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sexta-feira, 30 de março de 2018

Todos os homens do presidente





“O passado não perdoa

POR MERVAL PEREIRA

Não é preciso ser um especialista para entender que tantos presos em torno do presidente da República significam que há provas suficientes para uma ação policial dessa envergadura. Todos os homens do presidente estão envolvidos, de uma maneira ou de outra, em investigações policiais. Um terceiro processo contra Michel Temer parece claramente delineado, ainda mais porque foi a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, quem pediu as prisões, que não seriam autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso se não houvesse bons motivos.

Quase impossível imaginar que se trate de um equívoco, ou uma perseguição política. Impressionante como o passado não perdoa Temer e seus associados. As denúncias feitas se referem a atos no exercício da presidência da República, mas estão ligados à prática política de uma vida toda. A foto do coronel Lima fardado na posse do jovem Michel Temer na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo é exemplar.

Se vier um novo pedido para processar o presidente da República, deve ter o mesmo destino dos anteriores, pois, no final do mandato, abandoná-lo não representaria ganho político para sua base, logo no início da campanha eleitoral.

Mas o dano político está feito, Temer entra na eleição sem a menor condição de ser um participante competitivo, e nem mesmo os partidos da base do governo se dispõem a defendê-lo. Mais um problema para a tentativa de encontrar um candidato de centro que se contraponha às posições extremas.

O governador Geraldo Alckmin, na busca de uma posição que neutralize a ascensão visível de Jair Bolsonaro, deu uma de radical como primeira reação ao denunciado atentado contra a caravana de Lula: “O PT colhe o que plantou”. Nada parecido com Bolsonaro simulando um tiro na cabeça de um boneco de Lula presidiário, mas uma tentativa desastrada de mostrar-se capaz de enfrentar o ex-presidente.

Recuou depois, voltando ao perfil de estadista. Mas infelizmente o eleitor parece que não está em busca de estadistas. E os que posam de tal, como Temer e o próprio Alckmin, não correspondem ao perfil, nem têm liderança que o país necessita neste momento.”

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Nesta data máxima da cristandade, (ou a segunda máxima porque às vezes se coloca o Natal com sendo a maior), quando Jesus morreu para nos salvar, eu sempre procurava um texto religioso para publicação neste blog.

Quase sempre, a escolhida era nossa amiga Lucinha Peixoto, que tinha a religiosidade à flor da pele, ou mesmo do amigo Zezinho de Caetés relembrando de alguma procissão em sua terra natal. Eu mesmo ainda relembrei muito nossa Paixão em e por Bom Conselho, em outras sextas-feiras da paixão.

Mas, na época atual com a bagunça política em que se encontro nosso religioso país, como manter a tradição? Trouxemos então o imortal Merval Pereira, onde ele aborda a prisão de quase “todos os homens do presidente”, referindo-se ao presidente Temer. Óbvio que lembramos do velho e bom filme que retratava a causa da renúncia do Richard Nixon, pelas safadezas que ele fez no processo eleitoral americano.

E a pergunta que se faz é se teremos um processo aqui, que levará nosso presidente à saída, como ocorreu por lá. Eu já sei que a renúncia não passa pela cabeça do Temer, pois significaria quase a cadeia, e ele sempre tentou respeitar a fila sabendo que Lula tem que ir primeiro. E a renúncia, em termos de presidentes, só passou na cabeça do Jânio por que não batia bem da bola.

Aqui, mesmo com a comprovação de todos os malfeitos do mundo, é bom esperar pelo julgamento do STF, pois, como se sabe é a perder de vista.  Então seria muito difícil alguma crucificação por aqui nesta data. Pelo contrário. Nossa Suprema Corte, celebra o feriado triste para alguns, para torna-lo alegre para outros, como para o Lula que continua em casa comendo seus ovos de páscoa.

De qualquer forma, espero que chegue o Domingo de Páscoa e que todos sejam felizes neste dia, o que não aconteceu para “todos os homens do presidente”.

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