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segunda-feira, 8 de junho de 2015

A semana - Dilma pedala, Roberto Jefferson casa e o Blatter anuncia renúncia, depois do apoio de Pelé.




Por Zé Carlos

Bem, meus caros 9 leitores, esta semana teve feriadão. Eu não sei se existe isto em algum outro lugar do mundo, ou se é uma autêntica jabuticaba, ou seja, de origem brasileira legítima. Feriadão é algo muito querido dos brasileiros, tanto quanto os feriados normais, pois neles cabe bem os versos do Ascenso Ferreira:

“Hora de comer — comer!
Hora de dormir — dormir!
Hora de vadiar — vadiar!
Hora de trabalhar?
— Pernas pro ar que ninguém é de ferro!”

E no feriadão, não dá outra, os políticos, todos, põe as pernas pro ar, afinal de contas é verdade que ninguém é de ferro. Como consequência a “semana política” é mais curta, embora não menos interessante, pela intensidade dos assuntos, e seu poder hilariante.

Vejam que ela começou com Pelé dando apoio ao Joseph Blatter, aquele que presidiu a FIFA por milênios, deixando todos os seus subordinados ricos de propinas, e diz, tal qual nosso colaborador, o Lula, que não sabia de nada. Se vocês fizeram um ar de riso, podem mostrar os dentes completos, porque, um dia depois, o Blatter disse que iria renunciar. E como sempre aconteceu, o Romário não perdoa Pelé e cita sua melhor frase em toda sua vida: “Pelé calado, é um poeta”.

Seguindo o feriadão, e a internacionalização da política, vimos que o Eduardo Cunha, de tanto esperar que a Dilma voltasse à presidência, cansou, e resolveu se tornar um mediador da paz no Oriente Médio. Eu não sei se vai dar certo, pois ainda estou lembrando de sua Reforma Política, que ele fingiu levar a voto, simplesmente para empurrar o financiamento privado das campanhas goela abaixo do STF. Para mim, ainda bem! Já pensou eu, e meu pobre dinheirinho financiando campanha política? Eu transferi meu título eleitoral para perto de casa para não gastar com transporte para ir votar. Contribuo com o processo político de outra forma, o que não vem ao caso.

Aqui, no Brasil, mesmo com o feriadão, a política se movimentou, ou melhor, o Lula se movimentou, o que nunca parou de fazê-lo para tentar chegar aos seu terceiro reinado, pois não aguenta mais o que a Rainha consorte está fazendo. Para mim, ela não está fazendo nada, o que é muito bom para o Brasil, embora seja ruim para ele. Minto. A Dilma agora vive pedalando, literalmente, para cima e para baixo em Brasília. Este regime que ela está fazendo salvou nosso país de suas “pedaladas fiscais”, que o Joaquim Levy, o Angustiado, tenta agora contornar. Dizem que ela já perdeu 15 quilos, e que, dentro de seis meses, quer perder o “resto”. Será que ela vai mesmo sumir, literalmente? Pelo menos, como presidente, eu já apertei o cinto, porque a presidente, igual ao piloto, sumiu.

Para não dizer que sumiu de vez, a Dilma, nossa musa inspiradora, aparece de vez em quando reinaugurando obras, algumas pela décima vez, ou anunciando planos. Esta semana anunciou o Plano Safra, que é dirigido à agricultura. Então preparem-se, os planos dela para a indústria quase acabaram com este setor. Agora, eu temo pela agricultura. Vou comprar um carro, pois estão dando um a quem compra outro, para comprar comida na CEASA, antes que falte. Quando ela falar num novo PAC, então está na hora de deixar o país, e ir ser imigrante na Europa. É menos arriscado.

