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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A semana - O Temer largou a Dilma, o "Lula Pixuleco" é esfaqueado e o Janot se livra de Collor...


Lula Pixuleco na Avenida Paulista


Por Zé Carlos

Bem, meus caros e minhas caras, começamos outra semana. E como é boa a nossa situação em poder comentar o que passou, pois em cada começo de semana no Brasil, não temos certeza de como ela terminará, e o que é pior: Se terminará mesmo! Então já começamos alegre por chegar ao fim de mais uma delas. E vamos à luta pela morte pelo riso, que a cada semana é a nossa meta, e que sempre tentamos dobrá-la.

E, como não poderia deixar de ser, mais uma vez, nossa musa, a Dilma, brilhou como nunca em sua tarefa de humorista número um do Brasil. Logo na segunda-feira, com alegria incontida no peito, por saber que o Fernando Baiano, sim, aquele mesmo que era um operador de pixulecos do PMDB, ter resolvido ser mais um dos 312 delatores premiados da Operação Lava Jato, e que, assim sendo, o Eduardo Cunha, hoje o pior inimigo de nossa musa, poderia ser mais defenestrado do que o que já está.

Dizem que ao receber o Temer no Palácio, que foi lá para dizer que não aguentava mais ser o coordenador político do governo, porque o Levy não lhe dava nenhum tostão para molhar as mãos dos parlamentares, ela, a Dilma, o recebeu com um sorriso imenso dizendo: “Viva o Baiano!” E o Temer sem entender nada, respondeu: “Viva!”, para, com sempre não contrariar à chefe. Ora, o que ele iria dizer a Marcela em casa se chegasse com um olho roxo? E declarou que estava deixando a coordenação, mas, estava se colocando à disposição para auxiliá-la e que agora via tratar da “macropolítica”, pois com a “micropolítica” não arranjou nem moedinhas de 1 real com o Ministro da Fazenda. Alguns analistas cruéis dizem que no dicionário político de Temer “macropolítica” que dizer impeachment da nossa musa, e “micropolítica” que dizer “nomeações”, e estas o Mercadante não deixou ele fazer nenhuma. E Dilma para não perder a piada disse: Eu entendo Temer, mesmo com todo esforço para emagrecer eu não estou à altura da Marcela, provocando um riso contido da bela Marcela quando leu a reportagem.

É previsível que quem ficou feliz com o afastamento do Temer da coordenação política da Dilma, foi o Eduardo Cunha, nosso “Cunhão”. Disse que o Temer foi muito sabotado pela Dilma e que não tinha condições de fazer trabalho nenhum e está doido que o PMDB desembarque logo do governo, inclusive pleiteando que seja antecipada a convenção do partido para que se decida logo se o PMDB fará humorismo fora ou dentro do governo. Ora, todos sabemos que o PMDB nunca esteve nem fora nem dentro do governo por mais de 30 anos, e qualquer tentativa de definição será inútil. O partido gosta é daquilo. E que é aquilo? Perguntem a Renan ou ao Cunhão, e riam com as respostas.

Porém, com disse no início desta coluna, a Dilma, esta semana, foi incansável em nos fazer rir. Primeiro, mandou anunciar que iria acabar com 10 ministérios, dos 39 existentes. Quando alguns assessores perguntaram quais seriam, ela apenas disse que só aceitaria os ministérios cujos ministros ela teria visto nos últimos seis meses. E, vendo o que viria como resposta, disse-lhes logo: “Aqueles reuniões ministeriais não valem, pois não consigo enxergar quem está do outro lado da mesa!” Realmente, quando vemos um reunião do ministério observamos sempre que não há mesa capaz de comportar todos ministros. Poder-se-ia cogitar de fazer reuniões na Arena Mané Garrincha. No entanto, quando lhe perguntaram de quantos ministro ela lembrava do nome, ela só citou três: O Mercadante, o Levy e o Eduardo Cardoso. E deu uma bronca danada no assessor bisbilhoteiro quando ele perguntou: “Mas, presidenta, a senhora nem se lembra do nome do Ministro da Educação de nossa Pátria Educadora?”. Na lata, ele respondeu: “Você pensa que eu sou burra? Você quer ser demitido? Não é aquele que adora ciclovias?”.

