Vêm prá rua você também, vêm!!!

Por Zezinho de Caetés

Hoje começo citando um texto do Percival Puggina, publicado em seu blog, no dia 07 de dezembro. E como já disse, basta um dia, hoje, no cenário político do Brasil, para que as notícias se tornem desatualizadas. No entanto, este escrito, que abaixo transcrevo (“JÁ FOI LONGE DEMAIS”), não se enquadra neste contexto, pelo menos três dias depois, ou seja é duradouro.

Leiam o Puggina, agora, que eu voltarei lá embaixo para o arremate final:

“Uma das fotos estampadas em ZH, na última quinta-feira, mostrava numeroso grupo de parlamentares da base do governo irradiando indizível felicidade. Melhoraram os números da economia? O PIB cresceu? O desemprego diminuiu? Nada disso. Festejava-se a elevação do déficit fiscal para R$ 120 bilhões. Sirvam-se os drinques! O barco afunda, mas o poder é uma festa. Afinal, ele é tudo que importa. Minutos depois, a notícia da abertura do processo de impeachment caía como uma pedra no enorme aparelho digestivo do governo. Não havia sal de fruta suficiente para tamanho mal estar.

A mentira é o primeiro degrau da corrupção. O sofisma é o segundo. Ambos corrompem a verdade e o resto vem com o tempo e com as ocasiões. Diferentemente do que o governo passou a dizer, a relação de Cunha com o impeachment é funcional e a divergência entre ele e o governo é coisa de família, desentendimento na firma. Não há princípios, nem valores, nem qualquer verdade em jogo. Seus negócios foram descobertos pela mesma Lava Jato que o PT dizia ser golpista.

Cunha é muito menos dono do impeachment do que eu. Jamais disse palavra a favor. Contra minha vontade (e de dezenas de milhões de brasileiros), sentou-se ele, por meses, sobre trinta e tantos requerimentos. Ou não? Também nisto obsequiou ao PT tanto quanto o serviu, durante anos, na base do governo. Sua prolongada indecisão arrefeceu as mobilizações de rua. Bem como o governo queria. É totalmente fraudulenta, portanto, a tentativa de colocá-lo no papel de dono do impeachment, como se fosse coisa dele e de gente como ele.

Insustentável, também, o xingatório que qualifica como coxinhas, lacerdistas, golpistas e gente da pior espécie os que querem ver o governo pelas costas. Se assim fosse, a Constituição seria “golpista”, pois prescreve esse tipo de processo. E mais, Dilma Rousseff, com menos de 10% de apoio um ano após fazer 52% dos votos válidos, teria sido eleita por “gente da pior espécie”. Nem o xingamento fica em pé.

O governo já foi longe demais, em tudo. Levou a inépcia aos requintes. Forneceu provas abundantes de que o STF errou ao desconhecer, na ação penal do mensalão, o crime de formação de quadrilha. À vista de seu governo, a gestão do companheiro Collor foi exemplo de austeridade. E de nada vale a presidente dizer que não roubou e não escondeu dinheiro no Exterior porque não é disso que a acusam. Seus crimes foram de responsabilidade fiscal.Ponto e basta. Voltemos às ruas, nós, os donos do impeachment!”

Voltando, e só acrescentando o óbvio: O problema do Brasil é o PT. Não por ser um partido, mas sim, por ser um partido que a única forma de atuar na Democracia é tentar se tornar um partido único, e se transformar numa ditadura disfarçada como aquelas que conhecemos tão bem, e das quais, a Coreia do Norte é a única a resistir incólume, mas, que breve morrerá, de fome, penso eu.

Hoje, não é preciso nem ver o noticiário político para ter ideia do que acontece no país. Basta ver os indicadores econômicos. O dólar subiu! Nem precisamos ir às folhas para saber que o impeachment está mais perto, o que acontece, da mesma forma, quando se diz: A inflação subiu!. O desemprego aumentou! Todos vão à mídia e logo veem que houve alguma chicana para manter a presidenta incompetenta no poder. E assim por diante.

Então não resta alternativa para que o Brasil volte a sonhar em ser um país democrático e civilizado, do que ir às ruas, e se possível lá permanecer, gritando forte: Fora Dilma! Fora PT!

E, eu não poderia deixar de falar aqui, do responsável por tudo que está acontecendo, e que agora só fala no exterior, onde deve estar gastando o nosso dinheiro ou o de algum empresário reincidente, esperando a hora de sua volta ao trono. Vendo este perigo no ar, embora não acredite por meu otimismo contumaz, seria bom prevenir e gritar também: Não volte, Lula!