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sábado, 3 de janeiro de 2015

O discurso de posse de nossa gerenta presidenta




Por Zezinho de Caetés

Eu ainda não voltei, mas, estou voltando. Enquanto não volto totalmente do meu périplo interiorano só me resta pedir a “ajuda dos universitários” para abordar um tema ao qual, certamente, voltarei depois: A posse da gerenta presidenta, Dilma Roussef, que continua ainda na guerrilha da empulhação com tudo a que não tem direito.

Transcrevo, abaixo, dois textos sobre o evento, que, para mim o resumem de forma quase perfeita, inclusive no que se refere à moda e aos modelitos nele usados. O primeiro é do Ruy Fabiano, publicado no Blog do Noblat, e o outro no mesmo blog da Maria Helena Rubinato, como os títulos, respectivamente de “O palanque e a tribuna” e “Das artimanhas do diabo à tosse que não houve”, o primeiro publicado hoje e o segundo ontem.

Leiam e meditem sobre o que nos aguarda nos próximos 4 anos, isto se o Alberto Youssef não estiver mentindo. Eu acho que não, pelo menos pelo discurso onde ela parece mostrar que sabe de tudo. De tudo mesmo....

“A diferença entre palanque e tribuna é que, no primeiro, vale tudo (ou quase tudo): promessas irresponsáveis brotam no calor da emoção (ou do mais cínico pragmatismo), sem que se cobre do orador a viabilidade do que promete.

Cabe ao eleitor fazê-lo – e isso lhe exige o que, em regra, não tem: informação e algum grau de sofisticação política para separar o joio do trigo. Num eleitorado sem esses atributos, como é majoritariamente o nosso, fica-se com o joio e dispensa-se o trigo.

Prevalece e triunfa a ilusão, que, no entanto, em algum momento, terá de ser desfeita. E isso ocorre (deve ocorrer) quando se ocupa a tribuna – a presidencial, sobretudo. Ali, não há espaço para conversa fiada. É a hora da verdade.

A posse de Dilma Roussef deu-se no palanque. Era ainda a candidata que falava, ao prometer ajuste econômico sem prejuízo das ações sociais. Não disse como; apenas prometeu. Desprezou o fato de que algumas benesses sociais já estão sendo cortadas, na área previdenciária (pensões de viúvas) e na assistência social (seguro-desemprego).

Fez uma avaliação extremamente positiva de seu primeiro mandato, debitando as dificuldades à crise internacional. No entanto, admitiu que o povo quer mudanças, não explicando por quê, se tudo, afinal de contas, foi muito bem feito e os resultados são ótimos. Em time que está ganhando, diz a sabedoria popular, não se mexe. Só se mexe quando se está perdendo – sobretudo de goleada.

A mesma lógica tentou aplicar à crise na Petrobras. Apontou “predadores internos” e “inimigos externos”, sem associá-los a seu próprio partido e à base aliada, de onde já se identificou o núcleo da organização criminosa que dilapidou a empresa, fazendo com que desabasse do quinto lugar no ranking mundial para o 120º.

Insistiu em dizer que seu governo e o de Lula foram os que mais combateram a corrupção, apoiando as ações da Polícia Federal e do Ministério Público. Nem a Polícia Federal, nem o Ministério Público, instituições do Estado, carecem de apoio do governo para agir. Têm sua ação garantida por lei.

Em momento algum, como se sabe, o governo manifestou entusiasmo com as investigações. Basta ver o que o PT fez com Joaquim Barbosa - e, agora, repetindo a manobra, põe em cena, contra o juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações do Petrolão, a máquina de triturar reputações.

Veja-se também o que foi feito em relação à CPI da Petrobras, sabotada pelos parlamentares da base aliada desde o início. O grande combate que o partido da presidente Dilma deu à corrupção foi praticá-la num grau de intensidade tal que nem mesmo a imensa tolerância da sociedade brasileira foi capaz de suportar.

Supunha-se que o Mensalão era o maior escândalo da história republicana brasileira – assim pelo menos a ele se referiram, quando do julgamento, o então procurador da República, Roberto Gurgel, o relator Joaquim Barbosa, e os ministros Ayres Brito e Celso de Mello.

