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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Temos que ser complacentes com o fracasso anunciado?




Por Zezinho de Caetés

Em meio ao turbilhão de CPIs que assola nosso país e a briga de gato e rato entre oposição e situação para ver quem investiga mais, o imortal Merval Pereira, escreveu, semana passado em O Globo (10/04/2014), um texto que merece ser lido e comentado. Quando vi o título – “Fracasso anunciado”, vi logo que se referia a alguma coisa relacionada com o PT e este governo que o Eduardo não aguenta mais, e não deu outra. Como o reproduzo abaixo, vou me ater aos meus raciocínios sem entrar em detalhes do texto, mesmo porque ainda não tenha lido o livro citado, embora o farei assim que possível, porque o tema me interessa, e muito.

No fundo, no fundo, o que os autores citados pelo imortal tentam explicar é simples e complicado ao mesmo tempo. Explico para não acharem que eu estou maluco. Eles tentam responder à pergunta: Por que o Brasil cresce menos do que aquilo que pode? Eles, logo no título usam a palavra “Complacência”. Bingo, eis ai toda a resposta para a pergunta que parece difícil. Não se pode governar um país sendo complacente, e mais do que isto, fazer como o PT cuja complacência teve apenas a finalidade de permanecer no poder. O “Lulinha paz e amor” começou tudo. Durante seu governo houve a bonança, pelos bons ventos da economia mundial e sua decisão de seguir a política macroeconômica de FHC,  produzindo alguns avanços na economia brasileira, principalmente, em termos de inclusão social, mesmo sem o alarde que é feito pela Mãe do PAC, de que o Brasil já acabou com a miséria. Durante este período, não foi feito mais nada, a não ser usufruir da situação para eleger-se pela segunda vez e eleger o poste que hoje se encontra com a luz quase apagando no Planalto.

E foi o poste que pegou a herança maldita, e o que é pior, não fez nada para sustar o desastre que todos esperavam que era a volta da inflação e o baixo crescimento econômico, que, se continuar seu governo vai ficar conhecido como o da exclusão social, e ficaremos esperando outro FHC, com coragem para fazer as reformas necessárias e debelar outra vez a inflação, preparando o Brasil para ser novamente o país do futuro.

Vocês lerão abaixo que um dos grandes problemas a enfrentar é a questão da educação, pois chegamos ao fim de 12 anos de PT, na rabeira de todos os exames internacionais, e sendo este setor o grande responsável pela baixa produtividade no período recente. O que este governo fez a mais nos últimos 10 anos, o fez dentro do padrão Dilma de qualidade, que é péssimo. Ficamos na rabeira até na própria América Latina. E, como comentamos antes, até para cuidar de nossa saúde temos que importar médicos cubanos em regime de escravidão. Em suma, não estamos preparados para continuar no século XXI como um país que utiliza todo seu potencial por erros de política econômica, e por uma ideologia caquética de endeusamento do Estado, este monstro que vem crescendo apenas, para melhorar a vida de alguns nas extremidades de renda: os muito ricos, para darem propinas e financiar campanhas, e os mais pobres, para votarem em postes apagados, enquanto a classe média definha para custear tudo isto através dos impostos escorchantes.

Em suma, e vejam os dados do texto abaixo, o que devemos temer não é o país durante a copa, e sim dizer: imagine depois dela. E, que Deus nos livre e guarde, se o PT continuar no poder, para onde iremos? Eu só estou vendo, por hora, um bando de vacas indo para o brejo, se isto acontecer. Embora eu saiba, e todos que entendem um pouco além da propaganda do governo, que qualquer que seja o nosso próximo presidente, a coisa não será fácil. Colocar este país de volta nos trilhos depois do descarrilhamento  provocado pela Mãe do PAC, não vai ser fácil. Aliás, vocês acham que uma pessoa que diz o que ela diz nos vídeo abaixo, pode pelo menos salvar uma vaca de ir para o brejo? Imagine um país!

Fiquem com o filme que encontrei nas minhas andanças pelo blog e depois leiam o imortal, juntem as duas coisas e vejam porque o título do seu texto é “Fracasso anunciado” (o vídeo não faz parte do texto do Merval Pereira).



