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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Um Feliz Natal, com muita esperança



Por Zezinho de Caetés

Bem, chegamos ao Natal. Tive até dúvidas se isto iria acontecer diante do que se passou no Brasil em 2016. Provavelmente, Jesus teve piedade de nós e nos deu mais um final de ano. Só me restava desejar um Feliz Natal a todos e ir para os festejos lá no Marco Zero.

Entretanto, ontem o Temer ainda estava trabalhando e quis mostrar trabalho, propondo leis que reformulam as relações trabalhistas no Brasil. Já não era sem tempo. A legislação trabalhista brasileira já nasceu caduca, com suas influências do fascismo italiano.

E depois de tantos penduricalhos, não há quem entenda delas, mesmo os mais renomados especialistas. Hoje, é o Estado que diz como devem se comportar patrões e empregados como se eles fosse joguetes. Deve haver tantas causas trabalhistas ainda não julgados que o Getúlio ainda deve ter alguma reclamando porque o queriam expulsar do Palácio do Catete. E já naquela época, não tendo resposta, cometeu suicídio, pela lentidão da causa.

Dizem que só no Brasil hoje, em todo mundo, é proibido que patrões sentem numa mesa com os empregados e passem a negociar os termos do contrato de trabalho, sem interferência do Estado. Isto numa época, na qual os trabalhadores têm consciência de sua força e que as relações de trabalho mudaram tanto quanto os meios de comunicação.

No entanto, deixemos isto de lado e leiamos um texto mais apropriado para as festas natalinas, como é o que transcrevo abaixo do Nelson Motta, publicado em O Globo (“Inventando esperanças”). Sobre ele só teria a dizer que votei no Mendonça Filho para deputado federal, e para senador, não me lembro. Só sei que não foi no Humberto Costa.

Fiquem com o jornalista e tenha todos um Feliz Natal.

“Em cálculos otimistas, no atual Congresso são quatro bandalhos para cada parlamentar decente

De 1998 a 2010 votei em Fernando Gabeira e Alfredo Sirkis como meus representantes na Câmara dos Deputados. Na última eleição, em Miro Teixeira. E eles não me decepcionaram no comportamento pessoal e na atuação política, nas vitórias e nas derrotas representaram fielmente o que nos identificava nas eleições.

Com certeza os eleitores de parlamentares de diversos partidos, como os senadores Cristovam Buarque, Simone Tebet, Ricardo Ferraço, Antonio Anastasia, Randolfe Rodrigues, Aloysio Nunes, Ana Amélia ou Magno Malta, ou de deputados como Chico Alencar, Alessandro Molon, Antonio Imbassahy, Jarbas Vasconcellos, Marcelo Freixo, Mara Gabrilli, Raul Jungmann ou Jean Wyllys, se sentem representados e confiam em seus representantes. Estima-se que eles sejam um para cada cinco da atual legislatura: os 300 picaretas de Lula passaram para 400, como mostraram as últimas votações.

Não, os políticos não são todos iguais, ainda não. Mas não basta ser honesto, é preciso parecer honesto, boas intenções e nobres ideais não são suficientes, é preciso ser combativo e competente na defesa dos interesses de seus eleitores e do país. Em cálculos otimistas, no atual Congresso são quatro bandalhos para cada parlamentar decente, eficiente e acima de suspeitas. Somos uma minoria multipartidária, de diversas posições políticas, e brigando entre si. Mas é o que nos resta, fora da instituição não há salvação.

É difícil, no atual cenário, mas é preciso manter a confiança e esperança nos nossos representantes. Ainda temos essa minoria ativa que resiste e pode impedir a aprovação da anistia ao caixa 2 e denunciar sabotagens contra medidas anticorrupção. Se não contarmos com eles, com quem então?

Por falar em caixa 2: se a empreiteira prova que pagou uma quantia não contabilizada a um político, e ele não consegue comprovar que a gastou em despesas de campanha, é propina, compra de votos ou lavagem de dinheiro? E embolsar o caixa 2, é o quê?


A esperança do Ano Novo é que esse lixo seja varrido do Congresso pela Lava-Jato e pelos parlamentares decentes, limpando a área para novas lideranças.”

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