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segunda-feira, 18 de maio de 2015

A semana - Sabatina, Roberto Carlos e o dinheiro nas calcinhas




Por Zé Carlos

Esta semana começou com uma sabatina e terminou com as greves de professores. Não o término das greves e sim da semana. No fundo, no fundo, sou um advogado frustrado, porque não sou advogado, como também sou um político frustrado porque não sou político, mas, de frustração em frustração eu findei me interessante pelas matérias, talvez pelos colegas brilhantes que tive nestas áreas. Assim sendo, acompanhei pela TV e outros veículos de comunicação (como é complicado fazer justiça neste país, e olhem que já foi pior, quando não se fazia justiça nenhuma), uma sabatina de um jurista que foi indicado para fazer concurso para o STF: O Luiz Fachin.

Meu primeiro problema foi pronunciar corretamente o nome do cidadão, se fachin, como faxineira, ou fachin como Joaquim. Ouvindo os outros, descobri que o certo era como o Joaquim, não o Joaquim Barbosa, que agora pode falar fora dos autos, e falou bem enquanto falou dentro deles. Eu nunca tinha visto uma confusão tão grande nestas sabatinas. Lembro que assisti à de Dias Toffoli, e lembro que nem perguntaram a ele onde  trabalhou antes. Ou se perguntaram, ele respondeu que foi para o PT, e naquela época, isto era uma informação que alijava qualquer concorrente. Hoje, no entanto, a coisa mudou, se o Fachin dissesse que havia trabalhado para o PT seria logo corrido da sala, sendo tachado de ladrão e incompetente. Afinal de contas, com as lambanças que este partido aprontou, até o Lula, nosso colaborador, pensa a mesma coisa. A diferença entre o mensalão e o petrolão é apenas de valor. Neste último a turma roubou muito mais. A Graça Foster que o diga.

Por falar em Graça Foster, aquela que, no nome, é um graça, pegaram uma fita de uma reunião do Conselho da Petrobrás, onde ela se confessa preocupada com o seu patrimônio e até seu emprego, se alguém soubesse quanto era o rombo, por roubo, nos cofres de nossa ex-grande empresa. Dizem que ela telefonou para a Dilma e disse o tamanho do rombo. Então arrombou-se, foi demitida. Ou seja, o rombo foi de arrombar e, ainda hoje, estão querendo arrombar Dilma por isso. Coitada de nossa musa maior.

Ela, a Dilma, como todos sabem, reina mas não governa. E como uma rainha de fato, ela agora só faz inaugurações e fala para as pessoas que ganham algum trocado e sanduíches de mortadela para aplaudi-la. Quando ela aparece num lugar onde não há controle sobre a plateia, as panelas sofrem. Mesmo assim ela não para de fazer humor, para manter seu vínculo com esta coluna semanal que escrevo. Imaginem, que até em casamento, que ela foi, foi recebida com panelaço. E pensam que ela parou de sorrir? Que nada, continuou fazendo graça, mesmo que a Graça não queira lhe ver mais nem pintada.

E ela, nossa musa do humor, veio inaugurar, pela vigésima vez, um petroleiro aqui em Pernambuco e disse que a Petrobrás ganhou o “Oscar tecnológico”. Ou seja, ela admitiu que o Petrogate é uma obra de ficção e qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência. Que espoquem os fogos, os risos e as panelas. No entanto, se sustentem na cadeira porque tem muito mais.

Relacionado ao filme, no qual o Brasil ganhou o Oscar, citado acima, nesta semana, um dos atores, o Ricardo Pessoa, que faz o papel de um chefão da máfia, nele, resolveu contar tudo à Polícia Federal, para ganhar um prêmio com sua delação. E ele diz que não vai poupar ninguém. Nossa! Então foi por isso que o Lula não enviou nenhuma colaboração à nossa coluna, esta semana. Sentimos sua falta. Dizem que o Ricardo Pessoa molhou a mão de tanta gente nas eleições passadas, que faltou água até no Nordeste. Aliás, a crise hídrica falada, que atinge todo o país, já se suspeita, é consequência da excessiva lavagem de dinheiro. Não há água que chegue.