“Em ano eleitoral, em que a diferença entre a percepção e a realidade se amplia muito devido à disputa política, há pouco espaço para uma análise mais profunda acerca das limitações do modelo econômico vigente, embora elas possam estar apontando para épocas futuras mais sombrias. É por essa razão, e com visão crítica, que os economistas Fabio Giambiagi e Alexandre Schwartsman escreveram o livro “Complacência — Entenda por que o Brasil cresce menos do que pode”, publicado pela editora Campus, lançado esta semana.

Um exemplo para ser pessimista: na última década, a taxa anual média de crescimento da economia brasileira foi de 3,5%. Nesse mesmo período, as taxas médias de Chile, Colômbia e Peru foram de 4,6 %, 4,7 % e 6,4%, respectivamente, enquanto o vizinho Uruguai cresceu 5,1 % ao ano. É bem possível que, ao fim do mandato da presidente Dilma, a taxa média dos quatro anos mal chegue a 2%.

Os economistas mostram que um conjunto de fatores contribuiu para o êxito das políticas oficiais após 2003, sobretudo a relação entre preços das exportações e das importações, baixas taxas de juros internacionais, taxa de câmbio e os excepcionais dados do emprego, fatores que os economistas denominam de “quadrado mágico”.

“Até o começo da atual década, vivemos a ‘fase fácil’ e, para crescer, bastava injetar demanda na economia. Mas era algo que cedo ou tarde iria acabar. O fracasso do modelo adotado, após a fase da bonança mundial, estava anunciado”, diz Giambiagi.

Com o início da “etapa difícil”, quando foi necessário expandir a capacidade de oferta, o governo falhou, na visão dos autores. Dessa forma, a poupança doméstica se manteve baixa, incapaz de financiar o investimento requerido, e tivemos o que chamam de “risível crescimento da produtividade”: apenas 1% ao ano entre 2001 e 2011. Na China, no mesmo período o crescimento da produtividade foi de 9,9% e na Índia, 6,4%.

“O fato é que a maior parte dos países está se preparando com afinco para um mundo de muita competitividade, mas o Brasil está deixando a desejar”, alertam os economistas, para quem as contas da política econômica da última década estão chegando. Para eles, um dos mais urgentes problemas a ser solucionado é a escassez de mão de obra qualificada, através do esforço educacional.

O grupo de pessoas que está no mercado de trabalho, a chamada população economicamente ativa, cresce a taxas cada vez menores. “A pirâmide etária brasileira sofrerá uma alteração dramática nas próximas três décadas e meia”, relata Giambiagi. “Em razão do peso da questão demográfica e dos resultados do país no campo da Educação, a tendência à baixa produtividade se manterá, representando um constrangimento sério para o crescimento econômico futuro do país”.

A Índia e a China massificaram o envio de alunos a universidades internacionais. Na Coreia do Sul, 64 % da geração entre 25 a 34 anos se formou em universidade (dados de 2011), representando um ganho de 51 pontos percentuais em relação à geração mais velha com idade entre 55 a 64 anos — que contabiliza 13% de pessoas com curso superior.

No caso do Brasil, onde apenas 9% da geração com idade entre 55 a 64 anos tem curso superior, a atual proporção de 13 % de pessoas com formação superior na geração de 25 a 34 anos revela um incremento de modestos quatro pontos percentuais, e representa três vezes menos que a taxa do Chile (41%) e quase quatro vezes menos que a taxa da Rússia (56%).

Os autores destacam que a proporção de alunos que conclui o ensino médio é muito baixa em termos comparativos, não só em relação aos países mais avançados, como em relação a outras economias emergentes. Enquanto no Brasil apenas seis de cada dez pessoas na faixa de 25 a 34 anos concluíram o ensino médio, no Chile essa proporção é de nove de cada dez pessoas.


Para retomar o crescimento sustentado com vistas a ganhos de competitividade, eficiência e produtividade, para substituir o “quadrado mágico”, que já não existe, Giambiagi e Schwartsman sugerem o “pentágono virtuoso”, representado pela ênfase em i) competição; ii) poupança; iii) infraestrutura; iv) gasto público eficiente; e v) investimento em Educação. E ressaltam que o roteiro de reformas precisa ser complementado.”

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