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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A semana - A Dilma cozinha, Aécio come coxinha e Marina só pensa na Rede


Cozinheiras do Brasil, uni-vos. O que tendes a perder são os vossos aventais.


Por Zé Carlos

Bem, passou-se a semana de luto e já estamos aqui no batente para levar a sério nosso lema: “Não vamos desistir do humor”. O pior é que, passada pouco mais de uma semana da morte do Eduardo, parece que voltaram o seu  lema às avessas. Não há como ver algum dos vídeos que aparecem no horário eleitoral sem gritar, mesmo que seja por dentro, em sinal de respeito ao falecido, o que deles retiramos como lição: “Vamos esquecer o Brasil”.

E confesso, passei a semana quase toda rindo, desde a manifestação alegre que foi feita pelos correligionários no enterro do ex-governador, inclusive de sua família, quando quase meu ouvido estoura com quase 20 minutos de fogos de artifício. A última vez que vi soltarem fogos em enterro foi em Bom Conselho, quando o Getúlio morreu, a mando do Coronel Zé Abílio. Tinha apenas 6 anos de idade e lembro do Zé Pelo Sinal soltando os fogos e fiquei alegre também. Se hoje o meu neto, quase com a mesma idade me visse naquele momento, diria o que ele aprendeu das propagandas de televisão: “Não sabe de nada, o inocente!”.

E o riso foi maior ainda ao começar a propaganda eleitoral. Hoje, já está sendo considerado o maior programa de humor da televisão brasileira, pelo menos em tamanho porque é diário e tem 100 minutos de duração, nos dois horários. Eu rio, e penso que também todos os brasileiros, pelo mesmo motivo: A renovação da esperança no Brasil, pela impressão que nos dar é que, não importa o partido, não importa o candidato em quem votarmos, a partir de janeiro, o Brasil começará a ser a “nação maravilha”. Como já não temos mais pobres, pois hoje todos foram para a classe média, finalmente, chegará a vez de também não termos ricos e atingirmos a meta de nossa presidente: Todos seremos classe média.

Obviamente, existem alguns candidatos mais engraçados do que outros, há alguns que até temos que desligar a TV para não morrermos de rir. E não pensem que é só o Tiririca imitando Roberto Carlos e dizendo: “Se você odeia a política, vote no Tiririca!”. Não. Há outros com a candidata Dilma Roussef que apareceu cozinhando um macarrão (seria ao alho e olho ou à carbonária?) que foi notícia até no Financial Times, um jornal inglês. Mostrando que a propaganda eleitoral no Brasil é para “inglês ver”.

Vejam meus senhores, alegres brasileiros, o que disse o grande jornal inglês sobre nossa candidata a reeleição, com alguns trechos da sua reportagem do último dia 21:

“Dilma Rousseff é uma mulher impressionante. Durante o período ditatorial do Brasil ela passou dois anos na prisão, onde foi torturada por muito tempo. Após reconstruir sua vida, ela foi eleita a primeira presidente mulher do país, servindo de exemplo para as próximas gerações. Contudo, no vídeo oficial de sua campanha à reeleição, Dilma aparece encarnando a….dona de casa”

O jornal ilustra a reportagem com uma parte do vídeo em que, segundo o texto, Dilma aparece de terninho, servindo um espaguete supostamente feito por ela. “Uma situação bastante desconfortável”, diz o jornal. Eu me lembro muito bem da cena, e enquanto os ingleses achavam desconfortável eu rebolava de tanto rir. Depois de gerente e faxineira agora é cozinheira. “Que forma melhor de atrair as massas do que mostrar aos brasileiros que Dilma é igual a eles, ou às suas mulheres? Além disso, qual a melhor forma de apelar aos brasileiros que não têm renda para contratar uma empregada doméstica para cozinhar para eles?” perguntam os ingleses e eu respondo que há ainda outra utilidade que é o riso meu e de todos os meus leitores. Por falar nisso, os meus leitores aumentaram em número, passou de 5 para 6, pois soube que o meu neto já está lendo, quase igual ao Lula.

E para encerar esta parte com humor inglês eu cito o Financial Time outra vez: “Só o tempo dirá se os brasileiros gostaram da ‘Dilma dona de casa’. Se não gostarem, ela terá todo o tempo do mundo para aperfeiçoar suas omeletes”. Eu mesmo espero que a Dilma inaugure no próximo ano um restaurante lá no Planalto Central, e se o Lula quiser deixar de ser torneiro mecânico para se tornar garçon, vai ser um sucesso.

