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segunda-feira, 20 de abril de 2015

A semana - As "pedaladas" da Dilma e as "cabeçadas" do PT




Por Zé Carlos

A cada dia que se passa fica mais difícil escrever esta coluna semanal, que, pretensiosamente, tenta fazer seus leitores alegres e entrarem com o pé direito e o riso aberto na semana que se inicia. As notícias dos jornais já não precisam nem serem interpretadas para produzirem o riso necessário. Então, meus senhores e minhas senhoras, eu não os culparei se não a lerem e passarem a ver apenas os telejornais. Lá também o riso está garantido.

Querem um exemplo? Vi esta semana que o Maduro, sim, aquele que é presidente da Venezuela, e que de tão maduro, espera-se que caia o quanto antes, para despistar a imprensa, contratou um seu dublê, e, pasmem uma dublê de sua esposa. Isto se deu na Cúpula das Américas, no Panamá, que foi palco também de um encontro histórico entre o Raul Castro e o Barack Obama. Não, não estou brincando não. Cuba agora vai deixar se explorar pelo imperialismo americano. Já imagino o Che Guevara se retorcendo no túmulo e dizendo: “Até tu, oh Castro!?!”. Talvez, tenha sido por isso que o Galeano, sim, aquele que escreveu um clássico da literatura esquerdista latino-americana (“As veias abertas da América-Latina”). Suas veias devem ter se fechado.

Entretanto, este foi apenas um exemplo na área internacional. Aqui no Brasil é que toda imprensa virou revista de humor. Então passemos ao plano interno, nesta gloriosa semana, para o riso.

Começo então pelo nosso legislativo, em sua câmara alta, o senado, com o seu presidente dizendo que pedir cargos ao executivo apenas “apequena a política”. Coisa extremamente séria e verdadeira, até quando sabemos que o presidente de quem falamos é o Renan, sim, aquele mesmo, que controla tantos cargos com pessoas de sua confiança, que nem se lembra mais de quem sejam. Dizem que quando ele entra numa repartição pública vai logo perguntando ao primeiro funcionário que encontra: “Você é meu?”. Podem começar a rir, pois o caso é para isto mesmo.

Ingressemos agora no judiciário, sim, aquele mesmo poder ao qual o Joaquim Barbosa pertencia e que é responsável por ter feito o Delúbio ter ido contar piada de salão lá na Papuda. A Dilma nomeou um ministro para vaga do Joaquim, e só para compensar o fez indicando um admirador do PT, que até já fez campanha para ela. Agora temos ministros do PT e ministros do PSDB, lá no Supremo, e as votações serão feitas em urnas eletrônicas emprestadas pelo TRE. Como, vocês veem, a Dilma, nossa protagonista da coluna, pela sua capacidade de nos fazer rir, foi, uma vez mais, à luta. Podem bolar pelo chão com o riso solto, mas, guardem algum fôlego, pois a semana passada ainda está começando.

E quem ainda se aguenta na cadeira, leiam essa: O PT discute abrir mão das doações de empresas. Ou seja, depois que levou tudo, e o Sergio Moro descobriu, agora não tem sentido mais pegar recursos de empresas, mesmo porque, elas faliram de tanto propinar o partido. Afinal de contas, todos que o acompanham sabem que o PT não dá ponto sem nó, a não ser que o saco esteja abarrotado de grana.

Entretanto, o que movimentou a semana mesmo, foi a prisão do tesoureiro do PT, o João Vaccari Neto, sim, aquele que se apresentou na CPI da Petrobrás, ao som de ruídos de ratos uma semana antes, e de quem eu tive tanta pena (dos ratinhos, é claro). Foi um acontecimento importante para o Brasil e para esta coluna, do ponto de vista humorístico quando vocês lerem o seguinte trecho de uma nota do partido sobre o fato:

“A detenção de João Vaccari Neto é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que lhe fosse solicitado.... Informamos ainda que, por questões de ordem práticas e legais, João Vaccari Neto solicitou seu afastamento da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT.”

Se ninguém riu até agora é porque meus 9 leitores estão ficando muito exigentes. Ora, meus caros e minhas caras, basta apenas pensar no Delúbio, sim, aquele que orientou Lula a dizer em Paris que o PT só faz o que os outros fazem, ou seja, Caixa 2, e que o mensalão era uma piada de salão. O Vaccari não saiu porque lavava dinheiro das propinas que as empresas roubavam da Petrobrás para dar ao PT, e sim, porque o companheiro achou por bem, se entregar lá em Curitiba ao juiz Sérgio Moro. Aliás, vai haver um Congresso do PT, proximamente, e uma das proposições, para proteger o seu mais recente tesoureiro é colocar militantes do local onde o Moro trabalha para gritar: “Moro, guerreiro, do povo brasileiro!”. Afinal de contas, quem não tem para onde apelar, tem que tentar conquistar o inimigo com salamaleques. Mas, se eles decidirem isto, até eu me juntarei aos militontos do PT.

