E o Trump venceu! E agora?

Por Zezinho de Caetés

E Donald Trump venceu as eleições americanas! Meu texto deveria ficar por aqui ou, no máximo, dizer que a direita, também está em alta por lá. Sinceramente, eu não gostaria que fosse o Trump, e sim outra pessoa do Partido Republicano, mas...

O que me contenta é já ver que, em seu discurso da vitória, seu tom já mudou mais para o centro, e bem diferente daquele utilizado em sua campanha. Deus queira que tudo, na campanha, tenha sido apenas um discurso para iludir a Klu-Klux-Klan.

Pelo menos o Obama será coisa do passado. E a Hillary, que ontem já contava vitória e já havia preparado o terno do “Primeiro Damo”, o Bill Clinton, já ligou para confirmar a derrota. Tchau, querida!

Eu ainda tenho dúvidas sobre o que significa o Trump para o Brasil e para o mundo. Deixemos que ele se apresente, agora na condição de presidente eleito, talvez sem a pele de lobo que ele fez a imprensa e os institutos de pesquisa nele vestirem.

Em seu discurso da vitória, entre outras coisas ele disse:

“Agora, é hora de os Estados Unidos ligarem as feridas da divisão.

Não tivemos uma campanha, mas, sim, um incrível e grande movimento composto de milhões de homens e mulheres trabalhadores. (...) Um movimento composto de americanos de todas as raças, religiões, origens e crenças.

Eu prometo a cada cidadão de nossa terra que eu serei presidente para todos os americanos.

É hora de nos reunirmos como um povo unido.

América não vai mais se contentar com nada menos do que o melhor.

Seremos justos com todas as nações e não buscaremos conflitos.”

Mais conciliador impossível. Manso feito um cordeirinho. Não falou nem em muro, e nem muito menos que o México iria pagar por sua construção. Será tudo verdade, ou apenas um discurso da vitória?

Só temos que esperar para ver. No entanto, os mercados não esperam, e já hoje, a reação dos investidores é a esperada quando tudo está incerto. Mas, vamos ver ao longo do dia o que ocorrerá. Pelas notícias a queda continuou, nas bolsas, na Europa, na Ásia, onde a bolsa de Tóquio caiu 5,36%, o que já é um prenúncio do que virá.

Até quando não se souber as reais intenções do Trump, é melhor calar e trabalhar para que o Brasil sofra o mínimo possível com as mudanças que certamente virão. Uma coisa se tornou absolutamente certa em termos eleitorais, tanto aqui como lá: As esquerdas estão indo para o brejo da história.

Esperemos que o Temer, em sua “ponte para o futuro” tenha previsto uma conversinha com o Donald Trump, e que ela seja mais proveitosa do que sua conversa (que dizem ter ele inventado) com o Putin. Quem sabe os BRICS não se transformem nos ABICS, com a inclusão da América e a exclusão da Rússia. Penso que só teríamos a ganhar, dependendo para onde o Trump vai.