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quarta-feira, 11 de maio de 2016

TABUADA COMPLETA




Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho



Encontrei entre os meus livros antigos que guardo com muito carinho lembranças de minha infância em Bom Conselho, este livreto do ensino da matemática infantil – TABOADA COMPLETA – seguida do Sistema Decimal por Landelino Rocha. Reg.na Biblioteca Nacional sob nº 4192 – Editora Uniart S/A – Avenida da Saudade, 254 – Recife – Indústria Brasileira – com cores verticais na cor azul, branca e vermelha. Datada na capa por minha primeira professora, minha mãe Nedi  Bom Conselho – 1955-.  Folheando este pequeno livreto trouxe-me recordações deste tempo que estudava com a minha mãe na escola que ela ensinava no corredor, em um salão de portas da madeira corrida, verde, e com algumas cadeiras e uma grande mesa onde ela fazia a chamada dos pequenos alunos em um livro horizontalmente grande, capa dura e dourada. Ali continha os nomes dos meninos e meninas da escola. A tabuada me lembrou do estudo profundo que fazia da conta de somar, diminuir, multiplicar e dividir. Era difícil assimilar e decorar toda estas esta contas contido no livreto. No meio da tarde  íamos responder as perguntas da professora – Um mais um, quanto é? É dois e dois e dois, quanto é? É quatro professora! E assim a cada dia ia aumentando o estudo chegando aos últimos dez mais dez, quanto é? Vinte professora. Amanhã vamos iniciar a tabuada de diminuir. Saímos preocupado cada um com a sua tabuada na mão para estudar em casa. Lição de casa. Um para dois, quanto é? Um respondia todos uníssonos, é um.  E depois de certo tempo éramos arguidos na última casa - 10 para 17 faltam quanto? Sete. A tabuada de multiplicar e dividir eram mais difíceis. A dividir era mais difícil ainda de assimilar. Em 14 q.v. há 2 há 7. Ficamos olhando um para os outros, a ponta do lápis na boca, o borrão na mesinha sem entender. A pergunta era repetida e ninguém ousava responder.  Era difícil. Um para dez faltam quanto? Respondíamos depois de uma semana de estudo, nove. E assim por diante, a tabuada de multiplicar e dividir aprendia em um mês ou mais. Entravamos pela tabuada grande  Folheando continha “Valor das Unidades Inteira” “centena vale 100” o “Milhar vale 1000”. Em outra pagina continha o Valor das Unidades Monetárias antiga” - Dezena de reis vale $010 – o Conto de Reis – vale 1:000$000 – a Dezena de mil de conto de reis vale 10.000.000$000; ‘Valor decimal” Decima vale 0,1 – Milésima vale 0,001 e Bilionésima vale 0,000000001; Conta Romana – Letras I = 1, V vale 5, X vale 10, o L vale 50, o C vale = 100, o D vale 500 e o M vale 1000 e assim a lição era para escrever no caderno 13, 18, 50, 100, 500, 1000. Os sinais aritméticos - + - mais, - menos, X multiplicar, = igual,> maior que, < menor que dos excessos – de 30 a 39 vão 3  Sistema Legal de Pesos e Medidas – Segundo a Lei de 26 de junho de 1862 – Era demais para nossa mente de criança, mas tínhamos que aprender. Na Carta do ABC, aprendíamos a começar a juntar as letras, na primeira parte – a professora, falava, meninos vamos agora aprender a juntar começando pela letra B – B com A, beaba, B com E beebe, B com I Beibi, B com O beobo, B com U beubu. Toda a classe respondia em som alto contente por respondido certo. Dizia a professora muito bem crianças. E assim íamos progredindo em nosso estudo sem muita manobras, durante o ano. Era um tempo maravilhoso que nós brincava, saindo as carreira da escola sendo advertido pela professora – cuidado para não cair. Subíamos mais uma vez a ladeira do Cine Rex, antes passando as carreiras pela igreja protestante, branquinha no alto sem olhar de lado e a usina de um motor estridente que trazia a luz elétrica que começava a funcionar às 6 horas da noite. Arrodeávamos a Praça Pedro II com canteiros floridos de margaridas branquinhas, rosas vermelhas e verbenas, subindo a escadaria da Matriz e indo direto para o meu aconchego na Rua do Caborje, onde colocávamos os cadernos na mesa e corríamos para a rua a brincar no terreiro de Dona Luiza.

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