Bem, agora vamos ao filme. E, como não poderia deixar de ser todo o roteiro gira em torno do horário eleitoral gratuito. O importante nele é que, com os recursos do UOL, eles conseguiram resumir numa peça hilariante um resumo da semana, como ela se passou dentro do guia eleitoral, que dizem ser gratuito, mas, todos sabem que pagamos uma soma imensa, através da renúncia de impostos para mostrar os candidatos. Mas, não sejamos duros com nossa democracia, afinal estamos pagando para rir durante muitos dias. Não chega a ser comparado a uma Escola do Professor Raimundo ou ao Viva o Gordo, mas, é uma Zorra Total.

E vejam o filme porque ele traz coisas de outros estados e não só do nosso. Ou seja, o potencial de riso é ainda maior. Vejam Maluf, Collor, Eduardo Suplicy, e até o Paulo Skaf. Este último diz que o Alckmin governa sem “tesão”. No passado, eu lembro, ele (o Alckmin) era chamado de “candidato chuchu”, o que agora não é mais usado depois que os torcedores mandaram a Dilma comer a leguminosa nos estádios. Por falar em Dilma, o filme mostra a entrevista que ela deu à TV Globo de uma forma bem humorada. O seja, fazem humor negro, pois aquilo, como diz meu amigo Zezinho, foi um verdadeiro desastre.

E, até onde eu aguentei, sem morrer de rir, ainda tem os outros presidenciáveis, entre eles o Aécio comendo coxinha, e a Marina querendo ir para a Rede enquanto o PSB tenta impedir. E, como sempre, o que todos prometem é “sombra e água fresca”, ou, “Rede e água fresca”, para os mesmos.

Infelizmente, os autores do filme não colocaram a cena da Dilma na cozinha (vejam no Financial Times). Foi uma grande falha, pois  deixaram de mostrar que ela vai para cozinha sem avental e com uma roupa chiquérrima e dizendo: Isto só acontece agora, depois do governo Lula e Dilma. O tal de avental é coisa de pobre, que é uma figura inexistente no Brasil das Maravilhas.

Bem, tenho que parar para que vocês leiam, logo abaixo o longo resumo do roteiro feitos pelos produtores do filme, tão longo que eu os aconselho a pulá-lo e irem direto para o ele. Divirtam-se se puderem.

“A semana marcou o início do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, quase sempre um balde de água fria para o eleitor. Por coincidência, o desafio do balde de gelo virou uma onda na internet com a adesão de personalidades. Políticos como o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) aproveitaram a ocasião e já aderiram à campanha.

As eleições apresentam, mais uma vez, candidatos e propagandas inusitadas. Em busca de outro mandato, o deputado federal Tiririca (PR-SP) chamou a atenção. Ele tomou conta do horário de seu partido na TV e levou ao ar uma paródia de Roberto Carlos, o que deve lhe render um processo do cantor.

Em Alagoas, o senador Fernando Collor (PTB) afirmou na propaganda eleitoral que foi vítima de um golpe parlamentar quando sofreu o impeachment em 1992.

A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, foi entrevistada no Jornal Nacional, da TV Globo. Questionada e interrompida várias vezes pelo jornalista Willian Bonner, ela evitou opinar sobre o processo do mensalão. As participações de Bonner nas entrevistas com os presidenciáveis renderam críticas e brincadeiras, como a de que ele pretende lançar sua candidatura.

O PSB oficializou Marina Silva como candidata a presidente. A decisão já provocou um atrito no partido. Carlos Siqueira deixou a coordenação da campanha do partido e criticou a ex-senadora, dizendo que ela quer mandar na legenda.

Pesquisa Datafolha divulgada na última segunda-feira (18) mostrou Marina com 21% das intenções de voto, contra 20% do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Diante da preocupação dos aliados com o potencial eleitoral da ex-senadora, o tucano pediu a eles que mantenham a calma. Em campanha em São Paulo, o candidato não perdeu a chance de pousar para fotos comendo coxinhas.

Na disputa pelo governo paulista, o empresário Paulo Skaf, candidato pelo PMDB e dono de seis cachorros, afirmou no horário eleitoral gratuito que o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que busca a reeleição, administra o Estado sem garra e sem tesão.

E a semana também teve "Bate-Rebate Eleitoral", promovido pelo UOL Eleições. No debate inusitado, o ator pornô Kid Bengala, candidato a deputado estadual em São Paulo, fez uma proposta picante para a funkeira Mulher Pera, candidata a deputada federal pelo Estado.”


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