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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Visitando Bom Conselho - As Bodas de Prata da A Gazeta




Bom Conselho - PE


Por Zé Carlos

Na Semana da Criança, eu fui fazer minha viagem anual a Bom Conselho, minha terra natal. Como sempre é um mergulho no passado, do ponto de vista subjetivo, mas, também é uma ida ao futuro, do ponto de vista objetivo. Se alguém ler estas linhas até o fim, talvez, descubra o porquê.

A data próxima a 12 de outubro para a viagem, não foi planejada, no entanto, tudo parecia ser, quando lá cheguei. Um dos grandes motivos da nossa ida (minha e de Marli) foi visitar minha sogra, a quem a encontrei já entrando na fase infantil, com sua saúde de criança e seus quase 94 anos de idade, convidando a todos para a festa dos 100. Fiquei, então com a alegre certeza de que, se a genética funcionar, não ficarei viúvo, e já desconfio quando a mulher compra qualquer vestido preto.

Bem, mas, comecemos do início para não perdermos os detalhes, mesmo os mais sórdidos, que foram poucos.

Ao nos aproximarmos do Portal da Cidade, já deu para descobrir que, Bom Conselho está loteada. É loteamento à esquerda, loteamento à direita e loteamento à frente. Parece até que a cidade está sendo expulsa dela mesma. Mas, disto trataremos depois.

Passado o susto de pensar que estava na cidade errada, atravessamos o Portal, que já não é tão bonito quanto o de Terezinha, e começamos a descobrir a velha Bom Conselho, assim que chegamos à rua onde eu joguei muito futebol, naquele velho campo, e observava, de longe, a boate Tio Patinhas. E não me peçam para contar aqui os detalhes sórdidos.

E nos dirigimos ao centro, e já descobrimos o futuro. Nunca vimos tantos quebra-molas em tão pouco espaço como vimos lá agora. Penso que, algum dia, com a implantação das lombadas, vai-se também proibir a entrada de automóveis, enquanto os pedestres pulam de lombada em lombada, como fazíamos nas brincadeiras de “cademia”.

Depois de passar pelos obstáculos da Ponte do Colégio, depois de frente pelo Parque José Feliciano, já nos sentíamos em casa, e prosseguimos, de lombada em lombada até nossa destino final. Era dia de sábado, e como todos os bom-conselhenses sabem, dia de sábado é dia de feira, desde que o mundo é mundo.

E lá fomos nós rumo à feira, que tanto conheci e andei quando criança. Como era a semana da criança, voltei a este estado e comecei a contar quantas motos estavam estacionadas na Praça Pedro II. Como toda criança, não sei mais contar depois 80, e parei. Comentei comigo mesmo, enquanto a mulher continuava a contagem: “Bom Conselho, além de loteada, só anda de moto”. E, depois de várias idas e voltas da calçada até a praça, porque os carros não param nem para jumento passando, chegamos a ela. A velha praça está até bem cuidada, e voltei a pensar: “Ora, se ninguém consegue chegar nela, por causa do muro de motos, só pode estar cuidada.”

Subimos então as escadarias da Igreja Matriz, onde nos batizaram, crismaram e fizemos a primeira comunhão. E ali voltamos ao passado. Mas, não vi o Zé Basílio. E aqui lembrei de um fato e de um ditado que usamos, lá em Bom Conselho, quando temos alguma decepção: “É a mesma coisa que ter ido a Roma e não ver o Papa”, e isto aconteceu comigo. Fui a Roma e não vi o Papa, e foi decepcionante. Agora eu posso dizer que é uma grande decepção ir à Igreja Matriz e não ver o Zé Basílio.

E como já estou com este ditado na cabeça, posso dizer que, durante esta rápida viagem, sofri outra grande decepção e já modifico o ditado para dizer: Que fui a Bom Conselho e não vi o Luís Clério. Foi uma decepção maior do que a que senti em Roma. E não por culpa dele. Fui à sede A Gazeta, nosso jornal maior, e ele não estava durante minha frustrada visita, ou houve um desencontro.

E seguindo o tema, eu gostaria de parabenizar à A Gazeta pelas suas Bodas de Pratas de bons serviços de comunicação prestados à nossa cidade, e queria fazê-lo pessoalmente, para me desculpar de não ter enviado nenhuma mensagem, como ele me pediu, para o importante evento. Depois de ver, na última edição tão belas mensagens de outros bom-conselhenses fiquei com mais vergonha ainda. E tento sanar esta falha grave dizendo:

“Qualquer órgão de comunicação é importante, em qualquer cidade. No caso de Bom Conselho, sempre tivemos algum, nem que fosse para falar mal do Coronel Zé Abílio. Aí veio A Gazeta, capitaneada pelo Luis Clério, e vimos que existem coisas na terra, além do Coronel. Tanto na política como nas artes e na cultura em geral, o nobre jornal vem cumprindo o seu papel de forma brilhante, registrando a história da cidade de uma forma tão independente quando se pode ser neste nosso mundo de polarizações de todos os matizes.

Tempos atrás, eu criei um humilde blog tentando auscultar Bom Conselho, e até me atrevi a propor uma parceria com A Gazeta. Este objetivo me levou a intitulá-lo de A Gazeta Digital. Não houve sucesso na parceria formal, embora, tenhamos sido parceiros em várias matérias publicadas por ambos. Hoje, eu já diria que A Gazeta não precisa mais de um blog. As coisas evoluíram e hoje é mais fácil fazer melhor do que isto. Penso que o envio dos exemplares eletronicamente, já é um início, mas, faltamente, A Gazeta vai ter o braço digital.

Meus parabéns sinceros àqueles que fazem à A Gazeta, ainda, não completamente digital.”

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