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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

A semana - Renan venceu o STF, a delação do "fim do mundo" está vazando e novo time de futebol do Brasil...




Por Zé Carlos

E cá estou eu outra vez, dando graças a Deus por escrever sobre mais uma semana, a que passou, pois me dá tranquilidade para pensar que esta, em que nós estamos, chegará ao fim. E digo isto como parte do tema principal desta coluna que é o humor. Ou seja, quando falo em não ter a próxima semana é porque há tantas coisas, fatos e atos para rir, que posso não ter leitores na próxima semana, e, eu mesmo ficar em riso suspenso sem poder escrever sobre. E agradecendo ao Senhor, começo.

E, sem sombra de dúvida, a semana que passou só quase teve um astro só. O Renan. Eu me sinto honrado por ele ter aceito ser, junto com a Dilma e Lula (estou esperando resposta do Temer), ser mais um que assinará contrato com esta humilde coluna, cujo objetivo é matar de rir seus 15 e meio leitores. Tenho certeza, foi um dos melhores investimentos desta coluna, e não importa se ele fará companhia ao nosso esporádico colaborar, o Cunha, nosso Cunhão, lá em Curitiba, pois ele continuará colaborando. Só porque eu citei o Cunha como exemplo tenho que comprovar o que digo. Imaginem os senhores que ele chamou como testemunha de defesa o presidente Temer, para depor diante do sisudo Moro, com perguntas do tipo:

“Quando da nomeação do Sr. Jorge Zelada na Petrobrás, qual era a função exercida por Vossa Excelência?”

Foram 40 perguntas que se o Temer responder a pelo menos uma, estará definitivamente comprometido com o humor nacional. Eu não sei se o Temer irá responder àquelas que não foram cortadas pelo sisudo Moro, no entanto, pelo menos uma ele deveria responder para que esta coluna seja consagrada na semana seguinte:

“Vossa Excelência já conhecia o Sr. José Carlos Bumlai? De onde?”

Será que o Temer conhecia o Bumlai? Eis aí um grande mistério da República, que envolverá certamente o nosso outro colaborador, o Lula, que, não sei nem se já voltou de Cuba ou se resolveu aceitar o convite do Raul para permanecer na Ilha, com a garantia de que a Polícia Federal não o acordará de madrugada. Ele é amicíssimo do Bumlai. E a maior pressa do Moro, no momento é convencer o Bumlai a fazer delação, pois, segundo dizem, se ele fizer, Lula está frito.

E agora sigo em frente, continuando no Renan. Depois do “cara a cara” com o Moro, como já vimos na semana retrasada, a veia cômica do Renan quase explodia, quando o Ministro Marco Aurélio do Supremo, a pedido da REDE, partido que por ainda sustentar a Marina (não sei como ainda não rasgou) chama-se REDE SUSTENTABILIDADE, resolveu decretar que ele não poderia mais presidir o Senado porque era um réu, e sendo assim cairia no que STF vinha aprovando uma norma de que réu não pode ser candidato a substituir o presidente da República. O problema que tornou o caso mais hilário ainda foi que o Renan até hoje nunca soube de nada do que se passou, porque não foi “oficialmente” informado da decisão do STF.

Explico. Dizem que, como soe acontecer, um Oficial de Justiça foi entregar o aviso da defenestração dele da presidência do Senado, e ao chegar lá na residência oficial, viu o Renan sentado e quis entrar para entregar a comunicação. Mas, foi impedido pelo mordomo que dizia que o Renan não estava lá. Então, o oficial de justiça perguntou: “Mas, quem é aquele sentado ali?”. Resposta: “Aquele é um boneco de cera que chegou hoje do Madame Tussauds de Londres. Não é uma perfeição?”. Aliás, esta explicação já havia sido usada para justificar que o Lula e a Dilma não sabiam de nada do “petrolão”. Eles eram apenas bonecos de cera. E, o mordomo, levando avante a explicação para não receber o ministro, disse: “Procure o Renan de carne e osso (eu acrescentaria também madeira, porque nunca vi uma “cara de pau” tão dura) no Senado amanhã às 11 horas”.

Nem adianta ser prolixo e perder leitores para dizer que tudo se repetiu no dia seguinte lá no Senado, quando o oficial de justiça tentava se aproximar de Renan. “Aquele é um boneco de cera!”. “Mas, está se movendo” clamou já o cansado funcionário. Explicação “na lata” dos assessores: “Oh, nobre e defasado rapaz. Com o nível tecnológico em que estamos, onde até Papai Noel de shopping se movimenta, os bonecos até andam e fala”. E assim começa a outra parte do show, quando se viu que o Renan não sairia da presidência do Senado de jeito nenhum.

E foi nesta hora,  dizem os jornais, que o grande show do ano, passou a acontecer. A Ministra Cármem Lúcia, que, com todo o respeito e até a elogiando, poderia ser chamada de a Barbie de Toga, entrou em campo para resolver aquele imbróglio republicano que os exagerados chamam de “crise institucional”. Ou seja, o STF queria o Renan fora e ele cantava a moda: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira” (obrigado Zezinho). Então a Cármem Lúcia fez um acordo para tirá-lo pela metade. E foi um verdadeiro sucesso. No outro dia o Brasil inteiro amanheceu sorrindo enquanto o Renan presidia a sessão do Senado rindo a bandeiras despregadas e pregadas também, junto com todos que se beneficiaram. Para ser justo, como sempre tento ser devo dizer que nem todos os ministros concordaram com o fatiamento do Renan, alguns queriam que ele fosse para o inferno inteirinho, mas, não formaram a maioria. E com todos sabemos, ao contrário da justiça salomônica, a justiça nossa de cada dia se faz por maioria, como os romanos condenaram Jesus, mas, não se fazem Pilatos como antigamente.

