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sexta-feira, 16 de março de 2018

Mais uma do Trump, o menino buchudo





“Guerra comercial ou isolamento?
        
Por Zeina Latif

O presidente dos EUA, Donald Trump, coerente com seu discurso de campanha, anunciou o aumento de tarifas de importação de aço e alumínio. A Europa reagiu mal, ameaçando com uma guerra comercial. Trump, que é do tipo que quer ficar com a última palavra, retrucou dizendo que esta guerra ele ganha.

O assunto começou mal, mas poderá acabar bem.

O caminho para a agenda protecionista de Trump não está tão livre como parece.

Impor tarifas é normalmente uma prerrogativa do Legislativo. A iniciativa de Trump só foi possível, porque ele alegou ser uma questão da segurança nacional, cabendo a decisão, neste caso, exclusivamente ao presidente.

Há oposição de parte da equipe econômica e de seu próprio partido. Gary Cohn, importante conselheiro, renunciou e membros do Partido Republicano, incluindo o presidente da Câmara, Paul Ryan, vieram a público para se opor ao anúncio.

Coube à China ser o adulto da relação, colocando-se contra uma guerra comercial. O ministro do Comércio, Zhong Shan, afirmou que “não há vencedores em uma guerra comercial. Apenas causará desastre à China, aos EUA e ao mundo”. Na mesma linha seguiu a chanceler alemã, Angela Merkel.

Com visão míope e parcial – vício comum de populistas –, Trump aposta nos empregos gerados no setor, desconsiderando os custos futuros para todos. A agenda econômica de Trump é inconsistente. Porém, assim como os erros de Dilma não ficaram evidentes tão cedo, os de Trump também poderão tardar a se materializar.

Corretamente, os republicanos temem o aumento de custos de produção das indústrias que dependem desses insumos (esse efeito tende a ser mais rápido) e de preços ao consumidor em algum momento. Além disso, o fechamento da economia reduz o potencial de crescimento do país.

Outro efeito perverso é nas relações externas. Não existe vácuo de poder. Enquanto os EUA se isolam, a China avança, ampliando sua influência com investimento nos países e reforço de laços comerciais e financeiros com seus parceiros (“soft power”). Por essas e outras, uma nova ordem mundial vai se moldando, com menor protagonismo norte-americano.

Apesar do temor de guerra comercial, esse não parece o cenário mais provável, a julgar pelas reações dos países às decisões polêmicas de Trump. O risco é de isolamento dos EUA. Aqui alguns exemplos.

Primeiro, o recém assinado Acordo Transpacífico (TPP), que teve a liderança de Barack Obama. O agora chamado Tratado Integral e Progressista de Associação Transpacífico (CPTPP) engloba relações comerciais e também serviços e acordos de cooperação em várias áreas. Os EUA se retiraram, mas os demais onze países envolvidos seguiram seus planos. Juntos, representam 15% do comércio mundial. Outros países demonstram interesse em aderir: Tailândia, Indonésia, Coreia, Filipinas e Taiwan. A ausência dos EUA deixa o caminho livre para a China fazer acordos.

Segundo, o Acordo de Paris sobre o Clima, com adesão de 196 países. O acordo havia sido assinado por Obama, mas Trump voltou atrás por considerá-lo prejudicial aos interesses dos EUA, mesmo sendo o segundo maior emissor mundial de gases de efeito estufa. A Casa Branca está sozinha.

Terceiro, apesar da oposição do governo americano desde a época de Obama, o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura foi criado como alternativa ao Banco Mundial. São atualmente 61 países membros.

Para o Brasil, o impacto do aumento das tarifas de importação do aço e do alumínio é setorial, e não no nível macroeconômico, pelo reduzido peso no PIB. As lições, no entanto, são claras. O Brasil deve responder não com retaliações, mas com aceleração de acordos comerciais com o resto do mundo.

O Brasil é demasiadamente fechado, mesmo levando em consideração seu isolamento geográfico e o tamanho do mercado interno. Isso implica menor estímulo à inovação e menor acesso a tecnologias, insumos e serviços mais sofisticados. A decisão de Trump deve ser estímulo para a abertura e não desculpa para maior fechamento do País.”

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AGD comenta:

Sempre que o Donald Trump (chamado por meu neto de Pato Donald) abre a boca ou usa a caneta eu me lembro daqueles meninos ricos, gordos e chatos do tempo de colégio. Tudo que o “cara” quer é melhorar sua situação junto à turma, mesmo que isto cause problemas para todos.

Pode-se alegar que ele está apenas cumprindo as promessas de sua campanha e que foi aceito pela Democracia americana. No entanto, chega-se a certo ponto que se tem que descobrir em que ele estava errado em suas promessas.

A questão das tarifas sobre importação de aço e alumínio, comentada pela Zeina Latif, no texto acima transcrito, é uma daquelas medidas que no longo prazo, fará com que o menino rico e buchodo Trump ficará sozinho, porque não pensou no futuro.

A economista lembrou bem da campanha de Dilma Roussef no segundo mandato, que foi o maior engodo pelo qual passou o povo brasileiro. Quando já se sabia que o modelo adotado pelo PT estava entrando água por todos os lados e ela insistia nas promessas anteriores para não perder as eleições.

E o que vimos? A economia brasileira foi à breca, com 3 anos de recessão que ainda nos desespera. O que espero é que as instituições americanas saibam lidar com as loucuras do Trump, como aqui se começou a fazer com a Dilma, cassando seu mandato, embora pela metade, pela intervenção do Lewandowski deixando-a com seus direitos políticos para ainda vir aporrinhar os brasileiros nestas eleições.

Sei que é muito difícil limpar o cocô feito por um presidente em matéria econômica mas, não está faltando papel higiênico nos Estados Unidos, como falta na Venezuela. No Brasil, foi preciso muito papel para nos livrar do PT, e agora, concordo com a economista Zeina quando diz que temos é, ao invés de brigar com menino buchudo, aproveitar a oportunidade para melhorar a situação brasileira.

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