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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

A festa do PT: Velas ou flores?




Por Zezinho de Caetés

Amanhã será comemorado, lá no Rio de Janeiro, o 36º aniversário do PT. Será uma festa ou um velório? Os mais realistas vão levar velas, já os outros, uns poucos, deverão levar flores, embora digam que serão cravos de defunto.

Ainda não se sabe ao certo se a Dilma comparecerá ao evento. Mas, pelo que vi na quarta-feira no Senado na votação do projeto de Lei  apresentado pelo Zé Serra que tenta fazer com que a Petrobrás trabalhe, depois dos saques nela feitos pelo PT, eu aposto que ela não vai.

No entanto, diante do histórico de gafes da presidenta incompetenta, será possível até que apareça, talvez pela saudade de umas vaias ao vivo, vindo dos companheiros. Dela, já sabemos, podemos esperar tudo, menos coerência. Será que eles gritarão o Fora Dilma? Quem sabe, do jeito que o Lula está desesperado, poderá até acompanhar o coro.

Afinal de contas, não é todo dia que temos a Dilma e o Lula juntinhos, e cada dia mais isto se torna um fato difícil de se ver. Aliás, dizem que quanto um petista passa pelo outro há uma tendência a levar a mão na carteira. Há as exceções, é claro para aqueles que ainda não tiveram tempo de sair do partido, mas, serão poucos os que nele ficarão. O navio está afundando e não tem orquestra que aguente ficar tocando no convés.

A imprensa diz que o Ministro da Justiça já pediu para sair do cargo várias vezes, mas a Dilma não deixa. Claro que não! Quem ela iria colocar no lugar? O Renan? Este é um justiceiro conhecido e contumaz, embora tenha se habituado a fazer justiça com as próprias mãos em seu benefício. Ou seja, o PT está sem quadros e sem molduras para continuar governando, e até as pedras que estão no meio do caminho já comentam abertamente isto.

Passamos já, há algum tempo, do país criado pelo PT para voltarmos a ser o país do futuro, de novo. Onde estará o futuro? Com o estrago que este partido causou, não pensem antes de 2020, mesmo se a Dilma tivesse a grandeza de renunciar. Mas, como esperar um gesto de grandeza para quem mentiu tanto? Só esperamos gestos de “miudeza”.

E hoje estava lendo um texto do Percival Puginna, onde ele alerta no título: “Ei! O Brasil não é um sítio em Atibaia!”, que é um primor e o reproduzo abaixo com vídeo e tudo. Como se dizia lá em nosso Caetés, eu diria para Lula e Dilma: “Vão mentir assim no inferno!”. Fiquem com Puginna e tenham um bom final de semana, se isto for possível fora do sítio do Lula.

“Ontem à noite assisti a um vídeo exibido há pouco mais de um ano, durante a última campanha eleitoral. Nele, Lula e Dilma conversam, em um jardim, sobre as maravilhas do país que ambos estão construindo. Lula afirma não haver no mundo lugar de oportunidades tão esplêndidas quanto o Brasil. Dilma se exclama ante a conduta da oposição, descrente, pessimista e incapaz de reconhecer tudo que o pré-sal, já no curto prazo, significaria para o desenvolvimento social e econômico do país.


O caráter dos dois mandatários que o PT vendeu como bons à carente e inculta sociedade brasileira já é objeto de uma certificação histórica. Dá para levar a ficha ao cartório, receber carimbo e colocar um selo. Nada que digam merece credibilidade porque todos os seus atos funcionam como jogo de cena ou cortina de fumaça. Visam a iludir ou a dissimular. Têm uma utopia para vender e uma realidade, bem diferente, para ocultar. Têm malfeitos a refutar, adversários a quem os atribuir e delatores a delatar.

O Brasil foi ingerido e metabolizado – talvez devesse dizer colonizado – pelo Partido dos Trabalhadores, que o vê como coisa sua. A organização considera nosso país uma espécie de sítio em Atibaia, onde outros pagam para que os seus se regalem. Não importa que o Brasil se dê mal, contanto que os companheiros se deem bem. Um dia, sabe-se lá quando, nossa pátria será apenas um osso roído e sugado para quem dele ainda quiser se ocupar. Como não lidamos com um governo, no conceito político dessa palavra, os ocupantes só cuidam de seus próprios interesses, de suas defesas, de lidar com seus advogados e, como sempre, de comprar apoios. Tudo para manter a posse e a pose. E os brasileiros? Ora, os brasileiros que se danem.

São duras estas palavras? Minha pergunta é outra: quais seriam então as palavras, diante do que vemos? Vocábulos gentis seriam compatíveis com a realidade nacional? O partido governante acabou com a política! Promoveu mutretas e agora apela às tretas, às milícias, com o objetivo de atemorizar a nação. Lembra, leitor, do “espetáculo do crescimento”? Estamos pagando a conta do roteirista, da iluminação, do som, dos fogos de artifício, da publicidade e dos efeitos visuais. Os atores do desastrado espetáculo, para não serem vaiados, só aparecem em ambiente cercado, para distribuir algum presente e dar a mão a beijar.


Em 1967, no III Festival da MPB, o cantor Sérgio Ricardo, após vários minutos de ininterruptas vaias, quebrou o violão e jogou-o ao público (ou no público). E foi embora. O governo brasileiro vive o apogeu do fracasso. Vaia sobre vaia. Tudo deu errado na Economia, na Educação, na Segurança, na Saúde. Em muitos indicadores, estamos recuando aos anos 90. Perdemos 13 anos em 13. E já não resta ao governo aquele fragmento de dignidade que lhe imporia o dever moral de pedir desculpas, pegar o boné e tomar o rumo da porta.”

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