Tudo isto que falei foi fichinha em relação ao que se passou no Congresso na votação das medidas chamadas do “ajuste fiscal”, que dizem uns, vão prejudicar os trabalhadores, e outros que irão beneficiá-los, pelo menos no longo prazo. Quando eu era economista dizia, junto com um grande economista, que “no longo prazo, todos estaremos mortos”, hoje eu já digo, que independente do prazo, estamos quase todos mortos, menos quem roubou a Petrobrás. E para constatar isto, bastou ver a votação destas medidas, os ajustes do Levy, o Tristonho (obrigado, Zezinho), para saber o quiproquó que se armou. O plenário da Câmara Federal parecia mais um circo mambembe com momentos de estádio de futebol, quando se grita “juiz ladrão”, e momentos de cabaré, quando um cara nas galerias baixou as calças e mostrou a bunda. Eu pensei que ele iria evacuar nos deputados, e talvez, para evitar isto o presidente o Eduardo Cunha, mandou evacuar as galerias.

E se vocês pensam que o triúnviro Eduardo Cunha tem medo de cocô, vejam, lá embaixo, o filme do UOL deste semana, onde ele toca bateria. Que horror! E já que entrei nos comentários sobre o filme desta semana, ele foi quase totalmente dedicado a Roberto Carlos e às suas amantes cor de rosa. A doleira Nelma Kodama, num depoimento à CPI do Petrolão, para dizer que era muito amigo do Alberto Youssef, resolveu cantar a música do Rei da Jovem Guarda, “Amada Amante”. Foi um espetáculo tão deprimente que, com justiça, virou filme de humor. E, como se não bastasse, ela, que foi pega no aeroporto com 200 mil euros nas calcinhas, decidiu negar o fato de que não foi nas calcinhas e sim nos bolsos da bunda, que colocou o dinheiro. Vejam no filme que os deputados pensaram que ela iria tirar as calcinhas para comprovar o fato, mostrando que usa fio dental e, portanto, não caberiam tantas notas, e quase tamparam os olhos. Mas, ela não chegou às vias de fato, para desilusão do público presente.

Aliás, esta história de carregar dinheiro nas peças de roupa íntima já é epidêmico aqui no Brasil. Com o capitalismo em que vivemos brevemente aparecerão camelôs vendendo calcinhas e cuecas com bolsos. Ou seja, o PT, como na criação das tomadas elétricas únicas no mundo, lançou a moda de dinheiro na cueca, e, não sei se a Nelma é do PT, mas, lançou agora a do dinheiro nas calcinhas. Não morram de riso ainda porque tem mais no filme, que apesar de curto, tem muitas músicas.

Vejam abaixo o resumo do roteiro do filme, dos produtores do UOL e vejam o filme abaixo, sempre lembrando que por traz de uma criança tem sempre um cachorro, como disse nossa protagonista, a Dilma, e em sua frente tem um mundo, que esperamos seja melhor do que o que temos.

“A doleira Nelma Kodama, condenada a 18 anos de prisão em ação da Operação Lava Jato, surpreendeu durante depoimento prestado à CPI da Petrobras na última terça-feira (12). Ao comentar sua relação com o doleiro Alberto Youssef, ela resolveu cantar a música “Amada Amante”, de Roberto Carlos. Além de transformar a sessão em um programa de calouros, Nelma decidiu explicar melhor onde carregava dinheiro quando foi presa com 200 mil euros pela Polícia Federal no ano passado. Foi um bundalelê na CPI.

E o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se arriscou a tentar mostrar que sabe tocar bateria durante o programa “Mariana Godoy Entrevista”, da “Rede TV!”. Quanto vale o show?”


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