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quarta-feira, 12 de julho de 2017

No escurinho do Senado...




Eu, desde os tempos que acompanho a cena política, nunca tinha me deparado com um espetáculo tão ridículo quanto o que vi ontem no Senado. A desfaçatez da oposição realmente não tem limites.

O episódio da tomada da Mesa diretora por algumas senadoras, coadjuvados por alguns senadores, que fez o presidente do Senado, ao invés de mandar a polícia feminina do Senado tirá-las de lá (feminina para evitar o machismo politicamente correto), cortar o som dos microfones e apagar a luz foi realmente grotesco.

Quando olhei para as senadoras Gleisi Hoffmann, Fátima Bezerra e Vanessa Graidiotin, refastelando-se em marmitas na mesa do Senado, que deveria estar ocupada pelos seus dirigentes para votação da Reforma Trabalhista, fiquei pensando, do que será capaz a oposição para não soltar o osso do poder.

Foi um espetáculo, além do que já estamos passando, tendo um presidente em exercício, denunciado por corrupção, chocante. Ele, certamente, envergonhou o Brasil, interna e externamente. A forma como comia a Fátima Bezerra, que parecia mais menino faminto quando chega da escola, deve ter feito gelar o sangue de muitos nordestinos, e principalmente, de seus conterrâneos do Rio Grande do Norte.

E o Lindbergh Farias, mais conhecido como Lindinho nas planilhas suspeitas da Odebrecht comandava a massa balançando a pança. E outros petistas de alto coturno, ainda, mesmo envergonhados, tentavam dar razão a tamanha lambança.

A senadora Gleisi, que foi a cabeça do movimento, se é que um show mambembe daqueles poderia ter alguma cabeça, com seu modelito sofisticado defendendo os pobres era simplesmente uma visão nojenta. Mas, depois de tantas descobertas sobre seus feitos e seu caráter, o que poderia se esperar?

Talvez, tenha sido bom para aqueles que veem na Reforma uma maneira de melhorar o desempenho dos trabalhadores no Brasil, pois, tenho certeza, o espetáculo circense deve ter levado ao placar de 50 x 26, que nem o governo esperava. O seja, o tiro saiu pela culatra, como já vem ocorrendo com certas atitudes da oposição.

Talvez, até, fosse bom que, ao votar a Reforma da Previdência, a trupe que ontem se se apresentou tão bem, voltasse ao palco para que o “escurinho do Senado”, lançasse luz na mente de todos os congressistas para também aprová-la.

O que se espera agora é que, em 2018 esta turma não volte mais a não ser contratada como palhaços para, quando necessário, atuarem no Congresso. E quem sabe, uma apresentação no STF e até no Palácio do Jaburu, não faria bem à mente de todos?

Vejam em relação ao acontecido o que diz a Eliane Cantanhêde como um resumo crítico do evento ditatorial das mulheres do Senado:

“As senadoras de oposição estão fazendo exatamente a mesma coisa que os partidos governistas fazem na Câmara: tentando ganhar tempo, ou ganhar no tapetão, num reconhecimento de fragilidade, fraqueza, falta de votos.

Gleisi Hoffmann, Fátima Bezerra e Vanessa Grazziotin, entre outras, ocuparam a presidência do Senado contra a reforma trabalhista, admitindo que a oposição não tem voto para impedir a atualização da CLT, num quadro com quase 14 milhões de desempregados. É inédito e surpreendente.

E o presidente Michel Temer comanda a ação de seis partidos da base aliada para substituir os membros da CCJ da Câmara que se declaram dispostos a autorizar o processo contra ele no Supremo. Já foram 18 substituições, entre titulares e suplentes. O que é isso? A admissão de que, se fosse no voto, com a composição original, o governo perderia.


Então, em vez de luta política, de ideias, de voto, temos outras formas parlamentares em ação: ganhar no grito, no tapetão, impedindo a livre manifestação de deputados e senadores e a vitória da maioria nas casas onde todos foram eleitos pelo povo.”

Para descontrair e não perder o rumo, eu lembrei de uma música de minha adolescência que dizia:

“No escurinho do cinema
Chupando drops de anis
Longe de qualquer problema
Perto de um final feliz...”

Eu parafraseio dizendo:

No escurinho de Senado
Come-se marmitas, feliz
Bem pertinho dos problemas
Longe de um final feliz...


É isto, a arte reproduz a vida, inclusive nas coisas feias. E o Brasil tenta continuar...

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