, procurar o consenso. Parecia ser um escravo do assembleísmo, essa prática recorrente nos governos petistas que não chega a lugar algum.

Como pouco esclareceu, persistem as dúvidas se o novo ministro da Educação está a altura do que seria sua grande missão: promover um profundo rearranjo da Educação, com garra, sentido de urgência e capacidade de aglutinar, ou seja, de promover uma mobilização nacional para que a educação básica pública mude de patamar.

De Renato Janine Ribeiro é cobrado o cumprimento de uma agenda sobejamente conhecida e de amplo consenso nacional.


A ele não é dado o direito de errar ou deixar de agir, sob pena de condenar o país ao desastre da ignorância e ser, mais uma vez, retardatário. Espera-se, portanto, mais ação e menos palavras do senhor Ministro.”

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