Em manutenção!!!

segunda-feira, 11 de julho de 2016

A semana - As lágrimas do Cunha, Dilma na Comissão de Impeachment e o Judiciário caça bonecos...




Por Zé Carlos

Começarei este texto, sobre a semana que passou, chorando. Tristeza? Não! Porque, talvez tenha leitor que só resista a este primeiro parágrafo, pois ela foi uma semana histórica para o humor brasileiro: A semana que o Cunha chorou. E esclareço, começo chorando, de tanto rir. Mas, da mesma forma que os “brutos também amam” por que não pode um brutamontes da política chorar? Soube que a frase mais vista nas redes sociais, ou, como dizem os iniciados, o “top trend”, foi: “lágrimas de crocodilo”. E uma de minhas tarefas iniciais é tirar minha dúvida sobre o que realmente significa esta expressão. Sigamos.

Ora, todos sabem que no dicionário, “lágrimas de crocodilo” significa um choro hipócrita, ou lágrimas fingidas. Porém, perguntar-me-ão (como diria o Temer), o que os pobrezinhos dos crocodilos têm a ver com isto? Depois de uma pesquisa intensa, nas bibliotecas, Gabinete Português de Leitura, entrevistas com crocodilos no Rio Capibaribe e outros locais de pesquisa encontrei o seguinte:

“Esta expressão surgiu a partir da observação do comportamento dos crocodilos na natureza.
Esses répteis, ao capturar uma presa, mordem-na com tanta força e comem-na sem mastigar, engolindo-a inteira. Para isso, precisam abrir muito a boca, fazendo com que a sua mandíbula comprima as glândulas lacrimais, fazendo-o lacrimejar. Assim, o crocodilo parece chorar sempre que está devorando a sua caça. A expressão surge da ideia do crocodilo aparentar chorar pela morte de sua caça, quando na verdade só está tentando saboreá-la o mais rápido possível. As lágrimas são mecânicas, ou seja, com total ausência de emoções ou sentimentos.
Uma pessoa que chora “lágrimas de crocodilo” é tida como hipócrita e aproveitadora, pois tenta ganhar a confiança das pessoas fazendo de conta que se importa com os problemas alheios, como se fosse um indivíduo altruísta, quando na verdade só está a pensar em si mesmo (egoísta).”

Para quem chegou até aqui, já viu que nossa coluna semanal, além de ser de humor, está agora se tornando de “informações culturais”, exigindo até pesquisas caras e cansativas. E vejam a exatidão dos resultados da pesquisa, quando lembramos quem foi a caça do Cunha. Releiam o texto, para justificar o custo da pesquisa e substituam o termo “caça” por Dilma. Nada mais adequado para contar a história do choro do Cunha. Afinal de contas, a coluna desde já agradece ao crocodilo Cunha, por ter pego a caça certa, pois se sabe se não fosse ele, não teríamos a esperança de ver a Dilma, nossa musa, aqui na coluna, direto de Porto Alegre, em tempo integral, devido ao seu quase certo impeachment. Aliás, com o show que o Cunha deu na Câmara, no momento de sua renúncia, ele também será convidado para integrar os nossos quadros. Só contar de forma original a grande piada da Dilma, dizendo que era honesto “até debaixo d’água”, já nos fez bolar de rir.

E a Dilma, nossa musa, inovou, como sempre faz em matéria de humor, e resolveu não comparecer pessoalmente na Comissão Especial de Impeachment (CEI), dizem, porque não queria competir com os grandes humoristas lá existentes. Apenas entregou ao JECa, como chamamos aqui o advogado José Eduardo Cardoso, o script do show que foi por ele lido, com todos os trejeitos que lhes são peculiares. Aliás, com ele, começamos a rir desde quando ele diz: “pela ordem, presidente!”, porque se sabe que já vem lorota. Mas, mesmo se não fosse a performance do JECa, o texto da Dilma foi impagável. Foram quase uma centena de páginas de puro e dilmesco humor, ao ponto de não poder frustrar meus parcos leitores, se não citar algumas de suas piadas aqui. Segurem-se na cadeira, e lá vamos nós:

“Imaginar-se, em sã consciência, que um Presidente da República, comandando política e administrativamente o Poder Executivo, ou seja, dirigindo uma gigantesca máquina administrativa constituída de centenas de milhares de servidores, deva possuir um dever gerencial específico sobre o momento em que devem ser pagos os montantes de um determinado programa, é um rematado absurdo.”

Vejam a sutileza, a leveza de estilo, o didatismo em termos de humor. Claro que houve uma ajudazinha do JECa na redação, talvez para não deixá-la falar no seu idioma natural, o Dilmês, como forma de preservar a integridade das cordas hilariantes dos presentes. O que na realidade ela quis dizer foi apenas que presidente é para presidir e não para ficar fazendo conta do que se deve no supermercado. Então, supermercados de Porta Alegre, para onde ela breve se deslocará, fiquem com as barbas de molho. Mas, sigamos:

“O que mais dói é perceber que estou sendo vítima de uma farsa jurídica e política”

Claro que ela estava se referindo ao bote do crocodilo Cunha e isto se torna explícito no trecho a seguir:

“Desde a sua abertura pelo Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, as razões reais e a finalidade objetiva que movem este processo de impeachment são absolutamente claras. Várias forças políticas viam e continuam a ver, a minha postura de não intervir ou de não obstar as investigações realizadas pela operação “Lava Jato”, como algo que colocava em risco setores da “classe política” brasileira”.

