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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Espiritismo na prática cotidiana.




Por Carlos Sena (*)
  
A gente, no afã de compreender certas situações a respeito de pessoas que nos fizeram algum mal, ou nos proporcionaram desconforto, costuma dizer coisas mais ou menos assim:

O mal por si destrói.
Nada como um dia atrás do outro.
Quem planta vento colhe sempre tempestade.
Quem cospe para cima corre o risco de receber cuspe no próprio rosto.
Vingança é um prato que se come frio.
Enquanto meus males forem velhos os seus serão novos.
Espero a lei do retorno.
Não se sabe o dia de amanhã.
Etc.

Fato é que a humanidade, diante das tentações e das seduções proporcionadas pela sociedade de consumo, pelo capitalismo especialmente, tem deixado de compreender como deve, os princípios doutrinários espiritista. Não defendemos que alguém seja espirita ou que deixe sua religião pra sê-lo. Religião é uma coisa, espiritualidade outra, e espiritismo mais outra. No nosso entendimento, uma pessoa que se diga espirita Cardecista (principalmente), contém em si princípios espirituais e espiritistas. Contudo, independente de qualquer segmento de crença, estar ligado com DEUS (com aspas ou sem) é fundamental para conviver num mundo tão cheio de provas e contraprovas. Um mundo em que o dinheiro dá as ordens e subverte a ética das pessoas em casa, na rua e na vida. No fundo, todos sabem que não há na terra vida eterna. Mas, pode haver vida terna. Vida com solidariedade e dentro dos princípios cristãos que tanto o espiritismo quando outras religiões praticam. Nesse bojo de evidencias, o mundo vem, muitas vezes maltratando pessoas sob diversas formas, via assédio moral, humilhações, etc.

Gradativamente as pessoas vão vendo que “caixão não tem gavetas” e, aos poucos, já há quem se preocupe mais com o outro e com os processos de melhoria interiores. Perdoar é um dos principais fatores que denotam quando um ser humano está se melhorando. Penso que o ato do PERDÃO pode ser esse diapasão que mede o grau de evolução interior de alguém diante da vida. Assim, enquanto a grande maioria ainda não se desprende das convicções mais imediatistas, normalmente se alimentam dos ditados populares acima enumerados. Certamente que há razão de sobra neles e que eles, de fato, são uma resposta. Mas, o principal é saber que são respostas da emanadas da lágica CAUSA E EFEITO que a energia cósmica espiritual libera e coordena e emana para que nós, humanos possamos compreender. Uns compreendem-nas com mais rapidez que outros. Mas, todos, certamente um dia irão ter a certeza de que a LEI DO RETORNO existe, não por conta do mal que nos fizeram certas pessoas, mas do mal que elas próprias fizeram a si mesmas, utilizando outras pessoas nesse fim.

O espiritismo é uma doutrina quieta, silenciosa. Não faz alarde. Não vive na mídia, não faz corrente disso nem daquilo. Não faz ação que a divulgue como salvadora ou como verdade absoluta. A doutrina espírita mostra o homem como caminheiro. Como passageiro da mesma caminhada da vida. Do mesmo “trem” do existir que tem inicio, meio e fim em si mesmo. Só nos resta descobrir o caminho, pois afinal, “a casa do Pai tem várias moradas”...

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(*) Publicado no Recanto de Letras em 21/10/2013

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