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quarta-feira, 22 de abril de 2015

As TESES do PT - Parte 1




Por Zezinho de Caetés

Como todos, ou pelo menos aqueles que ainda perdem tempo com bobagens, sabem, o PT (Partido dos Trabalhadores, mais conhecido hoje, depois de tanta roubalheira, por Partido da Trambicagem), vai realizar o seu 5º Congresso Nacional.

Eu, aposentado, e já vendo meu ganho ir pelo ralo com os ajustes fiscais de Levy, o Risonho, uma consequência direta das “pedaladas fiscais” dadas pela gerenta presidenta para se reeleger, posso perder um tempinho para comentar algumas teses de algumas das correntes do PT (são tantas que há até aquelas que admiram Hitler, como o Lula admirava, antes de vestir ternos do Armani e andava a pé).

O texto chama-se: CADERNO DE TESES (UM PARTIDO PARA TEMPOS DE GUERRA). Título bem sugestivo, por sinal. Só faltou acrescentar uma palavra para ficar perfeito: SUJA. Pois nos últimos tempos este partido entrou numa guerra suja contra as instituições democráticas, a partir da tomada do poder pelas urnas, oportunidade, que, por exemplo, a Venezuela já não tem, pois lá está tudo dominado pelo chavismo.  Felizmente, encontraram o Joaquim Barbosa  pela frente, e, mais recentemente, o Sérgio Moro, para barrar seus devaneios ditatoriais.

Mas, chega de delongas e vamos às teses petistas, ou, pelo menos algumas delas, porque se formos comentar todas as correntes e todas as teses, chegaremos à conclusão que este Congresso, que será realizado em junho em Salvador, vai ser uma verdadeira guerra suja entre suas facções, para ver quem tem o maior potencial para roubar.

Vamos começar pela contribuição da Tendência Articulação de Esquerda, seguindo a mesma ordem do panfleto que se encontra na internet (aqui).

1. O Partido dos Trabalhadores está diante da maior crise de sua história. Ou mudamos a política do Partido e a política do governo Dilma; ou corremos o risco de sofrer uma derrota profunda, que afetará não apenas o PT, mas o conjunto da esquerda política e social, brasileira e latinoamericana.

2. A crise do PT decorre, simultaneamente, de nossas realizações e de nossas limitações.

3. Tivemos êxito em ampliar o bem-estar social -- por intermédio da geração de empregos e aumento da massa salarial e do poder aquisitivo da população, bem como da adoção exitosa de programas de moradia, saúde e outros -- e a soberania nacional, também através de uma política externa “altiva e soberana”. Fortalecemos o Estado, na contramão do Estado Mínimo neoliberal. Ampliamos certos direitos e conquistas democráticas. E são estes avanços que explicam nossas vitórias em quatro eleições presidenciais consecutivas.

4. Mas não fomos capazes de realizar transformações estruturais, que retirassem do grande capital o controle sobre as alavancas fundamentais da economia e da política brasileira.

5. Controlando estas alavancas, a oposição de direita, o oligopólio da mídia e o grande capital desencadearam uma ofensiva geral que inclui a desmoralização política e ideológica do petismo, o estímulo à sabotagem por parte de setores da base aliada, a pressão para que o governo aplique o programa dos que perderam a eleição, a mobilização de massas dos setores conservadores, a ameaça permanente de impeachment e a promessa de nos derrotar eleitoralmente em 2016 e 2018.

6. Frente a esta situação, o 5º Congresso do PT deve aprovar resoluções que permitam ao Partido, ao conjunto de sua militância, executar cinco tarefas principais.

Vamos ao trabalho, então, e por partes para não nos perdermos numa floresta de bobagens, embora ainda tenha quem acredite.  

O item 1 deve ter sido escrito pela Marta Suplicy, antes de deixar o partido. Que o PT é um partido em extinção já é reconhecido por todos que se beneficiam dos cargos públicos em seu governo, e por todos que entendem um pouco de política.

O item 2 é uma tautologia besta.

O item 4 é outra verdade histórica, se considerarmos que as alavancas históricas de eles falam, foram aqueles manejadas pelo Palloci no primeiro e parte do segundo governo Lula, ou seja, o que eles chamam, de políticas “neoliberais”, e que não passam de cuidados com a moeda, com a responsabilidade fiscal, e no reconhecimento de que vivemos numa comunidade internacional, onde outros países contam, e isto é refletido pelo câmbio entre moedas.

No item 5 eles apenas tentam explicar porque, graças a Deus, não conseguiram acabar com a liberdade de informação e expressão, e faz uma crítica direta à condução da política econômica pela a Dilma. Certamente, deve ter sido escrita, ou melhor, ditada pelo Lula.

O item 6 apenas menciona o que vem a seguir, mas, como vocês viram, faltou um item: o item 3. Foi de propósito, porque é a maior coleção de embustes por centímetro quadrado de papel.

Diz que tiveram êxito em aumentar o bem estar social devido a manutenção de uma taxa de desemprego baixo e aumento da renda. A taxa de desemprego, hoje já se sabe, era baixa menos porque os empregos aumentaram e mais pela diminuição da procura de emprego, pois a população aprendeu a viver com as “bolsas” que são uma espécie de peixe sem o trabalho da pescaria.

A adoção “exitosa” dos programas de moradia e saúde, parece até brincadeira, com a inadimplência dos programas do Minha Casa, Minha Vida, e de outros programas habitacionais, exclusivamente através de crédito subsidiado, o que quer dizer que, como foi praxe, o governo toma do rico para dar ao pobre, e o rico tira do pobre para lhe dar emprego e moradia. No final das contas vamos todos ter que pagar pelos erros de alguns no longo prazo. Lembram dos esqueletos do BNH do Sarney? E ainda temos as construções feitas mal e porcamente, onde só se encontram rachaduras.

E quanto a saúde? Este é o maior ardil. O setor realmente hoje está na lama, para não usar uma palavra mais forte, que é a consequência da diarreia.  A solução que foi adotada foi trazer milhares de cubanos para ajudar na revolução bolivariana, que é a meta final das esquerdas na América Latina. E os hospitais até parecem um pesadelo, para quem precisa do SUS, enquanto seus dirigentes vão para Sírio-Libanês.

No entanto, há outra coisa que parece até deboche mesmo. A política externa soberana. Será que alguém que leia jornal poderia dizer o que o Brasil hoje representa no mundo, a não ser um discípulo venezuelano e argentino? A política externa do PT foi um desastre tão grande como se tivéssemos declarado guerra aos Estados Unidos. E o pior dos mundos seria, como numa conhecida piada, que nós ganhássemos a guerra. Coitados dos americanos que teriam que aguentar o Marco Aurélio Top Top Garcia.

Vejam, que não estou tentando imitar o Zé Carlos em sua coluna humorística semanal aqui neste blog, mas, venhamos e convenhamos é de morrer de rir.

Diante, destes diagnósticos, depois eu seguirei comentando as teses do PT, na esperança de que, quando chegar em julho, lá na Bahia, só esteja no Congresso do PT o Jacques Wagner. Aquele que é Ministro da Defesa para se defender das delações premiadas.

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