Então não resta nenhuma dúvida, o grande show na CEI, foi, nada mais nada menos, do que o efeito das lágrimas de crocodilo do Cunha. E ela continua se referindo a ele:

“É por ter repelido a chantagem que estou sendo julgada. Este processo de impeachment somente existe por eu ter rechaçado o assédio de chantagistas.”

No entanto, nem só de Dilma e Cunha viveu a semana que passou. Apesar deles terem feito show impagáveis e cruéis para os nossos leitores, que também estão soltando suas lágrimas de tanto rir, vamos em frente, que atrás vem o marido da Luiza Brunet, que, coitada, apareceu com o olho roxo de uma pisa que levou dele.

E pasmem, o Secretário de Segurança do STF, mandou prender e arrebentar os bonecos que representavam o Rodrigo Janot e o Ricardo Lewandowski, figuras maiores da Justiça Brasileira. Eram o Enganô e o Petralowski. E vejam como o referido senhor secretário, em toda sua capacidade de fazer humor, justificou o ato:

“[Enganô e Petralowski] Configuram, ademais, intolerável atentado à honra do Chefe desse Poder e, em consequência, à própria dignidade da Justiça Brasileira, extrapolando, em muito, a liberdade de expressão que o texto constitucional garante a todos os cidadãos, quando mais não seja, por consubstanciarem em tese, incitação à prática de crimes e à insubordinação em face de duas das mais altas autoridades do país.”

Meu Deus, quando eu penso o que vai ser do carnaval de Olinda, se isto se tornar moda, quase que faço igual ao Cunha, indo às lágrimas. Ou seja, seria trágico se não fosse muito cômico. Agora, vamos mandar a Operação Lava Jato investigar quem são os bonecos de Olinda. Ora, se formos imaginar a quantidade de bonecos que já passaram pelas ruas deste país como fiéis representantes de Lula, Dilma, Maluf, Toffoli, Sérgio Moro, Pedro de Lara e tantos outros, onde a referida autoridade vai encontrar gente para prender todos eles? Isto só pode ser gente que está querendo aparecer para ver se eu convido para colaborar com esta coluna. É muita capacidade humorística que temos neste Brasil.

E termino a semana com uma das maiores humoristas que este país já produziu, e que tem o respeito até do Lula e da Dilma na matéria: A Marilena Chauí. Vou só resumir o que ela disse antes só para contextualizar:

“Eu odeio a classe média. A classe média é o atraso de vida. A classe média é estupidez. É o que tem de mais reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista. A classe média é uma abominação política, porque ela é fascista, uma abominação ética, porque ela é violenta, e ela é uma abominação cognitiva, porque ela é ignorante.”

Ora, pode-se não gostar da classe média. É um direito da filósofa do PT. No entanto, o que nos faz rir é ver o Lula ouvindo isto e rindo, quando ele se vangloria de ter colocado todo pobre na classe média no Brasil. Menos ele, é claro, que, apesar de não saber, tem sítios e apartamentos em todo canto. Isto, eu diria se fosse levar a sério a Marilena Chauí, quando sei que ela não passa da pândega das pândegas. Neste ponto, a Dilma, nossa musa, tem uma inveja dela que se pela.

Mas, foi na semana passado, que a filósofa humorista mostrou sua verve humorista quando disse que o Sérgio Moro era uma invenção do FBI, aquela polícia americana, que vive permanentemente trabalhando na  Operação Lava Jato, pois lá ela é permanente. Não repetirei aqui a piada, porque só um filme pode captar toda a capacidade de humor desta mulher. Sem sombra de dúvida enviarei convite para ela também vir para a coluna. (Vejam os filmes abaixo, com trechos de seus shows e vejam se eu não tenho razão).

E dizem que o Lula agora voltou a Brasília e continua fazendo seus shows privados no Hotel Golden Tullip. Ele está recebendo todos os senadores e propondo uma barganha incrível. Àqueles que votarem contra o impeachment da Dilma, ele promete contar uma semana de suas piadas impagáveis, e sem repetir a mais famosa “eu não sabia”. Ele diz que, pelo menos 60 senadores já aceitaram a barganha. O grande problema é que os senadores que passam por lá vão direto para o Jaburu onde o Temer promete fazer a mesma coisa, só que lhes promete 2 anos de piada, até 2018. E pelas suas contas, 60 votarão a favor do impeachment. Até agora não se sabe quem vencerá e vamos ter que esperar até agosto, para saber quem rir por último.

Fiquem agora com o show da Marilena, que eu vou para o aniversário do meu neto, a quem eu desejo um Brasil mais risonho do que o atual, no bom sentido, é claro!





Nenhum comentário:

Postar um comentário