E devo dizer, porque fez parte do humor semanal, que foi o decano do Supremo o Ministro Celso de Melo quem puxou o voto do fatiamento, alegando que se Renan fosse para o inferno inteiro, o Brasil correria o risco de acompanha-lo. Isto fez alguns órgãos de imprensa de lembrar um seu diálogo com o Saulo Ramos que também era da área jurídica, que escreveu um livro onde coloca o seguinte diálogo que teve com o decano:

— Doutor Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto no caso do presidente.

— Claro! O que deu em você?

— É que a Folha de S.Paulo, na véspera da votação, noticiou a afirmação de que o presidente Sarney tinha os votos certos dos ministros que enumerou e citou meu nome como um deles. Quando chegou minha vez de votar, o presidente já estava vitorioso pelo número de votos a seu favor. Não precisava mais do meu. Votei contra para desmentir a Folha de S.Paulo. Mas fique tranquilo. Se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do presidente.

— Espere um pouco. Deixe-me ver se compreendi bem. Você votou contra o Sarney porque a Folha de S.Paulo noticiou que você votaria a favor?

— Sim.

— E se o Sarney já não houvesse ganhado, quando chegou sua vez de votar, você, nesse caso, votaria a favor dele?

— Exatamente. O senhor entendeu?

— Entendi. Entendi que você é um juiz de merda

Então se Saulo Ramos fosse vivo o diálogo poderia ser tido com quase todos os ministros do STF.

E só para completar a saga renanesca, pasmem, depois de botar um oficial de justiça para rodar feito peru doido durante dois dias, desobedecendo uma ordem judicial, no seu dia da vitória ele declarou, quando perguntado sobre a decisão do STF:

“A decisão do Supremo fala por si só. Não dá para comentar decisão judicial. Decisão judicial do Supremo é para se cumprir.”

Dizem que ainda tem gente rindo até agora, e os meus parcos leitores não poderiam ser privados deste pândego. Se um dia se chegar à conclusão de que ele é um senador de merda, não culpem o povo brasileiro.

E vamos em frente que a semana foi longa. Teve até o Temer no Nordeste, e lá em Caruaru. Passou pouco tempo na cidade porque disseram a ele que eu estava na cidade para entrevista-lo, para esta coluna. Escafedeu-se para Surubim, nossa eterna rival do campeonato das cidades, quando Bom Conselho disputou o título com ela. E, mesmo na correria não deixou de fazer graça dizendo: “Decisões impopulares tornam-se populares no futuro!”. Só parafraseou a Dilma, mas... Sigamos.

E já chegando ao final da semana, como já era esperado, vazou a delação da Odebrecht. Ora, meus leitores e leitoras, se esta empresa tinha até um organizadíssimo setor de propina, ela vai ser motivo de riso por muito tempo. E, descobri, que só até agora, os que a empresa delatou, já dão para substituir qualquer time de futebol, e mesmo a seleção brasileira se o Tite desistir da que lá está. Vejam meus senhores a escalação que tirei da mídia, sendo todos participantes de uma planilha da empresa, segundo só um ou dois dos seus diretores. O Propinense Futebol e Mamata formaria com:

Titulares: Índio (Eunício Oliveira), Boca Mole (Heráclito Fortes) e Caju (Jucá); Caranguejo (Cunha) e Botafogo (Rodrigo Maia); Justiça (Renan), Babel (Geddel) e Angorá (Moreira Franco); Amigo (Lula), Italiano (Palloci) e Feio (Lindberg).

E o atual técnico, o Trem (Michel Temer, ainda convocou o time reserva:

 Reservas: Decrépito (Paes Landin) , Kimono (Artur Virgílio) e Polo (Jaques Wagner); Escritor (José Sarney), Nervosinho (Eduardo Paes), Proximus (Sérgio Cabral); Drácula (Humberto Costa), Falso (Cid Gomes), Múmia (Randolphe Rodrigues), Bruto (Raul Jungman) e Viagra (Jarbas Vasconcelos).

Técnico: Trem (Michel Temer); Preparador Físico: Grego (Jorge Picciani); Treinador de goleiros: Velhinho (Francisco Dorneles); Orientador Espiritual: Santo (Geraldo Alckmin).

Dizem que a estreia do time será no Maracanã contra outro time que está sendo formado na delação de outras empresas, jogo no qual o Pezão dará o pontapé inicial. O problema será no final da partida evitar que os jogadores levem as traves e as redes para casa.

E para não dizerem que esta coluna não é internacional, desta vez não falarei do Donald Trump pois este não tem mais nem graça. Falarei da ONU. Sim, aquela coisa que foi criado antes de eu nascer para salvar o mundo do egoísmo das Nações, e, até agora, o que fez foi aumentar o turismo em Nova York para visitar sua sede. Um dos seus relatores especiais, um tal de Philip Alson, que cuida da extrema pobreza e dos direitos humanos, fez um show de humor, criticando o governo brasileiro por querer “congelar o gasto social do Brasil por 20 anos”. Este é o verdadeiro humor que o PT espalhou pelo mundo, depois que se descobriu que grande parte dos ganhos sociais e econômicos no Brasil recente foram parar no bolso da Odebrecht, com a anuência de seus dirigentes, e mostrando que durante todos estes anos o país só teve um presidente: O Marcelo Odebrecht, que apena delegava ao “Amigo” a tarefa de fazer a plateia rir com discursos sobre baboseiras. Este é o problema do humor internacional sobre o Brasil. Se perguntado a este “relator especial” se ele já esteve na capital do Brasil, certamente ele responderia: “Claro que sim, adorei Caracas!”.


E aqui encerro já esperando que esta semana que se inicia nos divirta tanto quanto a que passou. Como está longe o Natal neste país!

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