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terça-feira, 10 de setembro de 2013

A semana - O circo dos horrores e a espionagem




Por Zé Carlos

Devido ao Dia da Independência, data em que publicamos um vídeo, em homenagem, deixamos de comentar o tradicional filme da UOL, da semana que passou, e apenas hoje tivemos um espaço aqui para fazê-lo. Ainda tive vontade de, neste comentário, fazer uma alusão maior às belas fotos do 7 de setembro em Bom Conselho que vi nos blogs, no entanto, elas falam por si mesmas em cada um dos meios em que foram publicadas.

O filme começa com o esforço hercúleo que fazem alguns congressistas para transformar o Congresso num verdadeiro circo, e muitas vezes, circo dos horrores. Se não bastasse permitir o deputado Donadon exercer seu mandato na cadeia, agora um deputado apresenta um projeto que proíbe o televisionamento de lutas de MMA. Imaginem se a moda pega. Basta alguém achar que o futebol é um esporte violento, e aparecerá alguém no congresso para, querendo aparecer, apresentar um projeto que proíba a televisão de mostrar as quedas do Neymar em campo.

E como se não fosse suficiente ainda temos uma comparação horrível feita pelo deputado evangélico Magno Malta de que, pior do que apresentar a “beleza” do MMA, é apresentar políticos bebendo ao vivo. Não sei se ele diria o mesmo de deputados bebendo “ao morto”. De uma forma ou  de outra o vídeo começa certo, quando apresenta aos congressistas o controle remoto e o livre arbítrio. Eu, de minha parte, nunca usaria o controle remoto numa luta de MMA, a não ser se for pego de surpresa, como acontece em alguns telejornais, pois nunca tive a intenção de vê-las. Mas, não pode se impedir, que alguém, que goste, veja. E se o mesmo for dito de novelas, fecham quase todas as TVs no Brasil. Só resta repetir o humorista do vídeo: “Que burro! Dá zero prá ele!”

Outro ponto do filme é o lamentável caso de espionagem americana sobre o Brasil. Talvez o atenuante para nós é que não temos o privilégio de sermos os únicos a ser espionados. Ruim mesmo seria que não fosse. Já pensaram algum país do mundo que não seja espionado pelos americanos? Talvez alguma ilha no pacífico ou algum país africano, onde a tecnologia moderna ainda nem entrou.

No fundo, no fundo, o que está havendo sobre isto é um pouco “tempestade em copo d’água”, como dizia meu pai. E em época de eleições, qualquer tempestade, para os candidatos é melhor do que um copo d’água, mesmo que seja bem geladinho. O que achei cômico foi a entrevista da presidenta sobre o fato (que não consta do filme, mas foi publicada por nós em Deu nos Blogs algum dia do fim de semana) onde ela confundiu pasta de dente com o seu tubo. Fiquei em dúvida com qual dos dois ela fazia a escovação. Mas, se só fosse esta confusão...

As consequências de termos um deputado presidiário são também mostradas no filme. É o tal do voto aberto para tudo. Como, outra vez, dizia meu pai: “Tudo demais é veneno”. Depois do calor da hora, e pressionados pela terrível mancada do Donadon, o congressistas discutem que tipo de voto deveria ser aberto e que tipo deveria ser fechado. Santa discussão, pois eu tive medo de aprovarem um projeto que, ao votar, eu tivesse que, além de me identificar, declarar meu voto, para evitar votar em deputados que queiram ir para cadeia com o mandato.

Finalmente, o caso do uso ou não de máscaras nas manifestações. Neste ponto, eu tenho a mesma opinião da amiga Lucinha Peixoto. Usar máscara não é crime, fazer arruaça e vandalismo a usando, isto sim, é crime. Se continuarem a proibir fantasias e adereços, brevemente, proibiremos pessoas carregando maleta ou vestindo cuecas porque alguns ladrões os usam, para carregarem dinheiro.

Quanto às declarações do Valdemar Costa Neto sobre Joaquim Barbosa no fim do filme, se este último o condenou, eu tenho medo é que, o que o deputado diz dele, passe a ser encarado como um elogio.

Fiquem com o resumo do roteiro do filme da UOL e depois o vejam, e riam, pois este é o objetivo desta coluna semanal.

Um deputado federal quer proibir lutas de MMA na televisão aberta. Uma CPI investiga a espionagem norte-americana sobre o governo brasileira. Já na frente do Congresso quem estiver mascarado durante manifestação vai ser preso -mesma medida foi implementada no Rio e em Pernambuco. Além disso tudo, os parlamentares não se acertam sobre o fim do voto secreto: a Câmara aprovou de forma irrestrita, mas o Senado quer uma sobrevida do voto oculto.”


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