Bem, nem é preciso dizer que todos sorriram por fora e gargalharam por dentro com a resposta. E em segundo lugar, ela, depois de um encontro com Levy, o mendigo, que também é Ministro da Fazenda disse: “Olha, o Levy me confidenciou que não tem mais dinheiro nem para o papel higiênico no Planalto, e que precisamos arranjar de qualquer jeito antes que a coisa feda demais. E eu já tenho uma solução, que como sempre veio do FHC, mas, não precisa espalhar isto. Mandem o Ministro da Saúde declarar que vamos recriar a CPMF.” E não deu outra. Logo em seguida o Ministro da Saúde, todo alegre e pimpão anunciou a criação do CIS. Todos já sabíamos que CPMF significava Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, e soubemos também que de contribuição e de provisória ela não tinha nada. Então o Ministro da Saúde, que, certamente, deve ter ido a um psiquiatra do SUS, sugeriu a mesma coisa com outro nome: CIS. Que significa de Contribuição Interfederativa da Saúde. Que ministro inteligente, que sentimento nobre, parece até o gato que descomia dinheiro nas estórias do Ariano Suassuna. Miava de dor tanto na ida como na volta. E depois de todos entrarem quase em comoção com o anuncio, a nosso musa, Dilma, chegou à conclusão que as moedas eram muito grande para tirar e botar no rabo do gado e disse que desistira da CPMF ou CIS, seja lá o que se chamasse. Foi uma risadaria geral que ela está pensando noutro imposto e que, provavelmente o chamará de Contribuição Única.

Mas, o fato mais cantado em prosa e verso da semana foi a sabatina do Janot, sim, o hoje Procurador Geral da República pela segunda vez que, nomeado por Dilma, a quem Collor, cara a cara na sabatina chamou de “Vazador Geral da República”. E o filme desta semana, do UOL trata disto lá embaixo. No final, a sabatina, em termos de humor ficou por conta dos dois desafetos, Janot e Collor. Podem comprovar que antes do Collor falar a sala tinha tanta gente que o presidente da sabatina teve que cortar um dobrado para conseguir silêncio. Depois do Collor falar, só se ouvia o silêncio. Minto, uma certa hora, se ouviu uma voz pedindo “pela ordem presidente”, o presidente, dentro de suas altas funções, respondeu: “Com a palavra a senadora Vanessa Graziottin”. Como vocês vão ver no filme, foi um alarido geral com dentes à mostra. Eu, que sou de Bom Conselho, fiquei foi triste, pois quem estava pedindo “pela ordem” era Randolfe Rodrigues que dizem, só não nasceu lá porque ainda não havia maternidade naquela terra abençoada por Deus e esquecida pelos coronéis. Ainda bem que o Humberto Costa e o Anderson Rodrigues, que têm o mesmo timbre de voz, nasceram em outro lugar. Se não fosse assim iria que pensar no Agreste Meridional só nasce gente que fala fino. Seria preciso que o Lula desmentisse que ele também nascera na região.

E por falar em Lula, nosso colaborador em tempo integral e dedicação exclusiva, ou quase, tinha andado meio calado por aí, sem dar o ar de sua graça. Esta semana ele voltou e voltou com todo o gás, declarando:

“Não posso dizer que sou, nem que não sou [candidato]. Sinceramente, espero que tenha outras pessoas para serem candidatas. Se a oposição pensa que vai ganhar, que não vai ter disputa e que o PT está acabado, ela pode ficar certa do seguinte: se for necessário, eu vou para a disputa e vou trabalhar para que a oposição não ganhe as eleições”

Ninguém conta, mas deve ter havido um estrondoso acesso de riso dentro do estúdio da Rádio Itatiaia onde ele concedia a entrevista. Todos sabemos que, em termos eleitorais o Lula, dito por ele mesmo, encontra-se no “segundo volume morto”, e sem chance de lá sair, como provam as pesquisas. Todavia, seu espírito zombeteiro não cessa e por isso o estimamos tanto aqui.

