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quinta-feira, 5 de abril de 2018

"Data venia..."





“Lula, rifado de vez das urnas de outubro

POR LAURO JARDIM

Ficha-suja, Lula já havia sido rifado das urnas de outubro. Ontem, o Supremo Tribunal Federal o tirou da campanha eleitoral. Ao menos da campanha clássica, aquela que se faz nas ruas, aquela em que ele andaria pelo país insistindo em sua candidatura enquanto o TSE permitisse ou apoiando algum nome da esquerda.

Agora, o Brasil assistirá a uma cena insólita. O líder político mais popular do país, primeiro lugar inconteste de todas as pesquisas para a Presidência da República, vai soltar sua voz diretamente da prisão no Paraná.

Ainda que seja um reconhecido craque da vitimização, como vai usar a sua condição de preso para ajudar o PT a ter um bom desempenho nas urnas? A campanha presidencial ganha agora, portanto, uma nova cara.

Difícil imaginar que, por maior que seja o seu carisma, Lula poderá dar seu recado às massas a partir da cadeia. Sua poderosa voz não se ouvirá mais. E os petistas que estão do lado de fora da prisão não são (e nem serão) ouvidos pelo povo como ex-presidente é.

Sua condenação, em janeiro, não foi um golpe mortal em sua popularidade. As pesquisas feitas depois daquele julgamento mostraram ele mantinha os cerca de 35% de intenção de votos. Mas agora ele será encarcerado. Tudo muda de figura.

Lula não se tornará irrelevante eleitoralmente por estar preso. Mas ficará obrigatoriamente menor. Até porque seus adversários terão mais facilidade para desconstruí-lo. E o seu eleitorado, ainda que não o abandone imediatamente, tende a tomar outros rumos quando a campanha de fato se iniciar.

Sua capacidade de mobilizar as massas está meio desmoralizada. Foi duas vezes depor em Curitiba no ano passado. Petistas (e até adversários, reconheça-se) esperavam um mar de gente. Nada aconteceu.

No julgamento do dia 24 de janeiro, nada expressivo novamente. Sobraram apenas as já folclóricas ameaças de incendiar o país feitas por João Pedro Stédile. Lula tem, sim, ninguém duvide, eleitores como nenhum outro líder político brasileiro tem. Mas não é uma turma disposta, pelo que se viu até agora, a parar o país para defendê-lo.

Qual é o discurso possível de alguém condenado a doze anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro?

Lula e os petistas podem falar em injustiça até gastar todas as cordas vocais. Sua condenação, porém, foi unânime e com "provas fora de qualquer dúvida razoável", como destacou o desembargador gaúcho Leandro Paulsen, do TRF-4. Recorreu em todas as instâncias e perdeu em todas. Como deixá-lo solto? Só se ele fosse um brasileiro acima das leis. O STF mostrou que não é.”

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AGD comenta:

Hoje a imprensa está prenhe de artigos sobre a futura prisão do Lula. Eu escolhi para vocês lerem o texto acima, do Lauro Jardim, por ser “curto e grosso”, como merece o Lula.

Não se trata aqui de se vangloriar com o sofrimento alheio mas sim festejar a vitória do Brasil sobre um partido político que só trouxe desunião entre os brasileiros. Foram longos e longos anos de mistificação de “defesa do pobre” enquanto eles ficaram ricos. Agora o chefe da quadrilha será preso.

Foi uma noitada em frente da TV sem entender quase nada, pelo excesso de “juridiquês”, quase só entendendo e tentando interpretar o que seria “data venia”. Mas, valeu a pena, pois a justiça triunfou e agora temos certeza que tudo será um pouco melhor.

Não será fácil. Este país foi quase destruído pelo simplório “nós contra eles”, que ganha votos mas não produz eficiência. Agora será “nós com nós mesmos” o mote para sobreviver no pós-Lula.

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