E agora, sustentem-se em suas poltronas porque a notícia é muito forte. Os dirigentes de nosso legislativo, o Eduardo Cunha e o Renan Calheiros vão propor a Lei de Responsabilidade das Estatais. E nela vão propor que os seus dirigentes sejam sabatinados pelo Senado, antes de assumirem seus cargos. Ora, meus poucos leitores, se isto acontece com os ministros do STF e nunca nenhum foi reprovado, por que um dirigente de estatal seria? Nada contra uma lei assim, como já temos a Lei de Responsabilidade Fiscal, que foi burlada pela presidente, ano passado, com a aprovação do Senado. Então para que fazer-nos morrer de rir? Com dirigentes como estes, o Senado é o problema e não a solução.

Ainda em relação ao Senado, o Renan aprovou um Conselho de Ética do Senado. Começaram a rir? Parem e deixem para depois desta. Sabem quem vai ter acento nele? O Romero Jucá, que, tal qual o Renan é um dos investigados do escândalo da Petrobrás. Hoje li a noticia, para fechar a semana com chave de ouro, que a família de Romero Jucá vendeu um terreno ao Minha Casa, Minha Vida, em Roraima, via Caixa, por 4 milhões de reais - dois milhões e meio de reais a mais do que o valor de mercado. É muita ética para o caminhãozinho do Senado, não acham? Podem rir agora. E muito.

Mas, o que rendeu mesmo nesta semana foi a questão da “maioridade penal”. Este é um ponto espinhoso em nossa vida e de difícil solução. Alguém poderia me tirar uma dúvida existencial tremenda, que tenho desde pequeno, quando minha mãe ia catar os ovos da galinha de estimação que tínhamos lá em casa? “Quem nasceu primeiro, foi o ovo ou a galinha?”. O caso da “maioridade penal” sempre me deixou com uma dúvida existencial: Quando João de Manoela roubava galinha lá em Bom Conselho, a culpa era dele ou da sociedade? Respostas para esta coluna. Pois minha dúvida ainda continua.

Para vocês verem como um feriadão atrapalha, além da produtividade da economia, o mundo político, um dos assuntos mais importantes da semana foi a volta do Roberto Jefferson às entrevistas. Ele foi o deflagrador do processo que levou o Zé Dirceu para cadeia, muito tempo atrás. Agora, quem sabe, não faço o mesmo para levar o Lula? Afinal de contas ele disse que o Lula não chorou quando ele falou do mensalão, apenas encheu os olhos de lágrimas. Quem sabe agora, ele encha os olhos de petróleo. Pelo menos o Jefferson é experiente no assunto. Não houve uma falcatrua neste país, nos tempos recentes na qual ele não estivesse presente. Isto é, até ser preso. Por falar nisso, não percam a nova propaganda do PT, que, até que enfim, elogia o partido por ter colocado gente graúda na cadeia. O motivo de riso, é que eles não citam quem foi preso. Não dar para fazer propaganda enganosa sem mentir ou omitir, por definição.

Bem, mas, agora vamos ao filme, que, como não poderia deixar de ser, começa com o casamento do Roberto Jefferson, onde relembra a frase, de uma forma amorosa, agora, que disse para o Zé Dirceu na época do mensalão: “Vossa excelência, provocam em mim, meus instintos mais primitivos”. Agora são instintos deliciosamente primitivos provocados pela noiva pela noiva. É, em política estamos nos tempos das cavernas.

E o filme ainda aborda o Eduardo Cunha, o Cunhão, de reclamar do PT por ser chorão. Nisto ele está certo e o PT vai continuar chorando em Salvador, com um Congresso do partido no qual pretende se reciclar e sair de lá outro. Espero que perca peso tanto quanto a Dilma, com suas pedaladas que são mostradas nos filme do UOL, o qual colocamos lá embaixo depois do resumo do roteiro do seu produtores:

“No clima de feriado e lazer a presidente Dilma Rousseff tornou frequente suas pedaladas. E nada tem a ver com as pedaladas fiscais, a chefe do executivo tornou rotina ser flagrada andando de bicicleta no entorno do Palácio da Alvorada. Já o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, reclamou do chororô dos partidos para interromper a votação da Reforma Política. No Rio de Janeiro o ex-deputado Roberto Jefferson demonstrou estar com seu instinto animal aguçado novamente ao se declarar para sua esposa.”


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