Eis, porém, que, no momento mesmo em que aquele escândalo estava sendo julgado, a Petrobras estava sendo dilapidada numa escala bem maior, a ponto de o The New York Times considerá-lo o maior escândalo financeiro do mundo.

Não é só. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse alto e bom som, na CPI, que o que houve lá se repete em todos os setores de infraestrutura do país: rodovias, ferrovias, eletricidade etc. - sem falar, claro, nos biliardários fundos de pensão, caixa preta ainda intocada, e no BNDES.

Como, em tal, contexto, proclamar a pureza do governo - e, ainda por cima, colocá-lo como paladino na luta contra a corrupção? Nem o palanque suporta tal absurdo – que dirá a tribuna.

Dilma se empossa num ambiente de insegurança e suspeita, com seu próprio mandato condicionado às investigações que diz promover. Se o que disse o doleiro Alberto Youssef, em sua delação premiada – de que ela e Lula sabiam de tudo – se confirmar, ela corre o risco de um impeachment.

O governo pode ter algum controle sobre o Judiciário, cuja cúpula foi majoritariamente nomeada por ele. Mas o aparelhamento será desafiado pelas investigações paralelas nos Estados Unidos, cujos investidores são menos tolerantes que os nacionais.

Em meio a tudo isso, há a crise econômica, que imporá (já está impondo) cortes nos benefícios sociais, desemprego e arrocho salarial. Eis aí a realidade do segundo governo Dilma, que nem de perto constou de seu discurso de posse. É hora de descer do palanque.”

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“Já sabíamos que o mundo gira e a Lusitana roda. Mas a esse ponto? Quem diria que dona Dilma e o pequeno caporal teriam algo em comum? Pois não é que ambos se coroaram? Napoleão tirou a coroa da mão do Papa Pio VII e a colocou na cabeça. Dona Dilma pegou a faixa e a vestiu com o mesmo garbo do Imperador.

Quem será o nosso David? Era preciso que surgisse alguém e deixasse para as futuras gerações um quadro retratando a cena. Nós merecemos...

Em seus dois discursos, o completo e o resumo, dona Dilma não se furtou ao autoelogio. Deu uma colher de chá ao companheiro Lula, mas frisou que dos 12 anos petistas, os quatro dela foram os mais eficientes.

Não fiquei surpresa com o que ela pensa de si mesma como economista, só esperava que ela diminuísse o tom dos autoelogios e frisasse que, de agora em diante, a Economia do Brasil estaria nas mãos de uma equipe econômica perita no assunto.

No Congresso, espantoso foi o aplauso enérgico quando dona Dilma disse que a Petrobras tem predadores internos e inimigos externos. Invisíveis, naturalmente. Como será que esses seres passaram pelo Conselho Diretor da Petrobras, pela ministra da Ciência e Tecnologia, pelo presidente Lula, pela presidente Dilma e até pelo Congresso que hoje, estupefato, aplaudiu tanto a presidente?

A corrupção, disse dona Dilma, ofende e humilha o povo. É verdade. Tornou a dizer que se não fosse seu empenho, a corrupção não estaria sendo dizimada em nosso país.

Essa praga não foi criada no Brasil. Ela existe desde que o homem tem poder. O que não pode existir é um governo tão alienado e leniente a ponto da corrupção crescer no país todo, de norte a sul, como cogumelos, sem que ninguém perceba... E acabar por dominar e corroer nossa maior empresa.

Deve ser por isso que Cristina Kirchner nos homenageou enviando como seu representante na posse Amado Boudou, seu vice que está sendo processado por corrupção.

Dona Dilma disse também que as conquistas sociais de seu governo surpreenderam o mundo. E lançou seu novo lema, Brasil, Pátria Educadora. Lema que emociona e entusiasma. Só queria que alguém me explicasse porque foi entregue a Cid Gomes!

E mais não digo por que estou no Blog do Noblat e sei perfeitamente meu lugar no espaço.

Só faço uns comentários mais de acordo com meu gênero: quem escolhe as rendas de dona Dilma? Quem é sua costureira? E a da ministra Kátia Abreu? Será que nunca ouviu falar em marcador de bainha?

Agradeço, como cidadã brasileira, a homenagem da presidente chilena, Michelle Bachelet, que cantou lindamente nosso hino. E também deixo aqui meus cumprimentos por sua toilette de cor e corte perfeitos.


Feliz 2015!”

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