E por que o estimamos? Porque o povo de São Paulo o adora. Imaginem vocês que o Pixuleco, sim, aquele boneco do Lula como presidiário de número 13-171, que tanto sucesso fez em Brasília nas manifestações do dia 16, agora veio para São Paulo. Foi um sucesso tão grande que dizem, ontem, domingo, havia mais gente para ver o boneco do que a Marcha da Mortadela dos movimentos sociais. A nota destoante deste sucesso do Lula Pixuleco foi que um militante do PT, de uma corrente pró-Mercadante, confundindo o boneco com a pessoa tentou ceifar sua vida a golpe de estilete. Ainda bem que o boneco foi levado às pressas para o SUS e lá não tendo vaga, foi levado ao hospital, onde normalmente o Lula fica à vontade,  Sírio-Libanês, onde foi operado de urgência, e hoje já se encontra bem de saúde e está dando seu espetáculo na Avenida Paulista. Eu sei que hoje, em termos de pesquisas eleitorais o Lula já está mais enterrado do que o “volume morto”, mas, o Lula Pixuleco venceria fácil qualquer eleição.

E querem rir mais ainda? Ele declarou à mesma rádio que houve erros no governo Dilma, e continua altaneiro:

“... Se não tivesse erros a gente não tinha chegado aonde nós chegamos. A Dilma reconhece que houve erros. Acho que houve alguns equívocos nossos na questão econômica e que a Dilma tentou consertar quando propôs o ajuste fiscal”.

Quando o entrevistador deveria já não aguentar mais a vontade de rir, ele destampou:

“Eu até gostaria de ter sabido antes. Eu não sabia, a Polícia Federal não sabia, a imprensa não sabia, o Ministério Público não sabia, a direção da Petrobras não sabia. Só se ficou sabendo depois que houve um grampeamento e pegou o tal do Youssef, que já tinha muitas passagens pela polícia, falando com outros caras”.

Bem, a estas alturas não havia mais ninguém na redação pois estavam rindo da velha piada do nosso Lula: “Eu não sabia de nada!”. É o nosso inocente. E viva o Lula Pixuleco!

Só para não dizerem que esta coluna é incompleta e não aborda todos os fatos importantes, tenho mais um que assim considero. A acareação entre o Alberto Youssef e o Paulo Roberto Costa, o Paulinho de Lula. Foi a primeira vez que vi um show de humor estrelado por dois bandidos, tendo como audiência um mundo de autoridades. E a plateia chegou ao ápice da atenção quando uma das autoridades inquiridoras, mostrando um semblante raivoso, disse que ficava chateado porque um dos bandidos dissera que havia algum deles o intimidando e resoluto perguntou: “Quem é esta autoridade?”. Foi quando o Youssef declarou: “É o senhor mesmo!”, mostrando que o ditado lá do nosso interior estava sempre certo: “Quem primeiro sentiu do ... saiu!”, fazendo com que o Celso Pansera, tentasse colocar a viola no saco, mas, não encontrava um saco tão grande para caber tal viola, antes do riso generalizado. E este é agora o nosso mundo político, onde até bandido pode estrelar shows. Aguardemos os próximos.

Fiquem abaixo com o resumo do roteiro do filme, pelos roteiristas do UOL, e a seguir não percam o próprio. E só tenho a esperar que a semana que vem ainda termine.

“Na charge política desta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, teve que encarar um irritado Fernando Collor de Mello na sabatina de sua renomeação ao cargo. Mas as tensões não pararam por aí: Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato, protagonizou uma pequena reviravolta em outro momento, e outro senador foi confundido por conta do timbre.”


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