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sexta-feira, 28 de julho de 2017

"Progressismo", "conservadorismo", o "tríplex" e o sítio de Atibaia...




“A ousadia do MST

O Estado de S. Paulo

Já foi o tempo em que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) invadia “latifúndios improdutivos”, nome que o bando usa para qualificar qualquer fazenda que ocupa e depreda em nome do que chama de “reforma agrária”. Antenado com as novas tendências e ciente de que a luta contra a corrupção está na crista da onda, o MST deflagrou sua mais recente “jornada nacional de luta pela reforma agrária” sob o slogan “Corruptos, devolvam nossas terras!”.

É claro que se trata de rematada impostura, mas não se pode esperar nada diferente de um movimento cuja origem – é o que eles dizem em seu site – remonta aos “primeiros indígenas” que “se levantaram contra a mercantilização e apropriação pelos invasores portugueses do que era comum e coletivo: a terra, bem da natureza”. É em nome dessa alegada injustiça histórica que o MST há mais de três décadas usa a causa dos pequenos agricultores como pretexto para seus propósitos delinquentes e liberticidas.

Um desses propósitos atualmente é defender o ex-presidente Lula da Silva e o PT, partido do qual o MST é braço. Não faz muito tempo, em fevereiro de 2015, Lula invocou o “exército de Stédile”, em referência ao líder do MST, João Pedro Stédile, quando precisou amedrontar os brasileiros no momento em que estes exigiam, em grandes manifestações, a destituição da então presidente Dilma Rousseff.

Assim, a alardeada indignação do MST com a corrupção, que motivou as mais recentes invasões, nada tem a ver com Lula, já condenado em primeira instância por corrupção e lavagem de dinheiro. Tampouco tem a ver com os outros petistas encarcerados ou processados em casos semelhantes ao do chefão do partido. Essa corrupção não interessa ao MST, é claro.

O “exército de Stédile” preferiu concentrar-se em terras de “latifundiários” que “são acusados, no cumprimento de função pública, de atos de corrupção”. Sob esse excêntrico argumento, que nada tem a ver com reforma agrária, invadiu a fazenda de um amigo do presidente Michel Temer, além de terras do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira, da família do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e da família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, entre outras propriedades.

O MST reivindica a fazenda de Ricardo Teixeira dizendo que o ex-cartola “não só desencadeou todo um sistema de estelionato sobre o futebol e lavagem de dinheiro no Brasil”, como “sua expertise em corrupção no futebol é pauta do FBI e da polícia espanhola”. Segundo o grupo, Ricardo Teixeira lavou dinheiro da corrupção por meio da aquisição “de grandes extensões de terra”.

Já para justificar a invasão da fazenda pertencente a uma empresa de João Batista Lima Filho, o MST informou que aquelas terras devem ser destinadas à reforma agrária porque Lima Filho é “parceiro de longa data do presidente golpista” e, “de acordo com diversas denúncias”, ajudou Temer “a construir sua carreira política e seu vultoso aumento de patrimônio, com base em propinas e extorsões”. Para completar o engodo, Mercedes Zuliane, dirigente nacional do MST, informou que os invasores estavam ali para fazer justiça histórica: “Somos herdeiros de uma história da oligarquia corrupta que adquiriu terras assassinando indígenas, escravizando e cometendo atrocidades no processo de formação da sociedade brasileira. Estamos aqui para cobrar o que é nosso por direito. Todas as terras de corruptos devem ser devolvidas ao povo”.

Tudo isso seria apenas anedótico não fosse a constatação de que o MST continua a atuar livremente, embora infrinja a lei dia e noite. Mais do que isso: confiante na impunidade, sente-se estimulado a cometer seus crimes em nome de uma agenda política deletéria, que inclui não apenas “derrotar o projeto da burguesia”, mas também promover a defesa intransigente de ditaduras latino-americanas, como a da Venezuela, com a qual, aliás, o MST mantém estreita colaboração. O Estado não pode continuar inerte diante de quem desafia a ordem de modo tão insolente.”

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AGD comenta:

Eu fico refletindo o que aconteceria se alguém ou algum grupo tivesse razão ao se lembrar da história, justificasse todos os seus atos baseados nela. Imaginem, um grupo de bom-conselhenses reivindicando participar da missa das 9:00 em nossa Matriz de Jesus Maria e José, porque historicamente era quase um direito do cidadão da cidade assisti-la, e hoje, soube, não existe mais. O que faria o novo pároco?

Isto me veio à mente pelo procedimento de invasão de terras do MST, contado acima pelo editorialista do Estadão, com a justificativa das terras pertencerem historicamente aos brasileiros, agora com o viés de se invadir terras de pessoas acusadas de corrupção, sem ainda nem serem condenados por isto.

Eu não sei o que dirá o Lula a este respeito, pois, se alguns que tiveram as terras invadidas ainda são só acusados, imaginem ele que já foi condenado por ser detentor do já conhecido “tríplex do Guarujá”.

Será que o MST, em seu ramo urbano não irá ocupar o prédio que a Justiça diz ser do Lula por obra e graça da corrupção? E o sítio de Atibaia, que Lula diz ter apenas os pedalinhos do Lago, enquanto a PF diz que é todo dele por força também de práticas corruptas, não daria, pelo menos, um bom pomar, para o MST, mesmo que queimasse os pedalinhos?

No final das contas, o princípio chave de um Estado Democrático de Direito é o respeito à Lei. Sem isto, caímos num limbo total, e na incerteza, como está ocorrendo agora. Os cidadãos precisam, para cumprir a lei, ter a certeza de que se não cumpri-la, o serão forçados a fazer isto pelos que são ungidos no papel de mantenedor da ordem, que é o Estado, em nosso caso, e suas instituições.

A ideia de “progressismo social” com o qual se pretende encurtar ou excluir as injustiças históricas, até aqui, só gerou outras injustiças e atraso para todos. A ideia que a natureza não anda aos saltos é muito mais prudente para todos, e no final, todos sobem juntos. As mudanças bruscas sempre trouxeram maiores problemas do que soluções. Ou seja, o “conservadorismo moderado”, ainda é a melhor ação, em todos os sentidos.


Bem, para quem pretendia, apenas dizer que não tinha comentários sobre a bandalheira do MST, já escrevi bastante. Até a próxima!

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