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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Os Sarneys, outros bandidos e o pum do cachorro




Por Zezinho de Caetés

Eu fiquei estupefato quando li esta semana o que ocorreu, e está ocorrendo, no Maranhão. Seguindo ainda meu estilo de comentar um texto, o qual também transcrevo, eu procurei na mídia, algo que se referisse ao triste episódio de mais de 70 mortos nas prisões de lá, cuja chefe é Roseana Sarney. Foi um verdadeiro horror, inclusive com uma menina de 6 anos sendo morta, incendiada, sem dó nem piedade, por bandidos soltos que receberam ordens dos bandidos presos.

Até o momento que escrevo, depois de ler até reclamações da Anistia Internacional e de vários órgãos defensores dos direitos humanos, não vi nenhuma declaração de condenação à atitude bandida, por parte de nossa presidenta. Dizem que ela tomou providências enviando para o Maranhão o seu ministro da justiça, que chegou lá mudo e saiu calado. E, pasmem, vejam o que declarou a governadora do Maranhão supra citada e filha do político mais matreiro de que este país tem notícia, que é o Zé Sarney.

“O Maranhão está atraindo empresas e investimentos. Um dos problemas que está piorando a segurança é que o Estado está mais rico, o que aumenta o número de habitantes”.

Com esta declaração não se pode dizer que ela não aprendeu com o outro político matreiro, que não ganha de Sarney o concurso de mais matreiro devido à idade, o meu conterrâneo Lula. Este, já inventou esta moda faz tempo. Lembram a causa das manifestações de ruas no ano passado que ele encontrou? “O  Brasil ficou mais rico”. Ou seja, é a nova versão da “medida do ter nunca se encheu”, frase que tanto ouvi lá em nossa Caetés.

Depois de 50 anos de dominação dos Sarneys, o Maranhão ficou tão rico que está atraindo bandidos para suas prisões, e os que ficam nas ruas (embora o Zé Sarney tenha dito que nas ruas de São Luiz era um silêncio e uma paz totais) queimam ônibus e matam inocentes.

A pergunta que não quer calar é: “Por que a presidenta não falou nada?”. Seria difícil de se responder se ela não fosse do PT. Por acaso o Lula já se manifestou sobre a Rosemary Noronha, mesmo que fosse sem os detalhes sórdidos? Claro que não! Sendo o PT no poder, pois hoje no Maranhão os partidos se confundem todos, em torno dos Sarneys, é fácil de explicar: A campanha que já começara há 2 anos agora começou para valer, e daí vem o título do artigo do Sandro Vaia (Blog do Noblat – 10/01/2014) que é: “Abaixa que aí vem lama”.

E é com esta lama suja que o PT já tentou atingir o Eduardo Campos através das redes sociais. A partir de agora, não há detergente que limpe este Brasil político. Vem sujeira das grossas em dossiês apócrifos, que só os petistas aguentam a catinga. Eu nem arriscaria dizer que tudo o que for publicado e dito é verdade ou não, mas, que vai feder, isto vai.

Fiquem com o texto do Vaia que é um bálsamo para começar a presenciar tantas sujeiras, sem ser surpreendido, e pensar que foi o cachorro que deu um pum. No mais só resta rezar para que o fedor do pum do cachorro não invada o Brasil ao ponto do país perder a Copa.

“Mal os reis magos terminaram a sua tarefa de entregar ouro, incenso e mirra ao menino recém-nascido, o que marca para o calendário gregoriano de nossas atribulações o início efetivo de um longo ano de trabalho, futebol e eleições, a pax natalina dá lugar às primeiras escaramuças de guerra.

Não vamos incomodar a nobre família Sarney, que conduz os destinos do Maranhão há quase 50 anos, lembrando coisas desagradáveis como a chacina dos presídios ou o ataque incendiário a um ônibus que matou uma menina de 6 anos.

O octogenário patriarca acha até louvável que a governadora - sua filhota - tenha conseguido circunscrever a violência às paredes internas dos presídios, enquanto ela se incomodou mais com a notícia do fato do que com o fato em si. São agruras, sim, mas nada que 80 quilos de lagosta ou 1.500 de camarão fresco não amenizem.

Mas não era a nobre família Sarney que queríamos incomodar. O período pós-reis magos serviu para registrar o clima em que a campanha eleitoral promete descambar, entre um gol de Neymar e outro, na épica busca por mais uma Copa -- que acontecerá com ou sem os pitos de Joseph Blatter.

Os enternecedores olhos verdes do companheiro governador de Pernambuco, neto do lendário Miguel Arraes, subitamente se tornaram opacos, aquele seu sorriso franco ganhou um esgar de falsidade e aquele seu espírito de realizador, na verdade não passava do cínico oportunismo de um aproveitador mal agradecido, que ganhou todos os mimos do papai presidente e da mamãe presidenta, mas cuspiu no prato em que comeu.

Eduardo Campos cometeu o maior dos pecados que pode cometer um tutelado do poder: anunciou a sua intenção de tentar a sua carreira solo, de candidatar-se à presidência da República fora do regaço paterno, deu uma guinada à direita, transformou-se em instrumento da burguesia e não passarão nem 7 dias nem 7 noites para tornar-se, pasmem todos , num coxinha reaça, que é o maior e mais profundo dos insultos que o novo dicionário ideológico pós marxista foi capaz de produzir neste começo de século.

Um texto de autor anônimo - tão anônimo que nem o presidente do partido sabe quem é o autor - publicado no site do PT já ensinou ao dissidente atrevido com que tipo de gentileza é que se devem ser tratados os aliados quando se dão ao luxo de dissentir.

O texto chamou o governador de Pernambuco de “tolo”, de ingrato (adivinhem a quem ele deve tudo o que ele é?) e comemora o fato de seu histórico avô não estar vivo para presenciar tanta torpeza e traição, como essa de querer seguir seu próprio caminho.


Além da danação do fogo eterno a que condena o desertor, o texto, que Campos chamou de “ataque covarde”, antecipa as fortes emoções que o alto nível e a delicadeza do debate programático sobre os problemas brasileiros nos proporcionará na campanha eleitoral de 2014.”

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