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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Estou voltando...




Por Zezinho de Caetés

Depois de um tempo, durante o qual perambulei por aí, a esmo, pois não tenho um sítio bom como o do meu conterrâneo Lula, lá em Atibaia, volto a este blog, por não aguentar mais o Recordar é Viver que o Zé Carlos inventou, para, sem dor de consciência, ficar brincando com seus netos enquanto o mundo caía.

Bem, assunto, neste país e neste mundo conturbado não me falta. O grande problema é que os outros escrevem antes sobre tudo e me deixam na mão, como se dizia lá no interior. E eu estou igual ao Lula, ao dizer que não sabia de nada, sem muita criatividade.

No entanto, o importante é voltar e participar deste vespeiro em que o PT tornou este país que era abençoado por Deus, antes do Papa Francisco, o argentino, assumir, e  bonito por natureza, antes do desastre de Mariana.

Minha grande dúvida hoje, antes de escrever, era se divulgaria ou não um carta que recebi do Lula, dizendo que estava me escrevendo porque hoje eu sou o único Zé com quem ele pode se comunicar, por que o outro Zé, o Dirceu, não está mais respondendo as cartas dele.

Coitado, ele está desolado com as injustiças que estão cometendo contra ele e fala de tudo, inclusive de sua vontade de voltar para Caetés, pedindo que eu interceda junto ao Rafael Brasil, para que ele volte para aquela casinha pequenina onde nasceu, e diz que não faz nem questão de assumir sua cadeira na Academia Caeteense de Letras. O importante é que o deixassem ficar na cidade.

Eu não sou um homem fraco e nem muito piedoso, confesso. Entretanto, a carta é tão bonita pela sua simplicidade que fiquei com peninha dele. Certamente, não foi ele que a escreveu. Talvez a tenha ditado porque o português está impecável. Deve ter sido o Gilberto Carvalho ou mesmo o Jacques Wagner.

Mas, já estou revelando demais da carta que eu não sei se publique ou não. Fica para depois, pois  como diz a bela música:

“Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu tô voltando...”

Para não perder o vício, eu os deixo com o Ricardo Noblat, num texto desta semana, sobre o Lula, chamado: “Caiu a máscara de Lula”. Coitado, “em cima de queda, coice”. Depois ouçam a Simone para anuviar a situação.

“Sabe qual é a surpresa que nos reserva a defesa de Lula no caso do sítio de Atibaia, reformado gentilmente para ele pelas construtoras OAS e Odebrecht, ambas envolvidas na roubalheira da Petrobras?

Fernando Bittar, um dos supostos donos do sítio, dirá que o sítio de fato lhe pertence, e também ao empresário Jonas Suassuna, sócio em outro negócio de Fábio Luiz, filho mais velho de Lula.

Surpresa haveria se Fernando dissesse que o sítio é de Lula, e que ele e Jonas não passam de “laranjas”.

A Lava-Jato e o Ministério Público de São Paulo investigam se o registro de propriedade do sítio em nome de Fernando e de Jonas foi uma manobra de Lula para ocultar patrimônio.

É isso o que parece, sugerem a lógica mais elementar e os indícios reunidos até aqui.

Oficialmente, o sítio foi comprado por Fernando e Jonas dois meses antes de Lula transferir para Dilma a faixa presidencial. Um dos advogados de Lula analisou a escritura registrada em cartório.

Parte dos bens acumulados por Lula enquanto governou o país foi entregue no sítio em no dia oito de janeiro de 2011. Eram cerca de 200 caixas, entre elas 37 com bebidas.

José Carlos Bumlai, amigo de Lula, hoje preso pela Lava-Jato, cuidou da reforma do sítio. Que começou a ser feita quando o sítio foi comprado no final de 2010?

Não. Começou muitos meses antes.

Marisa, mulher de Lula, visitou a obra. Reclamou de atrasos. E foi aí que entraram em cena as construtoras amigas do seu marido. Elas gastaram um bom dinheiro com a reforma.

Por que gastariam se o sítio fosse apenas de Fernando e Jonas? Para que Lula, mais tarde, o recomprasse sem que ninguém soubesse que ele fora reformado de graça por construtoras premiadas com contratos milionários durante os seus dois governos?

Ou por que a OAS e a Odebrecht, comovidas com a pregação do Papa Francisco, decidiram, meio que de repente, fazer caridade?

Ao longo dos últimos quatro anos, seguranças de Lula estiveram no sítio 111 vezes pelo menos. Razoável imaginar que acompanhassem a família Lula da Silva.

Amigos do clã, assíduos frequentadores do sítio, surpreenderam-se com a descoberta de que ele está em nomes de terceiros.

Nada de mais que Lula comprasse um sítio ou até mais de um. Não lhe falta dinheiro.

Presidente da República tem todas as suas despesas pagas pelo governo. Lula economizou dinheiro capaz de justificar a compra do sítio e do tríplex no Guarujá, esse também reformado de graça pela OAS. Ninguém teria nada a ver com isso.

O problema? De volta ao futuro: a gentileza de construtoras clientes do governo em beneficiar imóveis de um ex-presidente. Cheira mal. Aí tem...

Como Lula, logo Lula que denunciou a existência de 300 picaretas no Congresso, chamou Sarney e Collor de ladrões, subiu a rampa do Palácio do Planalto como se fosse o mais imaculado dos políticos, diz-se a alma mais honesta do país; como ele poderá admitir que pediu ou aceitou favores de construtoras, e que  foi promíscuo, sim, ao misturar o público com o privado?

Logo ele? Também Lula?

Pois é disso que se trata – por enquanto.

Seus correligionários querem transformá-lo em vítima de um complô urdido para destruir a maior liderança popular que o país jamais teve. Ora, faça-me o favor...

Lula é uma vítima dos seus próprios erros, de sua ambição desmedida, de sua vaidade, e de sua falta de compromisso com princípios e valores.

A máscara dele caiu.”

...


Um comentário:

  1. Prezado Zezinho de Caetés,

    ESPERAMOS QUE NA SUA VOLTA SEJA DADA A DEVIDA EXPLICAÇÃO SE, EM SEU SÍTIO NA VÁRZEA COMPRIDA LÁ EM CAETÉS, JÁ COLOCARAM A ANTENA DA OI E SE JÁ TEM SINAL PARA TELEFONE CELULAR DE BANDALARGA, MANGALARGA E O ESCAMBAL A QUATRO.

    P.S.: - Mesmo tendo perambulado a esmo, quem vai e volta é porque fez boa viagem...

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