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sexta-feira, 13 de maio de 2016

Não houve golpe e não vai ter luta




Por Zezinho de Caetés

Digam-me, mesmo, o que eu poderia escrever hoje. O óbvio, é claro, é escrever sobre ontem, pois hoje é sexta-feira 13, que apesar de ser Dia de N. S. de Fátima, não devemos brincar com a sorte. E aqui estou eu outra vez, aproveitando novamente o Ricardo Noblat, em texto que transcrevo lá em baixo (“Temer resgata a liturgia do poder”), e fazendo este introito com o que vi e ouvi ontem.

Como todos já sabem a ex-presidenta já se internou no Alvorada e promete comer às minhas custas ainda durante 180 dias. Juntando com o que o Cunha vai ganhar como também ex-presidente, e juntando o dinheirinho, já daria para pagar minha aposentadoria. E a Dilma vai além.

No discurso lido dentro do Palácio do Planalto ela deixou claro que já houve golpe e que vai ter luta. E o que se viu realmente é que não houve golpe e não vai ter luta. E, sem querer descer a rampa para não correr o risco de tropeçar, ela saiu de “ladinho” e foi ao encontro daquela “multidão” de uns poucos gatos pingados para falar de improviso. O número de pessoas que lá estava, prova que a mortadela está em fase final de estoque, e dizem que o Temer já mandou fechar o depósito.

E aí, diante daquela “multidão”, ainda com o cheiro de mortadela no ar, ela nos fez sofrer durante quase meia hora, com um discurso que nem o JN teve coragem de exibir para não pegar mal junto aos estrangeiros que assistiriam. Foi um verdadeiro horror.

E o Lula, meu conterrâneo, confesso, tive peninha dele. Primeiro se recusou a entrar no Palácio do Planalto, depois de chorar no ombro da ex-presidenta que se dizia inocenta. Depois, dizem, queria ir embora por não aguentar mais aquele espetáculo lastimável de decepção pela perda das boquinhas dos que lá apareceram. Vocês viram o semblante do Mercadante? Pois provém da certeza de que agora vai descer para o Sérgio Moro.

No entanto, o que merece destaque foi o comportamento do Lula que não queria de forma nenhuma ir para o palanque armado para Dilma, mas, foi instado pelo seu “sacatrapa” Jaques Wagner, a lá comparecer como papagaio de pirata. E como sofreu o papagaio! Coitado. Eu temi pela sua saúde.  O homem suava mais do que garrafa de cerveja gelada. Todos viram que ele estava lá contra a vontade. Como o Sérgio Moro é cruel!

Ainda bem que a manhã de ontem passou, e, pelo que sei, não morreu ninguém, embora tenha chegado perto: Morrer de vergonha do que fizeram ao Brasil. E ainda tentam se aproveitar com o grito de: “Dilma, guerreira, da pátria brasileira!”. Mudou a rima mas não foi uma solução. Só faltou chamar a ex-presidenta de Raimunda. Ah! que coisa ridícula!

E à tarde, apareceu o Temer dando posse ao seu ministério, que já estão chamando de “pernambuquério” devido ao grande número de pernambucanos nele, e trazendo de volta um presidente que sabe falar português e tem um raciocínio lógico. Brevemente, se Deus quiser, esqueceremos o Dilmês e o Lulês, e espero, que para sempre.

Fiquem com o Noblat que tem melhores detalhes do dia de ontem o qual mostra que não houve golpe e não haverá luta. Teremos apenas um Brasil melhor. Vade retro!

“O Palácio do Planalto, ontem, viveu dois tempos bem diferentes. Um pela manhã quando a presidente Dilma ainda exercia o cargo até ser comunicada oficialmente sobre seu afastamento para ser processada pelo Senado. O segundo no final da tarde quando o presidente Michel Temer deu posse aos novos ministros.

Dilma estava de mau humor – Temer, feliz. Dilma estava apressada – Temer sem pressa alguma. Dilma tentava disfarçar seu constrangimento – Temer demonstrava sentir-se à vontade.

Ao discursar, Dilma posou de vítima de um golpe, criticou Temer e afirmou que ele acabaria com os programas sociais. Temer manifestou seu respeito por Dilma e garantiu que os programas sociais serão preservados.

A plateia de Dilma era de ex-ministros abatidos e de representantes de movimentos sociais inconformados com o que assistiam. A de Temer, de ministros sorridentes, dispostos a aplaudi-lo, e de políticos dos onze partidos que se dispõem a apoiá-lo. Parte deles jamais pôs os pés ali nos últimos 14 anos.

O que Dilma mais queria era sair logo. Havia retirado previamente seus objetos pessoais e documentos. Os retratos dela nas paredes do palácio começaram a ser retirados à noite. Temer queria ficar. E certamente teria ficado durante mais tempo se não tivesse outro compromisso.

Os dois haviam sido convidados para a posse do ministro Gilmar Mendes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dilma não foi, e nada mais natural que não tivesse ido. Temer foi. E a cerimônia de posse de Gilmar acabou transformando-se de fato na cerimônia de posse de Temer na presidência da República.

Toda a liturgia do poder foi respeitada ao longo da cerimônia. Temer sentou-se à esquerda do ministro Dias Tóffoli, que transferiria a presidência do TSE a Gilmar.

Tóffoli saudou, primeiro, as demais autoridades, todas elas em trajes formais. Deixou para saudar Temer por último, e ao fazê-lo, chamou-o de professor, lembrou que fora seu aluno na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, e destacou que ele era o novo presidente da República legitimado pelos votos que o elegeram e a Dilma.

Em seguida, Tóffoli pediu que todos se pusessem de pé para ouvir a banda da Marinha tocar a versão completa do Hino Nacional. Após a execução do hino, Gilmar assinou o termo de posse e discursou já na condição de presidente do tribunal.

Sustentou que o modelo político eleitoral brasileiro está esgotado, e que “não é produtivo nem atuável, com a criação em série de partidos políticos e de coligações ilegítimas vinculadas e dirigidas não por afinidade programática”.

Segundo ele, “esses conchavos, antes de assegurar apoio a qualquer dos atores políticos, corroem a legitimidade e a representatividade popular. Estimulam crimes como a corrupção desenfreada, a falsidade ideológica, a lavagem de dinheiro e a formação de quadrilhas”. E bateu duro naqueles que por desatino “patrocinaram o desconcerto atual”.

Manda o protocolo que os participantes de uma solenidade onde o presidente da República esteja presente só saiam depois que ele for embora. O protocolo foi respeitado.

Gilmar Mendes, ao assumir o TSE, saudou a “solidez da democracia brasileira”, afirmando que "soubemos resistir bravamente a esse imenso e revolto mar de desmandos, valendo-nos apenas de ferramentas legais".

Em seu discurso, ele dissecou a podridão petista:

"Esses conchavos, longe de assegurar apoio ou sobrevivência política, corroem a legitimidade da representatividade popular, estimulam abertamente crimes como a corrupção desenfreada - inclusive como modo de governança -, a falsidade ideológica, a lavagem de dinheiro e a formação de quadrilha, entre outros tantos delitos, ademais de satanizar desbragadamente a atividade política".”


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