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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

TANTO RISO.




Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho

Estamos no tempo do riso. Por onde você anda na cidade, somente risos. Na televisão risos. E nós rimos também com tanto riso pelas ruas. É tempo de eleição. Todos os candidatos sorriem para o povo, um sorriso maroto que nos leva ao riso, rizadas mesmo. Nos cartazes, nos folders, nas faixas, nas bandeirolas, nos cavaletes você não vê um candidato sisudo, serio e compenetrado, isto você não vê, “nem que a vaca tussa” Naquele sorriso está a nossa desconfiança, pois em outros tempos ninguém sorrir e se sorrir são debochando das pessoas que os colocaram em lugar de destaque. Você meu caro eleitor já viu algum politico no seu bairro, na sua rua, na sua casa a não ser no tempo da eleição? Onde você já viu algum candidato almoçar ou jantar em mercado publico comer o que o pobre come, você já viu? Tomar pinga e cerveja em copos “americanos”? No prato de tira gosto onde todos usam um só garfo ou os dedos depois levar a boca, chupando-os como se fosse pirulito? Pegar menino sujo no colo? Abraçar velhos nas ruas esburacadas e entrar em casa humildes de um só cômodo, você já viu? Subir escadarias com 365 degraus e sorrindo para os moradores, você já viu? Abraços em todas as pessoas em seu caminho?  Se você já viu tudo isto você é um felizardo. E as promessas mirabolantes que enfatizam em seus pronunciamentos e que não vão conseguir realizar? Vocês vão ter moradias dignas! Agua abundante! Posto de saúde com médicos especializados para atendimento de imediato! Educação para todos, incluindo as crianças que frequentarão creches com toda infraestrutura de lazer, merenda! Saneamento básico para todos a fim de evitar contaminação e consequentemente doenças! Transporte de qualidade sem a superlotação constante e com veículos atendendo a população, novos!  Na televisão que somos obrigados, durante cinquenta minutos, ver e ouvir as promessas que fazem. Acusam-se. Se se encontrarem pode haver até atritos, talvez não dos candidatos, porque depois da eleição, todos se dão as mais mãos e confraternizam enquanto os militantes se digladiam em agressões, palavras chulas e tantas outras aberrações.  Tudo visto e ouvido nas promessas e o povo ainda acredita. Somos realmente um povo que não olha para trás e levamos o esquecimento dos acontecimentos em nosso cérebro. Somos esquecidos. Somos um povo sem memoria. Apagamos. Até outubro tudo são flores. A amabilidade abunda. Os apertos de mãos se encontram. Isto ate outubro, depois a seriedade e sisudez aparecem, sem exposição nas ruas, praças e avenidas. Todos ocupam o seu espaço, no Palácio, no Senado e na Câmara Federal descansando dos risos que distribuíram ao longo de dois meses, nos seus confortáveis gabinetes, com ar condicionado, cafezinho, e boas lorotas, talvez rindo de todos nós. E diz um para o outro, daqui a quatro anos estaremos refazendo a nossa peregrinação pelos mesmos locais a fim de garantir mais uma temporada na boa vida. Existem sim, políticos competentes e sérios que podem trabalhar pelo povo, mas não aparece para não destoar às armadilhas que há, ficam no ostracismo, na escuridão e fora dos holofotes da televisão e das letras nos jornais quanto ao seu trabalho. Com esta alegria toda, me lembrei do carnaval de 1965 nos salões da Associação Garanhuense de Atletismo – AGA, na cidade de Garanhuns quando todos os sorrisos se abriam com a musica de Zé Keti e Dalva de Oliveira e a alegria contagiava a todos os foliões – Tantos risos, ó tanta alegria, mais de mil palhaços no salão (nas ruas) Arlequim (políticos/candidatos) esta chorando pela Colombina (eleitores) no meio da multidão. É isso mesmo camarada. Ver para crê daqui a quatro anos estaremos no encontrando.

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O clipe abaixo não faz parte do texto do Zetinho. Como ele citou a letra, por que não ouvirmos bela  música do Zé Keti na voz de Dalva de Oliveira? (Administração da AGD)

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