Para dar uma ideia a vocês da importância da prisão do Vaccari, esta coluna até encontrou um novo candidato para compor o time de humoristas da coluna: O Sibá Machado, que é o líder da bancada do PT na Câmara Federal. Ele, depois de dizer que a operação Lava Jato era uma criação da CIA, diz agora que a prisão do tesoureiro é política. Já decidi, vou contratar o Sibá, assim que ele deixar a deputação.

Se vocês pensam que agora podem descansar, que a semana terminou por aí, podem tirar o seu cavalinho da chuva. Os gringos sempre se metem em nossa história, desde Pedro Álvares Cabral. Continua tudo a mesma coisa. Agora, um tal de Jonathan Taylor, um holandês, sim, daquele mesmo povo que invadiu Pernambuco um dia e que até aqui fez palácios, disse que entregou ao CGU, em agosto do ano passado, um dossiê que comprova que a SBM pagou propina a funcionários da Petrobrás, e que a Controladoria Geral da União, esperou passarem as eleições para abrir o processo administrativo para investigar a empresa holandesa.

Então vejam, meus caros leitores, ainda vivos até aqui, se isto era motivo para a oposição querer o impeachment de nossa musa inspiradora, a Dilma? Só pode ser para atender meu pedido para que a Dilma saia mais cedo para integrar o quadro permanente desta coluna semanal, como já o é o Lula, que andou também aprontando das suas. Vejam o que ele disse:

“Se tem problema de corrupção na Petrobras, então prendam quem roubou. Prendam! É pra isso que tem Justiça, é pra isso que tem polícia. Mas não vamos confundir o que está acontecendo com algumas pessoas com o destino desse país.”

Como vocês veem o homem ainda não sabe de nada. Nunca falou com o Paulo Roberto Costa, nem com o Duque, nem com o Delúbio, nem com Vaccari, e muito menos com a Dilma. Seria trágico se não fosse tão cômico.

Já vejo os leitores ficarem inquietos e se perguntando, e a Dilma, não aprontou nada importante esta semana? Ora, senhores, vocês sabem que igual ao Pelé, como dizia o Romário, a Dilma calada é uma poeta. E ela assim permaneceu nesta semana, porque se ela jogou algum cabide em outra governanta, isto não fez parte de sua agenda oficial. Porém, o que ela fez no seu governo anterior, com sua contabilidade criativa foi um verdadeiro desbunde. O ministro Augusto Nardes, do TCU, disse que ela deve ser responsabilizada legalmente pelas pedaladas fiscais, e acrescentou:

 “Existem várias situações de ilegalidade em relação às pedaladas. Já no ano passado havíamos encontrado uma situação muito crítica pelo fato de o Ministério da Fazenda não ter contabilizado algumas operações. E agora constatamos que houve uma série de empréstimos feitos pela CEF e outras instituições que somam mais de 40 bilhões de reais sem uma sustentação legal”...

Eu tive vontade de me aprofundar sobre o significado das “pedaladas fiscais”, mas, não o faço porque esta coluna já está em tamanho suficiente para fazer com que meus leitores entrem nesta semana sorrindo e felizes. Prefiro só pensar nas “pedaladas” do Robinho, pois ainda tenho o filme do UOL para comentar.

Todos os temas do filme foram abordados na análise anterior, com uma exceção, os protestos contra a Lei da Terceirização. Chamo a atenção apenas para a declaração do nosso colaborador, o Lula, a respeito. Ele diz que a lei é contrária a tudo que os trabalhadores conquistaram nos últimos tempos, e só faltou criticar o seu exemplo de terceirização de Dilma, que entregou o governo a Michel Temer, a economia ao Levy, e foi descansar, porque ela não é de ferro.

Para ser preciso há ainda as manifestações que não comentamos na coluna passada porque nem era necessário. Todos viram que menos pessoas foram às ruas pedir o impeachment de Dilma. Quanto ao número de pessoas eu repito o que disse um colaborador deste blog, o Zezinho de Caetés, quando escreveu que “tamanho não é documento; já quanto a ênfase no impeachment, pelo andar da carruagem, não vai precisar ninguém pedir mais, e teremos, com sorte a Dilma nesta coluna, também em tempo integral.

Agora fiquem com o resumo do roteiro do vídeo do UOL, e com o filme. Bom início de semana.

“Da nova série de protestos contra o governo de Dilma Rousseff a mais protestos contra o projeto de lei da terceirização. Do ator de "Máquina Mortífera", Danny Glover, em evento ao lado de Lula à prisão do tesoureiro petista João Vaccari Neto, a semana tem para todos os gostos na charge política do UOL.”


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